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Eu me ofereço como tributo.

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    Como todas as manhãs, Helen se levantava cedo para trabalhar no bar. Com o mesmo vestido que fora dormir ela se levantou, fez suas necessidades e foi até a cozinha de sua casa.

— Preciso de dinheiro, Helen. — Diz sua tia, a puxando pelo braço. — Vou te passar uma lista do que está faltando em casa e você vai comprar.

— Eu não tenho dinheiro.

— Te ensinei várias coisas, ser mentirias não foi uma delas! Sei que tem, e fica escondendo.

— Flora, já falei que eu não tenho, meu salário ainda não caiu. O que eu ainda tinha, usei para concertar a pia do banheiro. — Disse a loira lavando a louça da casa.

— Quem mandou fazer isso?!

— A pia não parava de pingar, e não dar para viver sem a pia. — Falou a mesma com a maior calma do mundo.

  Era sempre assim, todos os dias e a cada segundo naquela casa, era sempre a mesma coisa. Helen já era tão acostumada que mal sentiu quando sua tia virou seu rosto para ela agressivamente.

— Olhe para mim quando eu estiver falando com você! — Falou Flora. — Eu não quero saber como você vai comprar, mas você vai! Se tem dinheiro para ficar bancando casa da mãe do seu namoradinho prostituto.

— Não fale assim...

— Cala a boca quando eu estiver falando com você! — Disse Flora dando um tapa forte na cara da loira. —  Se não tem dinheiro, é melhor começar a fazer proveito do seu rostinho bonito.

   A Jones mais nova arregalou os olhos, ela vivia falando que iria fazer isso.

— Por que só eu sei o quão estamos perdendo dinheiro. Então, me testa pra você ver o que eu posso fazer com você. — Diz a mulher soltando o rosto de Helen bruscamente. — Saia da minha frente! Some!

  Helen não demorou muito para sair quase correndo da casa medíocre e ir rumo ao bar. Mas naquele dia,  antes de ser abusada, Finnick a salvou e consequentemente a demitiu do emprego. O que resultou em um espancamento de seus tios, com direito a qualquer objeto.

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   Helen odiava o dia da colheita, tirando a parte em que ela viria Finnick, seu melhor amigo vitorioso. Era um dia extremamente pesado e cheio de medo, todos tinham medo de serem sorteados, inclusive a Jones.

  A Jones havia feito o possível e o impossível para esconder suas marcas vermelhas e roxas. Ela sentia vergonha por isso, ser fraca ao ponto de aguentar espancamento de seus tios. Aquilo era tão frequente, que ela sentia a culpa em seus ombros pesados, mesmo que não fosse dela.

— Você está bem? — Perguntou Olívia, sua vizinha desde dos 4 anos de idade.

— Eu acho que é impossível ficar bem em dias como esse. — Falou a loira suspirando, resmungando de dor na barriga. — Sua mãe está melhor?

  A Jones soube que a mãe de Olívia estava doente, não teve tempo de ir conferir, mas se preocupou em silêncio.

— Na medida do possível. Meu pai está tentando juntar dinheiro para conseguir os medicamentos, e eu também. — Disse a morena encolhendo os ombros. — Confesso que é mais difícil do que nós pensamos.

— O preço ou...

— Tudo, não somos muito importantes para que liberem os medicamentos...

— Posso pedir para Finnick te ajudar a conseguir os remédios de sua mãe.

— Faria isso?

— Claro! Logo depois que a colheita terminar, iremos até a sua casa e você me dará a receita, creio eu que Finnick ficará aqui até amanhã de manhã. Será mais que o suficiente. — Diz Helen segurando firmemente a mão da amiga.

As duas se colocaram no mesmo lugar de sempre. Seus lugares eram bem próximos ao palco, fazendo elas terem a visão de Finnick é uma vitoriosa esperando pelo tributo a qual eles seriam mentores.

— Bem vindos aos Jogos vorazes! — Diz Rose, a companheira dos tributos. — Como sempre, primeiro as damas.

  Como sempre, todas as damas do distrito prendiam a respiração, os medo de seus nomes serem chamados. Nesse meio tempo, Helen olhou para Finnick que soltou uma piscadela para ela, a fazendo revirar os olhos.

— Olívia Gilbert! — Disse a mulher com uma peruca ridícula na cabeça.

  A Jones arregalou os olhos e lentamente, virou sua cabeça para o lado, pegando o momento exato que uma lágrima desceu do cando dos olhos da mesma.

— Dê o remédio a minha mãe, por favor. — Sussurrou a mesma antes de pacificadores a pagarem pelo braço.

  Como se Helen tivesse tomado um choque muito forte ao sentir a mão da Gilbert em seu braço, antes da garota de cabelos negros ser arrancada de seu lado.

— Vamos minha querida, suba aqui! — Diz a mulher parecendo animada.

  Helen mal notou quando seus pés fizeram o percurso silenciosamente atrás de Olívia, que era puxada agressivamente pelos pacificadores. Dava para ver o qui Olívia chorava, ela não sabia se chorava por ela ou por seus pais, dois doentes que não tinham condições de viver.

  Foi pensando nesse detalhe, que Helen levantou a mão rapidamente, já sendo segurada por pacificadores.

— Eu me ofereço como tributo!

BIRDS CAGE - Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora