Cap.33: Pov. Yoongi

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Agora é a minha vez, né? Minha vez de contar o meu lado da estória, certo? Tudo começou numa bela manhã.... Naaa, besteira! Serei breve. Não sou do tipo falador e nem tenho tanta coisa assim para contar. Então, vamos ao que interessa.

Nos últimos anos tem acontecido cada coisa na minha vida... Vc deve estar acompanhando alguns desses fatos. Vou começar pelo dia em que a Luna despertou algo em mim. Foi na festa que demos em comemoração a recuperação da Maya. Ela ficou uns dois meses em coma depois de ter levado um tiro. Um maluco estava no show da Red Lipstick e atirou no palco. Foi uma loucura! A propósito, Maya é minha ex e prima da Luna. Bizarro, né? Nessa festa, um cara chamado Changbin, fez uma chamada de vídeo para ela poder participar um pouquinho do evento da prima, já que ela mora do outro lado mundo. Esse cara ainda ia me estressar... a chamada não demorou muito, mas quando bati os olhos naquela boca, no rosto ocidental com um monte de sardas e aqueles olhinhos pequenos... cara, senti uma sensação muito esquisita. Meu coração acelerou de um jeito que eu nem sei explicar direito. Eu cheguei a perguntar para a Maya quem era aquela mulher, mas ela não me deu muita confiança.

Depois disso, quase dois anos se passaram e eu achei que nunca mais ia vê-la. Mas o destino prega umas peças na gente. Aqui em Seul, tem uma casa noturna chamada Octagon. O primeiro andar fica o karaokê e os bares e no segundo, umas salas fechdas que se pode reservar. Eu não sou de frequentar esses lugares, mas eles são bem discretos. Pessoas famosas podem circular livremente sem serem incomodadas. Fui uma noite lá com o nosso agente, o Taehyung e o JK. Estávamos negociando um feat do Jungkook com um empresário de fora e eu, iria produzir. Usamos uma das salas do segundo andar para acertar os últimos detalhes.

Terminamos a conversa e ouvimos uma voz feminina cantar e as pessoas aplaudiam, cantavam junto (mesmo a música sendo em espanhol) ou pelo menos tentavam e vibravam. Ficamos curiosos e saimos pra ver. Tinham duas mulheres no palco: uma de preto com um decote imenso e outra, de azul. Elas eram lindas! Cantavam e dançavam passando a mãos nos corpos umas das outras, rebolavam, mexiam nos cabelos... um verdadeiro banquete para os nossos olhos. Mas de onde eu conhecia aquele rosto? Achei aquela mulher de preto familiar, mas não liguei os pontos na hora. Quando a luz bateu em seu rosto, Tae levantou a bola que seria a tal prima da Maya e mostrou interesse nela na hora. Eu gelei. Mas quem não mostraria? Não o culpo... ela é muito linda. Descemos para beber alguma coisa no bar e aquele mulherão estava lá. Irresistível o jeito que ela se debruçava no balcão. Ela é toda brava, sabe?! Não deu muita conversa para o Tae e ainda sobrou um fora pro JK. Confesso que eu achei o máximo a forma como ela desdenhou do fato de sermos famosos e por ela não ter dado a mínima pra nós. Eu gosto de mulher nervosinha. Acho que foi por isso que acabei me envolvendo com duas latinas em diferentes momentos da minha vida. Nesse dia, cheguei a sonhar com ela. Luna dançava pra mim com aquele vestido e depois ia tirando devagar, sentada no meu colo... ai, cara, que delícia! Acordei com meu pau latejando de desejo. Eu queria ter aquela mulher.

Ah! Não se surpreenda com meu palavreado. Eu sou mais na minha, mas sou desbocado. Principalmente quando falo com quem tenho intimidade... e sabe como é... vc está acompanhando nossa estória tem um tempo, então, sinto que posso relaxar. Pois bem, Taehyung pegou o telefone dela. Nossa! Me cocei para não salvar aquele número. Só eu sei o quanto me controlei. Se fosse antigamente, ia tomar aquele papelzinho da mão dele na maior cara-de-pau e deixar o clima com cara de disputa. Mas não acho que eu seja assim agora. Acho que os dois fatores que mais contribuíram para o meu amadurecimento como homem, foi a perda do bebê da Maya e o período no exército. No exércio, por motivos óbvios e o bebê... eu nem sabia se era o pai mesmo e nunca saberei, mas, cara, a vida da gente muda quando descobrimos que tem uma vidinha que depende inteiramente de vc. E a perda... nem se fala. É uma dor que te estraçalha por dentro. É foda.

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