Tenho que investigar!

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Não demorou até as aulas chegarem ao fim. O almoço estava atrasado, pois a diretora fez questão de nos reunir no quadrado. Claramente a vítima não estava mais lá, já avia sido levada para a cidade.

 Estou escorada em um dos pilares, olhando tudo atentamente. Qualquer um que me olhasse estranho ou alguém que parecesse suspeito. A mulher já estava no centro do lugar com toda a tenção sobre si.

—  Alunos é com profundo pesar dizer que perdemos uma das nossas alunas. Seu nome era Oliver e infelizmente esse “acidente” deixará uma marca nessa instituição. 

Acidente!?

Aquilo foi tudo menos acidente e quem quer que fosse o culpado não queria parar por aqui. 

— Bem, darei o dia de folga amanhã para resolver alguns trâmites do enterro, então fiquem a vontade para ir à cidade amanhã. O ônibus sairá às oito, depois do café.

Viro as costas para dar o fora, A dor de cabeça horrível começava. Antes de sair vejo algumas pegadas de lama, primeiro patas e depois pés de tamanho mediano encrostados no cimento, quase invisíveis para uma pessoa distraída. 

Olho ao redor e me aproximo, observando melhor. Parece que minha lista de suspeitos dará uma bela diminuída. 

(...)

Passo o resto da tarde no dormitório, uma fraca chuva podia ser vista pelo vitral. Mãozinha estava me ajudando com meu quadro de investigação. 

“ O que isso significa? “ — Ele olhava o bilhete de ameaça que eu avia prendido no mural ao lado da minha cama. 

— Quem quer que tenha sido é estúpido o suficiente para me ameaçar.—  Escuto a porta ser aberta e Enid entra no quarto.

 — Oi!— Ela diz se aproximando, me dando um selinho e olhando meu mural. 

— O que isso significa?— Pergunta cruzando os braços.

–  Aquela garota não morreu acidentalmente, Enid!

— E você pretende fazer isso outra vez?!— Ela eleva o tom da voz.

— Fazer o quê?

— Se colocar em perigo. Por que não deixa isso para polícia desta vez?—  Ela segura minha mão. 

— Não é tão simples!— Pego o bilhete e mostro para ela que suspira. 

— Está vendo? Se eu não fizer nada, essa pessoa vai ganhar, Enid!— Me aproximo.

—  Isso não é um jogo Wednesday! Uma pessoa morreu e você foi ameaçada. 

— Eu sei Enid, só quero que tudo fique bem para mim, para você e para nossos amigos.— Ela me abraça e eu a abraço forte. 

(...)

No dia seguinte todos já estávamos no ônibus rumo a Jericó. Enid estava falando algo sobre uma banda nova que ela avia virado fã e eu escuto tudo atentamente, mesmo não tendo interesse nesse tipo de música.

—  Wednesday!— Enid diz olhando para mim.

—  Oi?— Digo. 

— Eu não quero ir ao cata-vento hoje. Estáva pensando se não podemos ir a uma sorveteria nova que abriu na cidade.— Ela diz esperando minha reação.

— É... 

— Se não quiser tudo bem. Só achei que como já estamos namorando a alguns meses e nunca tivemos um encontro de verdade, poderia ser legal.— Um sorriso nasce no meu rosto com a carinha fofa que Enid faz toda vez que fica com vergonha.

 Não gosto de coisas fofas a não ser que se trate dela. 

— Uma ótima ideia, Mi amor!—  Ganho um beijo na bochecha. E o resto da viagem foi tranquila, a não ser pelos patetas dos górgonas que jogavam uma bola idiota de um lado para o outro e acabaram acertando Logan na cabeça. Pensando bem, achei uma ótima ideia eles jogarem no ônibus.

Beijos da Torry🥰

NÃO REVISADO!

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