O Meu Verão

51 - Boa sorte meu amor

Estava junto de Ian enquanto andávamos até o ônibus enorme entre nossas duas casa, eu me sentia feliz, principalmente perto de Ian, eu estava com o casaco do mesmo, tanto pelo frio quanto por simplesmente gostar muito daquele casaco.

Ele me ajuda subir no nosso transporte para o novo jogo de Ian, e como da outra vez aparentemente somos os últimos a sermos pegos, tanto Amy quanto Olívia iriam dessa vez, cumprimentamos algumas pessoas e avisto Isis junto de Léo, e percebo que estão bem próximos, fico feliz ela é uma pessoa incrível.

Eu como sempre me sento ao lado da janela enquanto Ian fica ao meu lado, encosto a cabeça na janela grande e aprecio a vista lá fora, estava começando a amanhecer.

Sinto um braço passar atrás dos meus ombros, Ian me puxa para seu lado e eu me encosto nele, e no calor que de alguma forma ele continha.

Levanto um pouco meu rosto e beijo a bochecha dele o mesmo sorri e se vira para mim me pegando de surpresa quando me beija.

— Sério? Não são nem 6 da manhã. — A voz de Yuri surge do lado, eu olho para Ian que sorri enquanto me olha, e ainda bem que eu estava sentada, por que o ar sair tão facilmente e acho que esqueci de respirar.

Pela minha surpresa o ônibus para em outra casa e Benjamim entra enquanto esboça um sorriso especial em minha direção, desvio o olhar e encaro Ian, o mesmo direciona um olhar mortal para o garoto loiro que acabou de chegar.

Ben vai para os últimos assentos e escuro Ian resmungar.

— Oque esse cara tá fazendo aqui? — Sua voz tinha uma pontada de ciúmes, o que era legal, não que ciúmes fosse legal, mas mostrava que ele se importava.

Jack ao lado de Olívia lança o olhar para um dos outros jogadores ao fundo enquanto diz:

— Primo dele.

Ian revira os olhos e olha para mim, dou um risinho e o beijo ele sorri.

— Ciúmes? — Eu o provoco, ele lança um riso travesso e direciona seu rosto ao meu e beija minha têmpora.

—Espero que Mila não apareça aqui. — Eu digo e me encosto ainda mais nele.

— Ciúmes? —Dou um risinho e reviro os olhos.

— Shi, vou dormir. — Apoio minha cabeça em seu ombro e Ian começa a mexer em me cabelo, a sensação é maravilhosa.

Acordo num pulo e vejo que já chegamos e dessa vez não havia tido uma parada.

Quando descemos me viro para Ian e o abraço sussurrando em seu ouvido:

— Boa sorte meu amor. — Ele encosta sua cabeça no topo da minha e aperta com força minha cintura, por fim ele sai depois de me dar um beijo rápido.

O jogo começou minutos depois de termos conseguido um lugar bom para ver o jogo, sorrio para Ian quando meu olhar encontra o seu, logo em seguida ele faz a primeira cesta do jogo.

— Lyra! — Isis me chama e quando eu a olho a mesma aponta para o uniforme de time do Ian, a princípio eu não entendo mas depois vejo um escrito costurado bem onde estaria no casaco "namorado da Lyra".

Meu coração parece um fogo de artifício em milhares de explosões, eu amo esse garoto, e vou amar para sempre, por que ele nunca mede esforços para me ver feliz, por que ele me ama, e faria de tudo por mim, por que pela primeira vez amo alguém como se estivesse num livro de romance, amo Ian tão intensamente e sei que ele me ama talvez até mais.

O jogo segue e avisto uma garota bem familiar se aproximar de mim, Mila, sério? Ela não cansa?

— Lyra, olha eu preciso muito conversar com você. — Seu nariz está vermelho e seus olhos bem inchados, meu Deus, ela estava acabada, muitas olheiras em baixo dos olhos e uma raiz preta crescendo em seu cabelo que estava bagunçado.

Saio com ela pra fora e escuto o que quer que ela queira me falar.

— Desculpa. — Ela grita e eu me assusto com o tom.

— Sei que me odeia, eu também estou me odiando.

— Eu n...

— Éramos muito amigos e aí depois do baile eu não sei o que deu em mim queria que alguém me visse, queria ser vista e para isso perdi as pessoas que eu me importava e muito, quando você chegou descarreguei a culpa em você, mas essa coisa a culpa sempre foi minha, depois da festa na piscina eu vi o inato você era amada ali, não só por Amy, Olívia, Jack, Yuri, Léo, mas por Ian, minha paixão platônica do ensino medio, eu me senti um lixo em perder aquelas pessoas e por ter sido tão ruim para elas.

— Meus pais não tinham muito tempo para mim e eu passava de babá para babá, mas isso não vem ao caso, comecei terapia depois que minha mãe disse que iria me mandar para a faculdade na Orlanda, praticamente muitos, muitos quilômetros daqui, e foi aí que percebi tudo, então me desculpe pela pulseira, por tudo. — Ela da uma pausa e volta a falar.

— Estava indo pra o aeroporto, vou ficar lá por alguns anos e pensei que deveria pedir desculpas para todos vocês, mas não consigo encarar nenhum deles, sinto vergonha de mim mesma.

— Pode entregar para elas? — Ela me entrega duas cartas uma destinada a Olívia e outra para Amy.

— Eu não odeio você Mila. — Eu a abraço e a conforto, de alguma forma eu a entendo.

— Essa viagem você...

— Sim, preciso sair daqui, preciso recomeçar do zero.

Reparo nas malas ao lado dela, ela balança a cabeça e me dá algo que uma tentativa de sorrir, eu entendo e ela se vira para o carro parado em frente ao lugar do jogo, a rua estava movimentada.

— Vou entregar Mila, e obrigada por ser sincera. — Ela se vira uma última vez e assente com a cabeça antes de entrar no carro.

— Benjamim é afim de você, mas acho que ele vai ficar na dele, já que está namorando com Ian. — Eu assinto com a cabeça.

Volto para dentro e ainda não tinha se passado muito do jogo... o tempo se passa e novamente Ian ganha.

Continua...