24 - Aí está você, estava a sua procura

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1 semana depois...

— E a moto dele? — Pergunto enquanto dirijo freneticamente até o aeroporto.

— Aparentemente ficou com o Jack, e o mesmo não atende o telefone. — Olívia diz com o som saindo abafado do celular no viva voz.

— Aposto que se você ligasse ele responderia rapidinho. — Amy implica com a mesma.

Era quase 7 horas da manhã quando Amy me pediu para dar uma carona a Ian, ele havia chegado na cidade, mas nenhum taxi estava aceitando a corrida.

— Vou desligar meninas vou entrar em uma avenida movimentada. — Paro em um semáforo vermelho e desligo a chamada depois de dar tchau para as mesmas.

Ajusto o retrovisor e abaixo as janelas, eu amava a sensação do movimento, sentir o vento em meus cabelos quando dirigia era incrível, passo a macha quando o sinal ameaça a ficar verde e assim que abre arranco com o carro, viro à direita depois a esquerda ao som de There's Nothing Holdin' Me Back.

Entro na avenida que havia falado para as meninas, o trânsito está um pouco lento, mas assim que tenho uma brecha acelero e ultrapasso alguns carros, por que nenhum taxi estava aceitando a corrida? E ninguém estava podendo buscar Ian? Acelero e junto com o final da música paro em frente ao aeroporto.

Ligo para Ian e o mesmo não atende, resolvo ir procurar por ele. Entro no aeroporto e vejo algumas pessoas espalhadas por ali, mas nada de Ian, começo a andar procurando por ele, mas não o encontro.

— Desculpa. — Acabo esbarrando em dois caras que estavam andando por ali, um era baixo com cabelos marrons e o outro de cabelo num tom avermelhado, pode ser coisa da minha cabeça, mas por algum motivo acho que eles esbarraram de propósito.

— Que isso moça, culpa nossa — Se não me falassem não ia acreditar.

— Eu acho que você está procurando por Ian, não é? — Algo está muito errado, como ele sabe que estou procurando por ele? Eu minto?

— Estou, sabem onde ele está? — Assim que falo percebo que fui boba quando a resposta deles surgem no ar:

— A gente te leva lá, é por ali. — Eles começam a me arrastar como se em algum momento eu tivesse aceitado, paro.

— Me solta! — Digo, mas eles ignoram então puxo meu braço e me afasto, eles veem em minha direção, até que param e começam a correr para longe de mim.

— É bom mesmo fiz aula de artes marciais! — Nunca fiz nenhuma aula de artes marciais, mas eles não precisavam saber disso.

— Aí está você, estava a sua procura. — A voz de Ian soa por trás de mim e eu corro em sua direção, finalmente absorvo tudo que tinha acontecido.

— Graças a Deus. — Digo.

— O que aconteceu? — Quando Ian pergunta, conto toda a situação e ele me leva até um banco próximo.

— Como eram esses dois caras? — Eu digo e Ian arregala os olhos.

— Como sabiam que eu conhecia você? — Ele diz. — Não sei, quem são eles?

— Os principais suspeitos do assassinato, estão sendo procurados por anos. — Ele telefona para algum comandante do qual esqueci o nome e seu rosto alivia.

— Eles foram pegos correndo para sair pelo fundo do aeroporto, parece que prendeu dois bandidos garota dos livros.

— E mais uma coisa quando pessoas meio estranhas perguntarem se você me conhece tente dizer que não. — Rimos, e eu percebo o quão importante Ian fazia no seu trabalho.

— Trabalha com o que agente de espionagem? — Brinco e ele estreita o olhar e sorri.

— Quase, trabalho com investigação criminal. — Ele diz na maior naturalidade, Ian não tinha um simples trabalho, era o trabalho, um dos que mais davam lucros, de acordo com o site que um dia pesquisei sobre as profissões que mais davam dinheiro.

— OK, esse dia já ta estranho demais e ainda não são nem 09 horas direito, vamos? — Ele sorri e assente com a cabeça.

— Vamos, sabe lutar artes marciais? — Ele questiona e eu seguro a risada e imito uma voz grossa quando digo:

— Nunca subestime os conhecimentos de Lyra. — Ele sorri e por fim não consigo mais segurar a risada.

— Claro senhorita, talvez em algum momento possa me ensinar essas artes que tanto tem habilidades.

— Quando estiver pronto.

— E quando vou estar?

— Você saberá. — Rimos.

Quase ser levada por dois quase assassinos faz com que a vida fique mais bonita, minha sorte foi Ian, o que acontecia se ele não estivesse aqui? Deus coloca as pessoas certas nos momentos certos, é incrível, eu agradeço mentalmente.

Entramos no carro e Ian pega meu braço delicadamente, o que os caras haviam segurado, estava um pouco vermelho, mas não estava doendo tanto.

— Foram eles? — Confirmo com a cabeça. — Dói? — Ele pergunta pressionando levemente e eu digo que não.

— Desculpa ter te colocado nessa.

— Não é culpa sua, não mandou eles virem me atacar, não é?

— Claro que não, mas mesmo assim tenho que esconder ao máximo pessoas que eu... que estão perto para isso não acontecer de forma mais grave. — Um cabelo cai bagunçado em sua testa por causa do vento resisto a vontade de colocá-lo no lugar.

— Quer que eu dirijo? — Ele pergunta e resolvo deixar, não queria me preocupar com o trânsito no momento.

— Nossa playlist? — Ele pergunta e eu me animo amava andar de carro com música e aparentemente Ian também gostava.

[...]Today Was a Fairytale

Time slows down

Whenever you're around

I can feel my heart

It's beating in my chest

Did you feel it?

I can't put this down

But can you feel this magic in the air?

[...]

— Está com fome? — Ian me pergunta e eu confirmo com a cabeça.

— Sim, mas dessa vez eu pago.

— O que? prendeu dois bandidos hoje garota dos livros, você merece. — Ele estava me enrolando, mas quando chegasse a hora eu ia pagar.

Entramos na cafeteria, a mesma era linda com luzes no canto que deixavam o ambiente mais caseiro, havia ao invés de bancos eram como sofas encontrados nas janelas e uma mesa circular em frente.

— Então o que você ia me contar? — Ele me questiona após alguns minutos que estávamos sentados. Ele havia lembrado.

— Ah, tudo se resolveu já.  — Mas Ian não se conformou com a resposta e insistiu com o olhar.

continua... 

O Meu VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora