EFEITO DA BEBIDA

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SOPHIA

Aproveitei o dia pra enviar currículo para algumas vagas de emprego que a Julie me mandou. Acertei tudo com o meu fisioterapeuta, Antony chegou enquanto ele ainda estava aqui e não foi um clima muito amigável.
Ele tentou conversar comigo mais tarde, mas achei melhor cortar o assunto de uma vez. Não precisava mais tocar no erro.
Depois que ele saiu eu acabei pegando no sono no sofá, até ouvi alguém algumas batidas na porta. Antony tinha a chave, olhei no relógio e eram 3h da manha. Olhei pelo olho mágico da porta e vi que ele estava apoiado na ortopedista loira.

- Oi, o que aconteceu? - perguntei assim que abri e ele entrou sendo arrastado por ela.

- Ele bebeu demais. Pode me ajudar a levá-lo pro quarto? Não sei onde fica.

Fui na frente e ela me acompanhou. Assim que entramos no quarto dele nós o deitamos na cama.

- A gente termina isso depois querido. - Ela falou e deu um grande beijo nele. Fingi olhar pra parede pra não ver aquilo. - Vou indo, me liga amanhã. 

Então ela saiu do quarto e eu fui atrás pra fechar a porta da casa.
Eles estavam juntos. Fiquei com a Ceci pra ele sair com aquela mulher, excelente!
Voltei para o quarto dele pra retirar o sapato e deixa-lo mais confortável, mas ele não estava na cama. Fui até o banheiro e o encontrei debaixo do chuveiro com roupa e tudo.

- O que você tá fazendo? Você não sabe beber, sabia? - Fui até ele tentando puxa-lo de lá pra tirar sua roupa molhada - vem, deixa eu te ajudar.

Mas ao invés de conseguir tirá-lo, ele me puxou pra debaixo da água.

- Droga! Porque fez isso?

- Vai cuidar de mim, Sophia? - Perguntou com a voz arrastada e com as mãos na minha cintura - Cuida de mim.

- Você não devia ter entrado aqui de roupa, Anthony. Que droga! Devia era ter pedido pra sua doutorazinha cuidar de você.

Comecei a levantar sua camisa e ele levantou os braços como se fosse uma criança. Depois tirei seu cinto e desci sua calça devagar o deixando apenas com sua cueca box. UAU! O homem tinha um corpo dos deuses. Foi difícil me concentrar em todo o resto.

- Acho que já vivi essa cena. - Ele falou rindo de olhos fechados. - Você e eu, debaixo do chuveiro. Lembra?

- Não! Não lembro de nada disso.

- Seu cheiro me deixa louco, sabia? - Ele tentou inclinou a cabeça como se fosse me beijar mas senti o cheiro forte do álcool e recuei.

- Acho que já tá bom de banho por hoje, vamos lá! - O puxei dali e o enrolei na toalha. - Me ajuda a te ajudar.

Peguei sua mão e o levei até a cama, foi difícil porque eu estava mancando. Não dava pra usar muleta nesse momento.

- Minha cueca tá molhada, vai me deixar dormir molhado, Sophia? - ele perguntou de olhos fechados quase dormindo sentado.

- Que ótimo. Onde tá?

- Segunda gaveta a direita.

Fui até seu closet e procurei, peguei qualquer uma e quando voltei ele já tinha deitado. Desisti da ideia da cueca limpa, apenas a dobrei e coloquei em cima do criado mudo. Peguei seu edredom e fui cobri-lo.

- Não vai. Dorme comigo. - ele pediu segurando meu braço. - quero que fique perto de mim.

- Pra você se arrepender amanhã? Não, obrigada. Boa noite!

Tirei sua mão do meu braço e saí fechando a porta.
Então soltei o ar que estava prendendo pela tensão.

- Tia Sophia? - vi Cecilia na porta do seu quarto segurando um ursinho - ouvi um monte de barulho, não consigo dormir.

Parabéns, Anthony! Acordou sua filha.

- Oi meu amor! Não vai mais ter barulho, o que acha se eu for aí deitar com você? Você quer?

- Eu quero sim.

- Só vou trocar de roupa e vou meu amor.

Fui ate o meu quarto e peguei uma roupa limpa, troquei bem rápido e fui até a Ceci. Deitei com ela e acariciei seu cabelo enquanto cantava. Não sei qual de nós duas dormiu primeiro, mas eu apaguei abraçada naquele pinguinho de gente.

Acordei com meu celular vibrando na escrivaninha, era meu despertador que marcava 7h. Cecília ainda dormia, levantei devagar para não acorda-la e fui me arrumar pois seria meu primeiro dia de fisioterapia.
Estava animada pra deixar aquelas muletas de vez, dentro de casa eu tentava andar sem mas era sempre com dificuldade.

 Estava animada pra deixar aquelas muletas de vez, dentro de casa eu tentava andar sem mas era sempre com dificuldade

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