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Os dias passavam rápido, assim como as experiências nada agradáveis em situações que fugiam do controle do homem mais poderoso do estado da Califórnia. Mesmo com o passar do tempo, Pietro ainda analisava o tamanho da falha de Egan para o que restou daquela equipe, pensava cuidadosamente o que faria com ela agora que não existia mais um líder. Poderia colocar alguém novo para substituir o idiota que causou complicou por completo a sua vida, ou poderia simplesmente acabar com tudo, dividir cada membro fiel entre as demais partes que ainda fortaleciam a sua organização. Para aqueles que fossem mais leais ao idiota morto, não se importaria em mandá-los para fazerem companhia a Egan no inferno.

Quando Homero retornou para casa naquela noite, a primeira coisa que fez foi telefonar para o chefe e relatar nos mínimos detalhes tudo o que aconteceu e como lidou com isso. Explicou a decisão de dar fim aos erros do capitão daquela divisão em particular, e explicou porque precisou agir tão rápido. O FBI estava perto, e daquela vez não foi possível manter Andrea longe da ação deles, algo que claramente se tornaria cada vez mais difícil de conseguir, até não ser mais possível. Pietro respirou fundo ao fim de tudo, e agradeceu seu esforço antes de encerrar a chamada. Não pensou que algum fosse pensar algo sequer parecido, mas por algum motivo escondido do seu saber, o homem sentiu que seu cerco podia estar se fechando. Era um novo, e um problema muito maior. Sua atenção era cada vez mais necessária.

Em seu escritório durante quase todo o dia, ignorou cada um dos compromissos marcados em sua agenda. Estava distante dos seus afazeres dentro da empresa, resolvendo questões que significavam tudo para o seu status de vida. Entendia a importância de alguns daqueles encontros, e por isso remarcou cada um deles para um momento mais oportuno. O único que não poderia desmarcar estava perto de acontecer. Já era noite, e Andreza havia sido bem clara sobre não querer atrasos para o jantar. Talvez fosse comunicar alguma coisa importante, mas como não disse nada a respeito, tudo o que ficou nas mãos do marido foram as dúvidas.

— Eu volto para ajudar a senhora com a mesa! — com as chaves em mãos e a jaqueta de sempre cobrindo os seus ombros, Andrea gritou antes de sair de casa. Havia se comprometido a buscar Katherine, e como ainda não conhecia o endereço da morena, não deixou aberturas para que ela pudesse negar a sua gentileza.

Chegando da porta da sua cozinha, Andreza pensou em dizer algo parecido com um ameaça caso a filha se atrasasse, mas a jovem agente não lhe deu tempo. Então tudo o que lhe restou foi a negação, e um enorme sorriso de satisfação no canto dos seus lábios. Andrea estava radiante durante todo aquele dia, e a mais velha não se lembrava de ver a filha assim desde que se decidiu por fazer parte do FBI. Não entendia os motivos do marido, e apesar de as coisas estarem se acertando aos poucos, não fechava seus olhos para o óbvio. Obviamente não era sua intenção, mas as atitudes de Pietro foram as responsáveis por diminuir em peso o brilho da sua criança. E observando as boas mudanças ocorridas nas últimas semanas, agradecia a Katherine por isso. Estava animada com o jantar, animada por conhecer a jovem que vinha deixando sua filha agraciada por sorrisos bobos, e torcia de dedos cruzados para que Pietro não estragasse tudo.

— Está atrasada — esperando na entrada do prédio, Katherine disse se abaixando na janela do carona.

— Culpa da minha mãe — destravou as portas para que a mais velha pudesse entrar — Acredita que ela me levou pra cozinha?

— Essa refeição ainda é segura? — sorriu colocando o cinto.

— Haha, muito engraçado, idiota — fingindo falta de humor, escondeu o sorriso voltando a pôr o carro em movimento. Realmente estava atrasada, e não mentiu quando disse ser culpa da mãe. Andreza tomou para si a maior parte do seu tempo, e não apenas na cozinha. Se a perguntassem, agora saberia dizer qual a sensação de estar em um interrogatório.

A Filha do Dono da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora