Prólogo

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   NÃO e como se Helen não soubesse seu lugar, que deveria manter sua boca fechada sempre

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   NÃO e como se Helen não soubesse seu lugar, que deveria manter sua boca fechada sempre. Ela era apenas um rostinho lindo e jovem, só servia para ser apreciada. Pele extremamente pálida, dos cabelos castanhos dourados e olhos castanhos profundos. Era assim que Helen era descrita. Nada alem de uma linda garota do Distrito quatro.

  Helen Jones, uma garota magricela pobre do Distrito, que apesar de ser queridinho da capital, não escapava da pobreza miserável de Panem. A mesma sempre fazia de tudo para se sustentar, para conseguir alimento para sua família ingrata.

  A garota morava com seus tios álcolatras, sua tia que a odiava por ser bonita demais e tirar a atenção de seu marido doente, e seu tio que a tocava e espancava sempre que dava. A Loira sabia escrever e ler, tinha aprendido com uma amiga, já que seus tios a proibiram de ir para escola, por acharem que o lugar estava distraindo a cabeca da garota que tinha apenas uma coisa a fazer, trabalhar.

  Desde então, Helen trabalhava em um bar que ficava bem localizado, sem contar que era bem lotado.

— Ei lindinha, me serve mais um copo. — Diz um homem barrigudo que tinha idade para ser pai da garota.

— Claro.

  Helen pegou o copo do homem e encheu ele novamente, entregando para o mesmo em questão de segundos.

— Quanto cobra por uma noite princesa? — Perguntou Um homem qualquer que acabará passar para trás do balcão, onde a mesma ficava.

— Os clientes precisam ficar do outro lado do balcão, por favor. — Disse Helen engolindo seco quando o homem começou a se aproximar. — São regras senhor.

— Para de dar uma de difícil, bebê. Sei que não é tudo isso.

— Se conseguir, o próximo sou eu. — Gritou um homem sentado em uma das mesas, fazendo os outros rirem.

  Helen foi preensada no balcão, suas pernas começaram a tremer e sua visão embacar. Eles já haviam mexido com ela, sempre faziam isso ou a apalpavam, mas nunca avançavam, porém, hoje estava sendo diferente.

— Por favor, não faça isso... — Sussurrou a loira para o homem que já subia seu vestido florido que ia até abaixo de seus joelhos. — Não! Me largue!

  O dono do bar havia saido, ele também não escapava do grupinho de assediadores. Helen ja tentou se livrar desse trabalho mais vezes do que poderia tentar, entretanto, o bar a qual trabalha era o mesmo que fornecia bebidas para seus tios, como uma troca. O dono do bar tinha a menina mais linda do Distrito em seu bar, atraindo homens, e seus tios tinham bebidas avontade.

  Já aceitando seu destino, o homem que estava quase a estuprando, foi golpeado no queixo rapidamente, o fazendo sair de cima da jovem e caindo no chão.

— Sério? Eu venho aqui para desestrassar e me estresso ainda mais? — Diz um jovem loiro de quase dois metros se pondo ma frente de Helen. — Não é como se os senhores quisessem levar uma surra de mim, eu nao me importaria de bater.

— Tinha que ser o prostituto caro do Snow. — Diz um homem revirando os olhos.

— Se fosse inteligente, participaria do show conosco, Odair. — Disse um homem barrigudo se levantando de sua mesa rodeada de homens idênticos a ele.

— Claro, e se fosse inteligente, manteria a merda da sua boca calada, antes que eu perca o meu réu primário e vá aí. Por que garanto a você que a capital me ensinou mais do que só luxos. — Disse Finnick Odair pegando na mão de Helen e a puxando para fora do estabelecimento.

  O caminho abriu para que os dois passassem, mesmo que a maioria reclama-se que o Odair acabará de estragar o show deles. Entretanto, o dono do bar bloqueou a passagem dos dois com seu corpo.

— Não sei se chamo você de corajoso ou tolo por esta no meu caminho. — Disse Finnick travando o Maxilar. — Um conselho, a menos que queria ficar roxo, eu sugiro que saia do meu caminho agora.

— Ela é minha Odair, eu a comprei dos tios e minha propriedade agora. — Diz o homem e Helen arregalou os olhos. — Então, eu quem sugiro que saia, prostitutozinho de luxo.

— Perdeu a noção do perigo?

— Finnick... — Sussurrou Helen ao ver seis caras se aproximando dos dois.

  O loiro estava extremamente tranquilo, tão tranquilo que dava medo. O Odair levantou suas sobrancelhas loira e sorriu, o típico sorriso que faria qualquer mulher pirar.

— Olha, você estão tirando o dia para me estressar. — Disse o loiro passando a mão pelos cabelos baguncados. — Eu acho que perderam a noção, e esqueceram com quem estão falando. Não sou um de vocês que estão nesse fim de mundo, esperando a capital jogar migalhas para vocês. Apenas subordinados por figuras maiores. E adivinha? Eu sou uma dessas figuras maiores. Então, a menos que não queira morrer junto com todos presentes aqui dentro. Saia. Da. Minha. Frente!
 
  Como um toque de mágica, carros de passificadores pararam na frente do bar.

— Dessa vez, eles irão fazer o trabalho sujo, não eu. — Sussurrou Finnick piscando para o dono do bar que tremeu. — Você tem dez segundos...

— Não! Essa puta me custou caro! — Imbrandio O homem com fogo nos olhos. — Foi praticamente todo o meu dinheiro.

  Finnick suspirou e tirou um saquinho do bolso, mostrando o mesmo para o dono do bar que estendeu a mão pata pegar. Entretanto, o Odair jogou o mesmo no chão e para longe. O loiro puxou a mesma com delicadeza para que ambos saíssem do lugar que fedia mais do que tudo.

— Por que fez aquilo? Na verdade... O que tá fazendo aqui? — Perguntou Helen se soltando do loiro e parando de andar.

  Odair parou também, e se virou para a velha amiga.

— Vim ver você, como toda a colheita. Esqueceu?

— Não sei se te agradeço ou choro pelo oque fez. Meus tios irao me matar quando souber que pedir o emprego. — Disse Helen coçando sua cabeça.

— Não irão não, eu vou com você para sua casa e fico lá com você.

— Uma hora irá embora, Odair. — Disse Helen olhando fixamente para o loiro a sua frente. — Você deu dinheiro a Horis...

— Relaxe, e o bastante para que ele esqueça que você existi por um tempo. — Diz Finnick ajeitando sua camiseta de luxo.

  Era até engraçado. Os dois viveram quase que juntos, vestia os mesmo trapos de sempre. Mas agora, Finnick vestia roupa de marca e luxuosa após sua vitória nos jogos, já Helen vestia vestidos remendados e sujos.

— Sua mãe mora no final dessa rua, se veio ver ela também, sugiro que vá lá agora, ela deve está acordada.

— Minha antiga casa...

— Estava caindo aos pedaços. Juntei um pouco do meu salário e conseguir arrumar um lugar para ela ficar enquanto você estava fora. Não é uma mansão, mas é bem aconchegante. — Disse Helen encolhendo seus ombros.

  Finnick fixou seus olhos azuis na garota bem mais baixa que ele, com um vestido florido branco e um rabo de cavalo bagunçado. O Odair havia ficado fora por meses, sem dar um sinal de vida para ninguém. Então, Helen tomou a liberdade de cuidar da mãe do mesmo.

— Sobre o seu emprego, não precisa trabalhar, vou conseguir um lugar para você do lado da minha mãe e bancar vocês duas aqui.

— Não quero ser bancada por você, irei trabalhar sim!

— Isso não está em discussão, Helen. — Diz Finnick colocando suas maos na cintura.

  Antes que a loira falasse mais alguma coisa, uma sirene fora tocada, avisando que era para todos os jovens serem apresentados na praça, para a seleção dos carreristas.

— Quantas vezes colocou seu nome ali? — Perguntou Finnick tentando esconder seu nervosismo.

— Eu precisava de comida...

BIRDS CAGE - Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora