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E tudo culpa sua.

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Helen já tinha saído do hospital, seus ferimentos eram leves, exceto o rasgo em sua perna que já estava quase cicatrizada. A mesma era preparada para entrar no palco do distrito 12, completando o último lugar que falaria em sua turnê como vitoriosa.

  A Jones sentia a maquiadora retocar sua maquiagem, suas vestes eram de tom cinza, um macacão cinza com joias douradas. Ela olhava para a multidão se formando no lado de fora, alguns iam por vontade própria, outros eram empurrados.

— Acredita, a mais pessoas aqui por que quer do que por obrigação. — Diz Haymitch entrando na sala. — Então ansiosas para ouvir o que tem a dizer.

— Os dois tributos deles morreram, não a nada que eu tenha que dizer sobre isso. — Disse Helen ainda olhando para a janela.

— Tem razão.

   Haymitch se aproximou da loira, dispensando a maquiadora. Também olhando para o pátio pela janela.

— Não tem ninguém no lado de Yuri... — Helen repetia mais isso para si mesma.

— A mãe dele desapareceu ontem a noite. — Falou o homem suspirando.

  Helen arregalou os olhos e desviou seu olhar da janela para Haymitch. Seus ouvidos não estavam crendo que acabara de ouvir.

— O que?

— Ela não foi para o trabalho ontem, e o marido encontrado morto. — Falou Haymitch fixando seu olhar na loira. — Não se sabe se ela o matou ou ele mesmo se matou, mas está morto.

   Ele batia na minha mãe e em mim. A voz de Yuri ecoava em seu ouvido, sua voz carregada de tristeza falava o quão o homem era ruim.

  Nos próximos minutos, foram sufocantes. Ter que subir o palco e falar que sente muito por simplesmente ter sobrevivido, era a coisa mais abominável que poderia fazer. Não demorou muito para falar os cartões a qual Aine tinha escrito, eram palavras básicas e rápidas.

  Os cidadãos sentiam que aquelas palavras eram as mais sinceras já faladas, mesmo sendo lidas, até por que Helen também tinha tido participação na escrita dos cartões. Sentindo, cada cidadão levantou três dedos, assobiando uma melodia desconhecida por Helen.

  Não deu muito tempo, Helen e todos foram tirados do palco quando o lugar se fez uma zona.

— O que aconteceu? O que era aquilo? — perguntou Helen quando viu Haymitch.

— E um símbolo de agradecimento, despedida e reconhecimento, mas Snow não gosta dele.

— Snow abomina tudo que possa dar alguma esperança para os distritos. — Disse Aine se pondo ao lado de Helen. — É um simples gesto, mas com precisão de se torna algo maior.

  Finnick não estava na turnê, tinha ficado na capital para cuidar da turnê de Helen de longe. A Jones não tinha entendido muito bem, mas não questionou quando Aine falou que aquilo tinha sido a pedido de Snow.

— Irá o conhecer amanhã, tirará suas conclusões por si só.

— No momento que mata crianças inocentes, eu já tenho uma conclusão sobre ele. — Disse Helen suspirando.

A loira saiu da presença de Aine e Haymitch, indo para a sala de espera do palco, ela esperaria até que o trem estivesse pronto para sua partida a capital. A mesma sentiu o bolo se forma em sua garganta.

Ela não queria ter ficado viva, não queria ter participado dos jogos é muito menos ter ganhado, era para Yuri ter ganhado e vivo sua vida do jeito que planejou.

— Chorar não irá trazer meu filho de volta. — Disse uma voz feminina atrás da Jones que logo se virou.

A mulher de cabelos castanhos e olhos claros, os mesmo que Yuri, era a mãe dele. A loira percebeu que ela mancava, sem contar as lágrimas que desciam de seu rosto.

— Sinto mui...

— Não! Não fale isso! Falar que sente muito não irá cessar minha dor é muito menos trazer meu filho de volta. — Falou a mulher com a voz já embargada. — Já e a segunda que perco...

Helen notou que ela tinha uma pistola em sua mão, o que a deixou apreensiva.

— Acredite, eu preferiria que ele tivesse aqui, não eu. — Diz Helen sentindo lágrimas molharem sua bochecha. — Eu tentei... eu juro que tentei...

— Eu disse para ele não salvar ninguém, se manter escondido até ninguém sobrar, mas ele insistiu dizer que queria ficar com você, desde da primeira vez. — Falou a mulher travando o maxilar. — Insistiu ver a irmã em uma menina que não podia confiar, nem ao menos conhecia.

Yuri tinha assistindo o sorteio de Helen, e nunca mais esqueceu os traços que tanto pareciam com sua irmã mais velha.

— E tudo culpa sua. Era só ter morrido, e ele não iria está morto. — Disse a mãe de Yuri levantando a pistola na direção de Helen.

A Jones não questionou, não iria gritar e muito menos mandar a mulher parar. Ela não entendia a dor de perde um filho, mas entendia o quão Yuri era especial demais para morrer daquela forma.

— Não sei como é perde um filho, mas Yuri era especial, é isso basta para que doa o suficiente em mim. — Disse Helen com seu rosto inundado de lágrimas.

A mãe do menino desabou, chorou quase que aos prantos. Queria seu menino de volta, apesar de tudo o que o fez passar. Ela não tinha como sustentar seus filhos, por isso havia se casado com seu ex marido, agora morto.

— Helen, o trem já irá partir... — Ainde entrou na sala, arregalando os olhos ao ver a cena. — Moça, abaixe a arma por favor...

A mulher se afastou da porta, onde agora entrava os guardas, prontos para proteger a campeã dos jogos vorazes.

— Abaixe a arma senhora!

Aine foi para perto de Helen, a puxando para trás dela, protegendo a Jones com seu corpo.

— Não iremos falar de novo, senhora!

Os próximos segundos fora aterrorizante. A mãe de Yuri apontou a pistola para sua cabeça, fixando seu olhar em Helen, puxou o gatilho da arma. A Jones arregalou o olhos ao assistir a cena, colocando suas mãos na boca em espanto.

— Helen... — Chamou Aine assustada, querendo tocar a loira.

— Não... — Sussurrou a Jones se afastando de Aine com seus olhos fixos na mulher morta a sua frente.

BIRDS CAGE - Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora