11- É mágico

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São coisas pessoais dele que acho nem ele mesmo é capaz de entender. É por isso que ninguém consegue ir comigo no evento eu preciso saber que eu sou, mas se eu for com outras pessoas eu não vou conseguir, é por isso que para eu me conhecer preciso ir sozinha, eu preciso ser capaz de entender meu propósito e quem eu sou.

Quando me levanto Amy já estava acordando, afinal tinha um despertador tocando enlouquecidamente. Junto as cobertas da qual eu estava usando e as dobro.

— Quer ajuda para guardar os colchões? 

— Deixa aí, depois eu obrigo Ian a guardar pra gente, melhor irmos logo vamos nos atrasar. 

—  Vou me arrumar tá bom?  te vejo mais tarde. — Dou um abraço em Amy que se despede de mim com o mesmo.

—Você está bem? —  Pergunto. —  Acho que sim, nervosa mas eu treinei bastante, vou me sair bem.

— Até mais tarde Lyra.

Saio e volto para minha casa da qual meus pais já estavam tomando café e Emma estava pronta para a escolinha. 

—  Oi filhota, como foi? —  Meu pai pergunta. 

—  Foi horrível eu não estava lá. — Emma diz, e meu pai brinca com a mesma bagunçando seu cabelo.

— Vai bagunçar todo o cabelo que eu já arrumei senhor. —  Minha mãe tenta arrumar o cabelo de Emma novamente.  

 — Tenho que me arrumar, já volto. — Mando um beijo no ar para os mesmos.

Subo as escadas em direção ao meu quarto, ainda é estranho ver que meu quanto nunca mais vai ser como o antigo, nunca vou me acostumar com tudo mudando ao meu redor. Abro a porta do meu quarto e vou em direção ao guarda roupa, pego uma blusa branca e uma calça jeans escura, logo visto. Calço meu tênis de costume e pego minhas maquiagens do dia a dia. Passo corretivo na regiões das olheiras , rímel, e um pouco de blush. Estou pronta.

Assim que chego na cozinha me deparo com um pão de forma prontinho, com manteiga e tudo. 

 — Obrigada pai.  — Ele sorri.

Como meu lanche rapidamente e vejo meus pais saírem se despedindo de mim, inclusive Emma que ia para a escolinha.

 — Tranca tudo quando sair tá bom?  — Minha mãe diz e eu concordo acenando a cabeça.

 — Certeza que não quer carona?  — Meu pai me pergunta mais uma vez.  — Tenho preciso conhecer um pouco da cidade.

 — Está bem, te vejo mais tarde. 

Resolvo colocar meus fones para entrar no clima de que um dia maravilhoso está por vir, procuro meus fones e minha bolsa até o momento que recordo que não havia pego a mesma, subo correndo e a encontro na varanda do meu quarto.

 — Ei, garota dos livros.  — Escuto um apelido familiar e me viro.

Ian estava parado na varanda de seu quarto apoiado na grade da mesma enquanto me observava. 

 — Bom dia bela adormecida.  — Brinco.

 — Quer ir naquele local hoje mais tarde? — Ele estava se referindo a parte isolada da praia que tínhamos ido dias passados.

 — Depende vou poder ler? 

 — Como quiser.  — Ele diz. 

 — Vou pensar no seu caso, garoto do basquete.

 — Como sabe?  — Ele questiona meu conhecimento sobre ele jogar basquete.

 — Tenho meus contatos.  — E o que eu queria dizer com contatos era que Amy havia me falado sobre.

 — Bom ver que está interessada na minha vida pessoal.  — Ele diz e logo escuto senhorita Isabel o chamando.

 — Te vejo hoje as 16:00.

Ele finaliza sem minha resposta, e se vira saindo da varanda. Me apresso pegando minha bolsa e saindo de casa, confirmando que tranquei tudo pela quarta vez. Solto o play na minha playlist e começo a caminhar olhando no gps e com o folheto em outra mão.

Avanço adentrando ruas movimentadas da cidade sendo guiada pelo gps que poderia estar me levando para um lugar deserto onde me sequestrariam, que lindo pensamento para se ter agora. Continuo andando mais um pouco até que me deparo com uma livraria, penso na possibilidade de entrar e então já me vejo a observar todas as prateleiras recheadas de livros.

 — Vejo que tem interesses nesses novos mundos que estão guardado entre essas páginas amareladas.  — Um senhor de idade possível uns 70 anos, provavelmente o dono da livraria comenta.

 — Realmente, tenho e muito.

 — Gostaria de ver as novas coleções que chegaram?

  — Claro.  — Disse ignorando o pensamento de que deveria estar indo ao meu compromisso inicial.

 — Vai participar do evento jovem?  — Ele pergunta assim que olha para o panfleto em uma das minhas mãos.

 — Vou, estava indo para lá agora.

—  Então lhe mostrarei rapidamente. 

Ele me guia ao interior da livraria e me mostra os livros que acabaram de chegar, me impressiono com a beleza de um e o pego para folhear.

 — Gostou desse? 

—  Ele é lindo.  —  Digo.

—  Pode ficar.  —  Ele diz e eu o olho surpresa. 

—  Não, eu... eu não posso aceitar.

—  Claro que pode, não encontro ninguém disponível para trabalhar nos finais de semana  e além do mais são poucas as pessoas que apreciam estes livros.

 — Está pensando em fechar isso aqui?

—  Não se preocupe minha jovem, poucas as pessoas que se importam com este lugar.

—  Eu me importo foi a única livraria que eu encontrei por aqui, não pode fecha- lá.

—  Se eu não encontrar ninguém para trabalhar aqui, terei de fechar, não há outra maneira.

—  É uma pena.  —  Fico decepcionada com o final que o lugar encantador e aconchegante pode vir a ter, alguém para contratar, trabalhar seria bom, iria em um show no final do verão, preciso de dinheiro, dou meia volta e pergunto:

—  Quais são os critérios? 

 — Aceitar o livro que o dono da livraria quis lhe dar.  —  Rio.

—   Se disponibilizaria a trabalhar aqui? 

 — Claro olha esse lugar, é tão mágico.

 — Isso é um sim?  —  O senhor me pergunta.

—  Acho que é. 

—  Muito obrigada minha jovem, não sabe como deixou este velho feliz.

uma parte do meu coração sorria.

 — Quando começo? 

 — Sábado que vem as 08:00. 

—  Obrigada. 

Pego o livro que o mesmo presenteou e o guardo na bolsa feliz, o que eu estava fazendo com a minha vida? a pergunta soou no fundo da minha mente. Minha vida estava mudando, não que isso fosse algo ruim, mas mudanças nem sempre vem para alegrar a vida das pessoas, se muitas pessoas entram na sua vida outras vão sair dela. 

—  Preciso ir, até sábado. 

— Vá com Deus jovem e muito obrigado.

Saio da livraria apertando o passo para chegar no local do evento, quando chego sinto um vazio não havia ninguém, meu coração se aperta e tenho vontade de chorar, até que observo uma moça com os mesmos folhetos em minha frente. 

continua...

O Meu VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora