DESPERTANDO

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SOPHIA

Minha cabeça estava doendo, meu corpo todo doía, minha perna esquerda estava pesada, parecia que o mundo estava girando

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Minha cabeça estava doendo, meu corpo todo doía, minha perna esquerda estava pesada, parecia que o mundo estava girando. Abri os olhos devagar ouvindo algumas vozes. Vozes, ouvi bastante nos meus sonhos, uma em específico. Uma luz forte incomodava. Tentei falar mas senti a garganta doer.

- Olá. Consegue me ouvir? Se sim faz um sinal com a cabeça, pode ser?

Eu fiz o que o homem gordinho pediu. Olhei em volta e percebi que estava em um hospital, olhei pro meu corpo e estava com a perna engessada. Isso explica o peso que estava sentindo.

- O que aconteceu? - perguntei baixinho e coloquei a mão na garganta, que doía.

- É normal a dor na garganta, você ficou com um tubo aí por uma semana. - ele se aproximou mais de mim percebendo que fiquei confusa - Você sofreu um acidente na avenida sul há uma semana. - Oi? Um acidente? - Foi trazida logo em seguida pra cá. Meu nome é Alex, sou o médico plantonista de hoje e vou cuidar de você junto com minha equipe. É normal ficar um pouco confusa, mas você está se recuperando muito bem.

Percebi uma mulher atrás dele, uma enfermeira.

- Está sentindo dor?

- Um pouco - respondi

- Você lembra do que aconteceu? Lembra do seu nome?

- Sim. Sophia Miller.

- Isso é bom. Vou prescrever algumas medicações pra sua dor, qualquer coisa é só me chamar.

Assenti e ele saiu, mas a enfermeira permaneceu no mesmo lugar.

- Você pode me dar um pouco de água? - ela deu um sorriso discreto e pegou uma garrafa no pequeno frigobar que tinha ali e colocou em um copo.

- Você não pode beber muito, pra não sentir enjoo. - me estendeu o copo e coloquei na boca. Que sensação maravilhosa, senti o líquido gelado descer aliviando a sequidão.

- Obrigada! - Devolvi o copo - Posso perguntar uma coisa? - ela balançou a cabeça concordando - Tinha alguém que vinha aqui falar comigo enquanto eu estava desacordada? Mais especificamente um homem? - Precisava saber se era real ou um sonho.

- Ah, sim! O Dr. Antony. Ele veio todos os dias, de manhã cedo e no final da tarde. As vezes vinha mais vezes quando tinha tempo, até já passou a noite com você.

- Porque ele fazia isso?

- Porque foi ele quem atropelou você. - aquilo me pegou de surpresa.

Eu ouvia a voz dele todos os dias, lembro do seu toque em minha mão as vezes, mas não lembro do que ele falava. Era como se todas as palavras tivessem sumido, mas o tom grave da sua voz eu lembro bem e reconheceria em qualquer lugar.
Ele era o motorista.
Meus olhos começaram a encher de lágrimas e eu deixei que caíssem.

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