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E mais complicado do que parece.

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Helen agora era arrumada para comparecer a colheita, não mais como tributo, mas agora como mentora dos jogos vorazes. A mulher fazia uma maquiagem bem básica no rosto magro e pálido da mesma, estava vestida elegantemente com um vestido preto com detalhes brancos, o verdadeiro significado de elegância.

A mesma saiu de cima da plataforma quando a figurinista terminou seu trabalho. Helen se aproximou da janela a qual dava a visão perfeita das filas de adolescente sendo feita. A Jones prometeu a si mesma que não iria mais chorar, nada adiantaria.

— Você tá pronta? — Perguntou Aine adentrando a sala com um vestido vermelho assim como seu cabelo.

— Sim.

A loira respirou fundo e saiu da sala onde estava, vendo Finnick ser arrumado por um figurinista também. Desde da visita de Snow, os dois não tinham se falado mais.

— Não precisam fazer nada, apenas ficarem parados até que os dois tributos sejam escolhidos. — Disse Aine se pondo na frente dos dois. — E quero que conheçam uma pessoa que ficará dos dois esses dias na capital.

Uma mulher de peruca verde e vestimentas extravagante apareceu sorrindo de orelha a orelha.

— E um enorme prazer conhecê-los! Principalmente você, senhorita Jones. Finnick já é de casa. — Disse a mulher com ternura na voz.

Helen percebeu que nem Finnick e nem Aine parecia se sentir desconfortáveis com a presença da mulher, o Odair ainda abriu um pequeno sorriso para a mesma.

— Eu já trabalhava como figurinista no distrito 4, mas me ausentei quando precisaram de mim no distrito 6. Mas agora estou de volta! — Cantarolou a mulher sorrindo positiva. — Vamos logo escolher os dois tributos.

— Perdão a pergunta, mas qual é o seu trabalho? — Perguntou Helen se pondo ao lado de Finnick e atrás de Celine.

— Eu sou o primeiro contato da capital com os tributos, para que eles não fiquem muito... Espantados, com nossa cultura linda e... Diferente. — Falou a mulher se virando para encarar a loira. — Para ser mais simples, sou uma amiga da capital!

Não demorou muito para que as portas fossem abertas e eles caminhassem até o palco onde Celine dava pulinhos de felicidade. A voz dela era aguda, carregada de felicidade exagerada na opinião de Helen. Em poucos minutos, os dois tributos hora escolhidos, uma menina de 11 anos e um menino de 14, muito novos.

Helen sentiu seu peito apertar quando os dois jovens arregalaram os olhos ao ter seus nomes sorteados, a cara de ambos demonstrava o puro pavor.

— Nenhum dos dois e carreirista. — Foi a primeira coisa que Helen disse quando a privacidade se fez presente no vagão do trem.

— Você não era carreirista e conseguiu vencer os jogos.

— E, mas eu sabia pelo menos manusear uma espada. A menina tem cara de que na primeira jorrada de sangue irá chorar, e o menino é mais magrelo que tudo. — Diz a loira andando de um lado para o outro.

— Vejam pelo lado bom, eles tem ótimos e carismáticos mentores, irão conseguir muitos patrocinadores para eles. — Disse Celine sentada em uma poltrona do vagão. — Sem contar que ainda temos cinco dias com eles.

— A Celine tá certo, podemos os treinar e achar patrocinadores para eles. Levando o fato de vocês dois serem os queridinhos da capital. — Diz Aine jogada no sofá.

Helen e Finnick se encaram, eles eram os queridinhos da capital, iriam arrumar um jeito para manter aquele dois jovens inexperientes vivos.

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   Como sempre, Helen não conseguia dormir, a mesma ficava rolando para todos os cantos da cama, tentando achar uma posição confortável o suficiente que a faria se entregar para o sono. A loira teve sua concentração roubada por um barulho de porta abrindo, e não era a sua. Dava para ver a sombra de alguém por debaixo da porta.

   A Jones rapidamente se levantou da cama, não se importando de está apenas de camisola cor azul marinho. Ela seguiu a sombra que parou de andar no final do corredor, no último vagão do trem. A loira até pensou em voltar para seu quarto, mas desistiu quando entrou no vagão.

  Helen observou que era o garoto Cooper, Jeff Cooper de apenas 14 anos. O mesmo estava sentando no banco, mas quase pulou dele de susto.

— Desculpa, eu não sabia se podia entrar ou não. — Disse o menino coçando a cabeça sem graça.

— Claro, desculpa por não ter batido, os corredores não costumam ser movimentados, só fiquei curiosa. — Helen iria se retirar para deixar o garoto em paz, mas voltou atrás. — Não nos apresentamos direito.

— Eu sei quem você é, venceu o último jogo. Espero que seja tão boa mentora como parece.

— Prometo que tentarei.

— Bom, levando ao fato de que esculhambou com a gente hoje mais cedo.

   Helen arregalou os olhos com a fala do garoto que riu irônico.

— Sou muito bom em ouvir conversas alheias quando estou no tédio. Acha que isso irá me ajudar na arena?

— Primeiramente, desculpa. Segundamente, receio eu que sim. Finnick diz que devemos usar tudo o que temos, se não pode vencer com a força, pode vencer pelo público.

— Como se consegue a atenção do público?

— Carisma, simpatia, todos da capital adoram isso, sentimentos fortes são sempre bem vindos por eles. — Diz Helen se sentando de frente para o menino.

   O menino parecia ser o mais simpático ao ver de Helen, a garotinha de 11 que parecia ser mais reservada, e essa ela iria deixar para Finnick.

— Eu assistir você pela TV, sinto muito pelo seu parceiro. — Diz Jeff se encolhendo no banco acolchoado. — Mas devo concorda com você, somos fracos comparados aos outros tributos, todos os outros são carreiristas.

— Não se vence só por ser carreirista, se vence sobrevivendo. Não era carreteira, e Finnick era muito novo.

— Soube que ele a treinava. Na verdade, ele é seu namorado, não e? É só isso que o distrito fala. — uma ruga de curiosidade fora vista na testa do menino.

— Não, éramos só amigos de infância.

— Éramos? Não são mais?

— E mais complicado do que parece.

— E complicado? Ou vocês fazem parecer complicado?

Helen soltou uma risada sem humor.

— Para um garoto de 14 você é bem espertinho né? — Disse Helen se sentindo mais confortável.

— Eu tento. — Diz Jeff dando de ombro de uma forma desajeitada.

Os dois se olharam e deram um risada baixa, antes de voltarem sua atenção para as estrelas.

BIRDS CAGE - Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora