Capítulo - 29: ESPECIAL

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Foram tantas noites desperdiçadas (desperdiçadas)
Noites com (noites com) você (você)
Eu ainda sinto o gosto (sinto o gosto)
Eu odeio isso, queria poder voltar atrás, porque
Costumávamos ser próximos, mas as pessoas podem passar
De pessoas que você conhece a pessoas que você não reconhece mais
E o que mais dói é que as pessoas podem passar
De pessoas que você conhece a pessoas que você não reconhece mais
Costumávamos ser próximos, mas as pessoas podem passar

Selena Gomez - People You Know

RAVI HENRIQUE

Sou um homem realizado e bem sucedido, com um emprego que sempre sonhei, uma família construída, com uma esposa e filhos maravilhosos. Sempre sonhei com isso, a única coisa que eu não esperava, era a realidade. Onde ela é bem diferente de tudo o que pensei.

Não é fácil cuidar de duas crianças com gênios bem parecidos com os dos pais. Ravena é teimosa igual a mãe, com personalidade forte igual a minha. Benício é questionador igual a mim e desconfiado igual a mãe. Juntando tudo, eles são nos dois certinhos, mas como explicar para nossas cópias, algo que às vezes nem conseguimos explicar para nós mesmos?

A minha vontade é que meus filhos não saíssem do meu lado, me permitindo mimar e amar eles até envelhecerem, só saíssem de casa aos quarenta anos. Não me importo de sustentar eles. Sou um pai protetor com a dificuldade de perceber que eles precisam ser livres.

Por não ter ficado perto o tempo suficiente com meu pai, me sinto na obrigação de fazer eles não se arrependerem futuramente. Não que eu vá morrer, ou algo do tipo. Eu só quero cuidar dos meus filhos.

Mas como disse, a realidade não é como queremos. Ravena voltou para os Estados Unidos, são quase dez horas de distância. Todos os dias antes de dormir peço para Deus que nada aconteça com a minha princesa e que ele proteja ela, porque dez horas, é muito tempo de distância para acontecer inúmeras coisas e eu não poder estar lá para ajudar.

Porque ela tinha que escolher ficar tão longe dos seus pais?

- Um real pelo seu pensamento - minha mulher passa o braço por cima do meu tronco nu e sorri lindamente.

- Estou pensando na nossa filha - suspiro frustado.

- Sinto tanta saudades da nossa bonequinha.

- Eu também - faço um carinho no seu braço.

- Ela não me ligou ainda - Bárbara choraminga.

- Se nem com você ela falou, imagine comigo. Ravena só conversa com você - ironizo.

- Amor, ela fala com você sim. Para com isso - Babi me repreendeu e sela a minha boca com a sua. - Eu só estou preocupada - lança um sorriso sem mostrar os dentes.

- Eu também - respiro fundo. - Todas as vezes que ela voltar, vai ser assim. Ravena mudou muito depois que foi morar longe de nós, eu disse que não era uma boa ideia, mas ela não me escuta - reclamo.

- Mas ela precisa ter esses momentos. Nossa filha precisa viver a vida dela sozinha - minha esposa faz carinho na minha barriga.

Mesmo que eu não queira, eu entendo o que Bárbara está dizendo. Mas é complicado e difícil de aceitar.

- Eu sei, Barbie ruiva. Mas estou relacionando dela estar diferente, algo aconteceu. Eu sei disso, ela só não quer falar... - sou interrompido.

- Ela está diferente mesmo, nossa filha está amadurecendo.

Procura-se um Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora