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Por que eu chateei você mais uma vez, Finnick!

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Helen observava o treinamentos dos tributos, todos os tributos estavam treinando uns com os outros e principalmente, fazendo aliados. Um lado da Jones se preocupava com a falta de aliados de Jeff e Coral, o menino até tinha falado com alguns tributos, mas nada muito sério.

A mesma sentiu olhares em suas costas, mas não precisava de muito para saber que era Finnick, seu perfume amadeirado o dedurava. O loiro sem falar nada, se pôs ao lado da mesma e começou a observar seus tributos também.

— Desculpa, de novo... — Começou a Jones sem encarar o homem. — Eu fui insensível e mal agradecida.

— Tudo bem.

Helen arquiou a sobrancelha e se virou para Finnick. Ela não entendia, Helen tinha feito tudo de errado, tinha sido uma verdadeira escrota com o Odair que só queria a proteger, e o mesmo simplesmente sorrir e diz que está tudo bem.

A Jones não conseguindo distinguir seus sentimentos que estavam à beira de um colapso, travou o maxilar e fechou a cara.

— Por que faz isso? Continua sendo bonzinho?! Eu errei, diga que eu errei! Brigue comigo, grite comigo! Esfregue na minha cara que sou uma ingrata. — Diz a loira se virando para Finnick que continuava sereno.

— E por que eu faria isso?

— Por que eu chateei você mais uma vez, Finnick!

— Você não me chateou. Só está confusa, é isso é normal, já passei por isso. — Falou o loiro se aproximando da mesma que não deu um passo para trás. — A única coisa que eu não quero, é que você não passe pelas mãos da capital.

— Eu já passei.

— Não, não passou. Você não sabe o que eles fazem e se depender de mim, vai continuar não sabendo.

Helen sabia que nunca seria merecedora da amizade de Finnick, ela nunca seria merecedora dele. Era exatamente assim que a Jones se sentia. Finnick era perfeito demais para ela.

— Me prometa que não vai mais fazer isso, que daremos um jeito de isso nunca mais acontecer. — Diz a loira dando um passo à frente do Jones, encurtando o espaço entre os dois. — Me prometa.

— Queria que fosse tão fácil assim. Snow nunca deixaria isso acontecer. — Diz Finnick olhando para os lados. — Fazer isso com a gente é uma forma de nos manter na linha, sempre ficar ao alcance dele.

— Tem que ter algo que possamos fazer.

Como se uma lâmpada acendesse na cabeça de Finnick, ele suspirou e olhou para a loira a sua frente.

— Tem um jeito, mas receio que não vai gostar nem um pouco da ideia. Sem contar que é muito arriscado.

— O que você...

— Finnick Odair e Helen Jones, a sensação da capital. — Diz uma figura de cabelos verdes chamativos.

Helen se virou e arquiou a sobrancelha para a mentora do distrito um. Aine já havia falado o quão a mulher era encrenqueira, se achava por ser antiga e queridinha para a capital.

— Cameron. — Disse Finnick com insatisfação.

— Admito que estava ansiosa para ver vocês dois juntos como mentores. Aine já está velha demais para esse cargo.

— Pelo o que eu sei, você e a mais antiga. Então, receio que nem ao menos 30 anos você tenha. — Diz Helen com deboche.

Deu para ver claramente a reação nada boa que Cameron teve com as palavras da loira. Uma coisa que a mentora do distrito um odiava era envelhecer, e o fato de Helen ter jogado na cara que ela não era nova, a fez quase espumar.

— Claro, mas sempre fui contra pirralhas mimadas serem convidadas a mentoria dos tributos.

— Acredite, não foi um convite.

Uma risada esquisita saiu da garganta de Cameron, que olhou para a sacada, tendo a visão dos tributos treinando.

— Sendo sincera, de mentor para mentor. Seus tributos não tem lá muita chance, são novos demais.

— Venci os jogos com 14 anos, acredite, idade e o que menos importa na arena. — Diz Finnick com um tom ácido na voz. — Habilidade e o que importa.

— Foi você que venceu os jogos se escondendo, não é? Creio que habilidade não é para todos. — Disse Helen dando uma risadinha seca no final.

— Seus tributos não irão sobreviver nem a dez segundos de jogo, guarde minhas palavras.

Helen travou o maxilar e deu um passo em direção a Cameron que sorriu de lado. A Jones não era de bater e nem nada do tipo, mas aquilo era demais. Cameron só queria um deslize da princesinha da capital para falar mal.

— Não vale a pena. — Disse Finnick segurando delicadamente o braço da loira.

— E melhor escutar seu namoradinho, Jones. Ele tem mais experiência que você. — Diz A mulher com um tom malicioso.

  Cameron encarou Finnick dos pés a cabeça e logo saiu do lugar, deixando os dois sozinhos novamente.

— Ela é ridícula.

— E só fingir que não está ouvindo, vai ver que é muito melhor lidar com eles calado.

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— Mantenha suas mãos firmes! — Imbrandio Helen batendo o cabo da espada no braço de Jeff. — Seus pés firmados no chão.

  A Jones estava dando mais uma de suas aulas para seu tributo, enquanto o mesmo apenas ria ou fazia piadinhas do treino.

— Sinto que você nasceu pra ser mãe de menino. — Disse Jeff rindo e se jogando no chão. — Ele viria loiro e com os olhos azuis.

  Helen arquiou a sobrancelha, ela não tinha olhos azuis. Mas tudo ficou claro quando Finnick se meteu no meio do treino e empurrou a mesma, pegando uma espada de treinamento.

— Vamos ver se você está mesmo habita a treinar.
 
  Finnick se posicionou e avançou na loira que desviou de primeira, pegando impulso e empurrando o loiro. Em um momento, os dois bateram as espadas, encarando os olhos um do outro.

— Seus olhos me lembram uma tarde de outono, naquelas a qual as árvores estão laranjas e o sol brilha na medida certa, dando destaque ao castanho. — Diz Finn sorrindo de lado, mostrando suas covinhas charmosas.

   E novamente, Helen se perdeu nos olhos azuis intensos de Finnick. Era bizarro o fato daquele olhos serem capazes de a fazer esquece de como respirar. A sensação era a mais estranha que ela já sentiu, mas era confortável como um dia chuvoso.

   A Jones logo saiu do transe e deu uma rasteira em Finnick, que já caiu rindo de sua queda.

— Você acredita que foi exatamente isso que ela fez comigo, Finnick?! — Diz Jeff indignado e a gargalhada do Odair aumentou.

— Ela sempre faz isso!

— Já leve como uma lição, olhe sempre para as pernas de seu adversário, nem sempre atacam com as mãos.

BIRDS CAGE - Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora