— 4 meses depois:
Já havia um tempo que eu e Olga tínhamos saído para dar uma volta e fazer umas compras. Domenico estava na Sicília cuidando dos negócios e ela tinha chegado há poucas horas. Massimo estava no centro de Roma em uma reunião com novos investidores. Ele sempre dizia que agora Domenico era o Don e que ele estava afastado, mas a verdade era que ele não conseguia. Era nítido que ele tinha diminuído o ritmo e estava mais tempo em casa, mas ele não conseguia largar completamente os negócios nas mãos do irmão.
— Caramba, Laura! Você não ouviu nada do que eu te disse, não é? — Olga quase gritou quando parou de repente, me fazendo parar quando senti falta dela do meu lado.
A verdade era que eu estava procurando um jeito de dizer a ela que eu não estava muito disposta e que gostaria de ir para casa, mas Olga estava tão animada que fazia alguns minutos que eu estava postergando falar isso com ela.
Minhas costas doíam e meus pés estavam me matando. Massimo brigou muito para que eu não saísse hoje, afinal, já estou com 9 meses e a cesárea da Vittoria está marcada para daqui a dois dias e ele tem total razão, lógico, mas eu ainda tinha algumas coisas para comprar antes dela nascer.
— Me desculpe, Olo. — pedi com sinceridade e voltei alguns passos até ela. — O que você estava dizendo? — enganchei meu braço no dela e a puxei para que voltássemos a andar.
— Eu tenho uma coisa para te contar e é importante. — voltei a parar e a encarei quando sua voz soou como uma birra de criança. Ela me olhou com um misto de excitação e apreensão.
— E o que é? — a instiguei.
— Eu estou grávida, porra! — ela gritou animada enquanto sacudia as mãos nervosamente.
— Mentira!? — gritei de volta, completamente, incrédula. Em choque.
— Eu estou falando sério, Lari! 4 semanas. Domenico ainda não sabe. Queria contar para você primeiro.
— Isso é uma coisa boa, certo? — a questionei com incerteza. Olga era a mais louca de nós duas, nunca tinha ouvido, em toda a minha vida, que ela queria ser mãe. Muito menos a imaginava sendo responsável por um bebê.
— Claro que é! — eu a puxei para um abraço depois de ouvir suas palavras e Olga quase esmagou a minha barriga.
— Ah meu Deus, Olga! Você vai ser mãe! — ela se sacudia no meu abraço tentando pular, de tão empolgada que estava, e gritava sem parar em polonês: "Eu vou ter um bebê! Eu vou ter um bebê!". — Precisamos contar ao Domenico. Quando ele chega?
— Daqui a dois dias.
— Precisamos comprar alguma coisa para dar a ele! — falei animada. — Um sapatinho, um macacão... qualquer coisa.
Segurei a mão da Olga e me virei, minha intenção era puxá-la para continuarmos andando pelo shopping e achar alguma coisa para o mais novo papai, mas uma dor forte no pé da minha barriga me fez parar.
— O que foi? — Olga parou na minha frente e ficou encarando meus braços que abraçavam a minha barriga de nove meses.
— Nada, eu... — minha fala foi cortada pela sensação de algo quente nas minhas pernas. Escorrendo como... água. — Minha bolsa! — encarei Olga em choque. Eu estava em pânico.
— Estou vendo. — ela apontou para o meu ombro. — Está aí. — ela sorriu sem entender nada e sacudiu a cabeça.
— Não essa. — suspendi o vestido midi e branco que eu vestia até os joelhos. — Essa. — olhei para os meus pés e Olga os fitou, eles estavam encharcados.
![](https://img.wattpad.com/cover/363997546-288-k134937.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma vida inteira com você
FanfictieE se Laura escolhesse lutar por sua família? E se Massimo decidisse tentar outra vez? E se Luca sobrevivesse ao atentado? Nota da autora: Essa fanfic é a minha visão do terceiro livro da Trilogia 365 dias de Blanka Lipinska. O nome dos personagens p...