SOPHIA
Alta. Hoje era meu dia de alta e eu não estava preparada pra ir para a casa do Antony. Eu não podia jogar a responsabilidade em cima dele. Ele não teve culpa de nada e tá pagando como se tivesse. Isso me doía o coração. Mas entre isso e ir com minha mãe para o Texas, eu preferia ficar ele. E não seria muito tempo, jaja eu voltaria pro meu apartamento e ele seguiria sua vida.
- Tem certeza que não quer ir comigo? Me deixaria muito mais feliz se fosse.
- Tenho certeza, mãe. Eu vou ficar bem.
- E o seu trabalho? Não me falou como vai fazer
- Na verdade, fui demitida.
- Quando? Você sempre se destacou naquela empresa, porque fizeram isso?
- No dia do acidente. Disseram que foi corte de gastos. Não é como se eu pudesse trabalhar agora mesmo.
- Sinto muito. Mas tenho fé que você vai conseguir um ainda melhor assim que se recuperar. Você é ótima no que faz. - ela acariciou meu cabelo - O avião sai daqui a 3h, melhor eu correr pra não perder o voo. Me liga a hora que quiser, não me deixe sem notícia. Te amo, minha filha!
- Também amo você, mamãe. Não se preocupe. Prometo que ligo e prometo que tudo vai ficar bem. Vá em paz!
Ela saiu pela porta e eu me permiti chorar novamente. Não queria ter feito tanto mal a ela assim, uma mãe nunca deveria ver seu filho na situação que eu estou.
Pouco tempo depois Antony entrou sem o famoso jaleco que eu já estava acostumada a ver. Estava mais casual, era estranho vê-lo dessa forma, mas confesso que ficou ainda mais bonito.- Onde está sua mãe?
- Ela saiu faz uns 15 minutos.
- Achei que o voo dela fosse só meio dia.
- Ela tem medo de perder o avião e sempre chega com muuuita antecendência. - ele riu e eu também.
- Está pronta? - ele perguntou se aproximando.
- Estou. Qualquer lugar é melhor que esse quarto de hospital.
- Vou receber como um elogio a minha humilde casa. - ele colocou a mão no coração como se eu o tivesse ofendido e riu logo em seguida. Sua risada era uma delícia de ouvir.
- Não é nada contra, juro! Só queria poder ir pra minha.
A porta foi aberta de forma brusca, era John junto com uma mulher loira alta, acho que era médica também.
- Bom dia! - ele falou empolgado - pronta pra ir embora?
- Prontíssima! - respondi forçando um sorriso.
- Essa é Dra. Amanda, passei seu caso pra ela e você vai ter um retorno daqui a 10 dias pra vermos a possibilidade de tirar o gesso, ok?
- Muito prazer, Dra. - ela deu um sorriso sem mostrar os dentes - Espero que seja possível, isso coça muito.
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QUERIDO DESCONHECIDO
RomanceUm acidente numa noite chuvosa muda a vida de dois desconhecidos. Mas será se foi mesmo um acidente? Vem descobrir a história de Antony e Sophia.