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Conradh não estava assustado, ele era um líder, um lobo em meio a tantas ovelhas prontas para o abate, e Andrea está ciente disso. Frente a frente, sorrisos não eram mostrados, e toda atenção parecia ser pouca em meio ao ambiente que era criado. O Villasanti ajustou a sua postura, revezou o olhar entre cada um dos homens escolhidos a dedo para o trabalho, e então sentiu o movimento “inesperado” cada vez mais próximo.

Segurando com certa força a pistola em sua mão, Andrea sentiu o toque do “aliado” em seu ombro enquanto respirava fundo. Seus pensamentos sempre em trabalho contínuo, e decisões a serem tomadas bem na frente dos seus olhos. Ouviu quando o FBI anunciou a sua chegada com as palavras de sempre e as botas tão pesadas, mas não se virou para tê-los em sua visão. Havia uma rota de fuga, mas não teria como chegar até ela sem antes lavar aquele chão com todos os seus empecilhos.

— Coloquem as armas no chão, e virem-se com as mãos para cima — ao som da voz de Katherine, enfim sorriu divertida.

Não disse pessoalmente, mas se forçou ao mandar de uma mensagem direta para a agente, onde deixou claro que ela deveria chegar atirando, ou nada acabaria da forma como desejava. Afinal, Andrea deixou limpa cada uma das suas cartas sobre a mesa. Só existia duas maneiras para tudo ter um fim, e mesmo que estivesse se corroendo por fazer isso, deixou a decisão nas mãos de Katherine.

— Você perdeu, garota — a presunção nos lábios de Conradh a fez assentir com firmeza — Não pode me matar na frente dos seus amigos.

— Você não me conhece, e para o bem ou para o mal, tudo acaba hoje — no segundo em que o sorriso de Conradh foi quebrado, Andrea apertou o botão mestre em seu controle e correu para trás do caminhão em meio as balas que partiam de todos os lados, incluindo das armas do FBI.

Caídos sem vida ao chão, estavam todos os homens membros da Devil Saints, incluindo aquele que auxiliou em sua emboscada contra o Villasanti. Andrea sabia da sua dupla traição, sabia que ele tinha algo haver com as informações recebidas pelos federais, e não iria se arriscar ainda mais por tão pouco.

Notando o início do cessar de disparos, de longe, Andrea conseguiu enxergar a presença de mais pessoas além do que esperava. A luz era baixa, e estar em busca da localização de Conradh não ajudava em nada, mas a Delatorres só tinha uma opção em mente, e tudo fazia muito sentido a partir deste ponto. Tinha que ser o seu pai por trás do anonimato nas sombras do FBI, e no fim, admitia não ser uma aposta tão ruim por parte de Ryan Condor. Uma pena ter sido necessário apagá-lo da sua história.

— Eu vi você, babaca — ignorando o sangue em seu braço, Andrea despistou a atenção federal e seguiu atrás de quem era a causa de todo o caos instalado a partir da sua vida nos últimos meses.

— O que você está fazendo, And? — com a arma baixada e seus agentes checando a mínima possibilidade de vida no local, Katherine perguntou a si mesma ao conseguir ver um vulto desaparecendo entres as falhas construções a esquerda do caminhão usado como escudo. Não tinha mais ninguém atrás dele, então encarou a própria dúvida como uma certeza para o momento — Quero uma nova averiguação pelo perímetro, descubram de onde vieram esses disparos, e reportem tudo ao diretor — seus passos seguiam quase que por conta própria na direção em que assistiu a sombra desaparecer.

— Agente Rivera, o que está fazendo? — alçando o seu caminhar, Carlos Torres segurou o seu braço devagar. — Não é seguro nos separar assim, dois deles ainda estão por aqui.

— Sendo assim, é minha obrigação encontrá-los antes que consigam fugir de verdade, não acha? — sustentou a força do olhar do homem.

— Certo — abandou a arma de assalto e empunhou sua Glock — Dois é melhor do que um, não acha?

A Filha do Dono da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora