━━━━━━ • ✿ • ━━━━━━
Eu me ofereço como tributo.
━━━━━━ • ✿ • ━━━━━━
Como todas as manhãs, Helen se levantava cedo para trabalhar no bar. Com o mesmo vestido que fora dormir ela se levantou, fez suas necessidades e foi até a cozinha de sua casa.
— Preciso de dinheiro, Helen. — Diz sua tia, a puxando pelo braço. — Vou te passar uma lista do que está faltando em casa e você vai comprar.
— Eu não tenho dinheiro.
— Te ensinei várias coisas, ser mentirias não foi uma delas! Sei que tem, e fica escondendo.
— Flora, já falei que eu não tenho, meu salário ainda não caiu. O que eu ainda tinha, usei para concertar a pia do banheiro. — Disse a loira lavando a louça da casa.
— Quem mandou fazer isso?!
— A pia não parava de pingar, e não dar para viver sem a pia. — Falou a mesma com a maior calma do mundo.
Era sempre assim, todos os dias e a cada segundo naquela casa, era sempre a mesma coisa. Helen já era tão acostumada que mal sentiu quando sua tia virou seu rosto para ela agressivamente.
— Olhe para mim quando eu estiver falando com você! — Falou Flora. — Eu não quero saber como você vai comprar, mas você vai! Se tem dinheiro para ficar bancando casa da mãe do seu namoradinho prostituto.
— Não fale assim...
— Cala a boca quando eu estiver falando com você! — Disse Flora dando um tapa forte na cara da loira. — Se não tem dinheiro, é melhor começar a fazer proveito do seu rostinho bonito.
A Jones mais nova arregalou os olhos, ela vivia falando que iria fazer isso.
— Por que só eu sei o quão estamos perdendo dinheiro. Então, me testa pra você ver o que eu posso fazer com você. — Diz a mulher soltando o rosto de Helen bruscamente. — Saia da minha frente! Some!
Helen não demorou muito para sair quase correndo da casa medíocre e ir rumo ao bar. Mas naquele dia, antes de ser abusada, Finnick a salvou e consequentemente a demitiu do emprego. O que resultou em um espancamento de seus tios, com direito a qualquer objeto.
<>
Helen odiava o dia da colheita, tirando a parte em que ela viria Finnick, seu melhor amigo vitorioso. Era um dia extremamente pesado e cheio de medo, todos tinham medo de serem sorteados, inclusive a Jones.
A Jones havia feito o possível e o impossível para esconder suas marcas vermelhas e roxas. Ela sentia vergonha por isso, ser fraca ao ponto de aguentar espancamento de seus tios. Aquilo era tão frequente, que ela sentia a culpa em seus ombros pesados, mesmo que não fosse dela.
— Você está bem? — Perguntou Olívia, sua vizinha desde dos 4 anos de idade.
— Eu acho que é impossível ficar bem em dias como esse. — Falou a loira suspirando, resmungando de dor na barriga. — Sua mãe está melhor?
A Jones soube que a mãe de Olívia estava doente, não teve tempo de ir conferir, mas se preocupou em silêncio.
— Na medida do possível. Meu pai está tentando juntar dinheiro para conseguir os medicamentos, e eu também. — Disse a morena encolhendo os ombros. — Confesso que é mais difícil do que nós pensamos.
— O preço ou...
— Tudo, não somos muito importantes para que liberem os medicamentos...
— Posso pedir para Finnick te ajudar a conseguir os remédios de sua mãe.
— Faria isso?
— Claro! Logo depois que a colheita terminar, iremos até a sua casa e você me dará a receita, creio eu que Finnick ficará aqui até amanhã de manhã. Será mais que o suficiente. — Diz Helen segurando firmemente a mão da amiga.
As duas se colocaram no mesmo lugar de sempre. Seus lugares eram bem próximos ao palco, fazendo elas terem a visão de Finnick é uma vitoriosa esperando pelo tributo a qual eles seriam mentores.
— Bem vindos aos Jogos vorazes! — Diz Rose, a companheira dos tributos. — Como sempre, primeiro as damas.
Como sempre, todas as damas do distrito prendiam a respiração, os medo de seus nomes serem chamados. Nesse meio tempo, Helen olhou para Finnick que soltou uma piscadela para ela, a fazendo revirar os olhos.
— Olívia Gilbert! — Disse a mulher com uma peruca ridícula na cabeça.
A Jones arregalou os olhos e lentamente, virou sua cabeça para o lado, pegando o momento exato que uma lágrima desceu do cando dos olhos da mesma.
— Dê o remédio a minha mãe, por favor. — Sussurrou a mesma antes de pacificadores a pagarem pelo braço.
Como se Helen tivesse tomado um choque muito forte ao sentir a mão da Gilbert em seu braço, antes da garota de cabelos negros ser arrancada de seu lado.
— Vamos minha querida, suba aqui! — Diz a mulher parecendo animada.
Helen mal notou quando seus pés fizeram o percurso silenciosamente atrás de Olívia, que era puxada agressivamente pelos pacificadores. Dava para ver o qui Olívia chorava, ela não sabia se chorava por ela ou por seus pais, dois doentes que não tinham condições de viver.
Foi pensando nesse detalhe, que Helen levantou a mão rapidamente, já sendo segurada por pacificadores.
— Eu me ofereço como tributo!
VOCÊ ESTÁ LENDO
BIRDS CAGE - Jogos Vorazes
Science FictionBIRDS CAGE | "A tristeza é tão profunda quanto um poço. Ela vai te inundando todos os dias, até que chega um dia que você não quer mais sair de lá." Jogos Vorazes oc_ Finnick Odair. início: fim: Em andamento.