🅅🄸🄽🅃🄴_🄲🄸🄽🄲🄾

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-𝒱𝓲𝓷𝓽𝓮 𝓮 𝓽𝓻𝓮̂𝓼 𝓭𝓲𝓪𝓼 𝓭𝓮𝓹𝓸𝓲𝓼.

Em decorrência da correria que estava sendo o seu dia, Andrea não conseguia acompanhar o andar das horas. Seu horário de almoço já havia passado, mas só veio a perceber isso quando do alto do andar ficava a sua sala, enxergou a mãe passando pelo hall de entrada do prédio. Muitos dos seus colegas pararam para observar, mas a chegada de Richard e Katherine para receber Andreza fez com que todos se dissipassem. Andrea apenas respirou fundo e agradeceu o feito. Então negou seus próprios pensamentos e desceu para também receber a mãe com um sorriso curioso no canto dos seus lábios.

Andreza estava de folga, a primeira que recebia nos últimos quinze dias. Estava em sua área, e por isso não se importava em reclamar. Mas vinha trabalhando tanto, que por pouco não agradeceu de joelhos a interferência daquele responsável por devolvê-la ao seu mundo. Cansada e muito ausente nas últimas semanas, pensou em compensar com um almoço junto da filha e seus amigos. Porém, não recebeu retorno imediato quando mandou uma mensagem para Andrea, o que a fez apelar para atenção de Katherine. 

— Ela ainda não parou, e parece não ter essa intenção por agora — recebendo a ruiva mais velha em um abraço simples, sorriu ao fitar a aproximação vagarosa da ruiva que pertencia cada dia mais a sua vida.

— Duas horas da tarde — Andreza comentou olhando a tela do seu celular — Vocês precisam de uma pausa, repor energia antes de sofrerem uma queda repentina devido a exaustão. 

— Fala isso para sua filha — Richard disse baixo, e de braços cruzados analisava o controle da respiração de Andrea. A jovem agente estava em uma pilha de nervos de carga invejável, uma que o rapaz não fazia ideia de como explicar.

— Mãe, o que faz aqui? — passando por cima dos colegas que insistiam em olhar vez ou outra, Andrea foi direta. Katherine se afastou um passo e deixou que Andreza respirasse fundo antes de dizer qualquer coisa.

— Entendo que tenha prioridades aqui dentro, meu amor — invadiu o bolso da filha e tomou o seu celular nas mãos — Mas a partir de hoje, espero que dê um pouco mais de atenção aos chamados da sua mãe. Está me entendendo?

— A senhora percebeu que está me dando bronca no meu trabalho? — avaliando a situação ao seu redor, negou que suas bochechas estivessem mesmo corando de tanta vergonha. Tocando o seu ombro, Katherine sorriu em apoio a sua mãe — Não foi isso o que eu pedi a Deus.

— Certo, pausa para alimentar o monstro dentro da minha barriga — se pendurou entre o seu casal favorito e fitou a diversão no semblante da mais velha naquela pequena roda — Como nos prendeu até agora, você é quem paga a conta, Andrea.

— Posso pagar alguém para sumir com você, isso sim — rendida em meio ao ciclo que se encontrava, ameaçou com tanta sinceridade que Richard pensou ser mesmo algo bem perto da possibilidade real. Mas Andreza conhecia a filha, entendia que eram simples palavras ditas da boca para fora. Andrea estava frustrada com o fato de ser contrariada, apenas isso.

Desde a manhã, Andrea Delatorres traçava linhas e mais linhas sobre como lidar com algo novo que caiu sobre a mesa do seu diretor. Junto de Katherine, trocava várias alternativas possíveis com Kássios. Não seria um trabalho simples, mas se desse certo e saísse dentro do que vinha sendo programado, alcançariam o maior dos seus objetivos. Foram avisados, aquele era o último sinal que receberiam. Então aproveitá-lo ao máximo era tudo o que podiam fazer, falhar podia acontecer, mas estava longe de ser uma opção aceitável depois do ultimato recebido.

— Sua mãe está certa — caminhando ao lado de Andrea, observou a sincronia de Andreza e Richard alguns passos na sua frente — O trabalho é importante, mas você também é. Precisa se cuidar, ou não poderá fazer nada quando ficar doente.

A Filha do Dono da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora