Acordei com a claridade vinda da janela e o vento quente da brisa.
Tentei esticar o meu corpo e me espreguiçar, mas os fios ligados ao meu corpo não permitiram que eu me movimentasse como eu gostaria.
Coloquei a mão nas minhas costas, entre o meu corpo e o colchão, e senti um tubo grosso saindo da altura das minhas costelas. Estranhei o fato de eu não ter feito xixi desde que acordei e para a minha surpresa descobri que outro tubo drenava esse fluido do meu corpo.
— Que bom que acordou. — olhei na direção da voz do meu marido e vi Massimo parado na porta do meu quarto, as mãos enfiadas no bolso da calça. Ele estava impecável e cheirando a banho fresco, vestia um terno preto e camisa branca por baixo do paletó.
— Bom dia? — perguntei confusa. — Que horas são?
— Quase dez. — ele disse se aproximando da minha cama. — Está se sentindo bem?
— Melhor que ontem. — sorri para ele e toquei sua barba crescida demais. Só então eu reparei como Massimo estava abatido e mais magro do que eu me lembrava.
— Ótimo! Vou pedir para trazerem seu café da manhã. — ele se moveu para girar o seu corpo, mas eu segurei seu braço.
— Quero ver nosso filho. — pedi emocionada. — Preciso vê-lo, Massimo.
Seus lábios se transformaram em uma linha e ele fechou os seus olhos.
— Não é uma boa ideia, Laura. — ele disse desapaixonadamente.
— Não me importo. — disse irritada. — Se você não me levar, irei sozinha. Você sabe disso.
Massimo bufou, estava irritado. Sei que contrariá-lo é perigoso e não pretendo ver Massimo tão instável, mas eu precisava ver o meu filho.
— Vamos ver isso depois que você comer e tomar um banho. — ele se inclinou sobre mim e beijou minha testa, saindo do quarto em seguida.
Depois que eu comi, algumas enfermeiras vieram ao meu quarto e me levaram ao banheiro em uma cadeira de rodas que parecia de plástico. Eu tomei um banho longo e quente de chuveiro e lavei o meu cabelo. Seu estava era deplorável e me indicava que, realmente, ninguém o lavou nas duas semanas que eu estive desacordada.
Coloquei a camisola do hospital quando terminei e usei meus cremes e loções que estavam todos no banheiro, provavelmente Massimo ou Olga os trouxeram.
Os médicos ordenaram que alguns tubos fossem tirados do meu corpo, somente o que estava ligado no rim permaneceu.
Já eram quase duas da tarde quando Massimo reapareceu e entrou no meu quarto com uma roupa diferente da que ele estava pela manhã.
— Onde você estava? — questionei assim que ele entrou. Massimo caminhou até mim e se sentou na beirada da minha cama.
— Vejo que está mais disposta. — ele comentou, mudando de assunto.
— Não mude de assunto, Massimo. — falei irritada. — Foi ver o Luca?
— Laura, meus negócios ficaram parados por duas semanas. — ele começou. — Perdi alianças, contratos e até a credibilidade com algumas famílias.
— Por quê? — franzi o meu cenho, confusa.
— Primeiro porque a briga com Fernando Matos já chegou aos ouvidos de todos e os aliados dele convenceram a outros aliados e assim sucessivamente. — seu tom é contido e sei que ele estava furioso. — A família Matos é uma família influente, pessoas que faziam negócios com eles e comigo ao mesmo tempo desfizeram qualquer tipo de vínculo com a minha família.
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Uma vida inteira com você
FanfictionE se Laura escolhesse lutar por sua família? E se Massimo decidisse tentar outra vez? E se Luca sobrevivesse ao atentado? Nota da autora: Essa fanfic é a minha visão do terceiro livro da Trilogia 365 dias de Blanka Lipinska. O nome dos personagens p...