Capítulo 45

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1 mês depois:

Já faz 5 dias que o exame para saber se o bebê que eu espero tem a mesma doença que o Luca foi feito e hoje é o dia de pegar o resultado.

Massimo não sabe. Olga quem irá comigo.

Não falei para ele quando o exame ficaria pronto, pois pedi para adicionar um teste de DNA ao exame. Para que, se ele ainda tivesse alguma dúvida sobre a paternidade do bebê, ela fosse sanada de uma vez por todas.

Eu realmente acho que ele acredita em mim, mas a verdade é que, não posso condená-lo por pensar que o bebê era do Nacho. Eu não sei o que faria se eu estivesse no lugar dele.

De verdade.

Temos vivido dias incríveis na casa nova em Roma. Massimo me deu total liberdade para mudar a decoração da casa e eu trouxe todas as minhas coisas da outra casa, a de Fiuminico. Terminei de trazer todas as minhas coisas da Sicília também, nós não tínhamos previsão de voltar para lá.

O quarto do Luca ficou pronto na mesma semana que nos mudamos, ele é maior e mais espaçoso. Tem o tamanho ideal para Luca e Loretta. O projeto do quarto da bebê, ainda sem nome, estava com a arquiteta e logo também estará pronto.

Completei 4 meses na última semana e apesar de minha barriga ter disparado, eu não consigo me sentir grávida. No fundo eu ainda não "reconheci" esse bebê como meu. Eu sei, é terrível, mas é como se eu não conseguisse aceitá-la enquanto eu não tiver a certeza de que ela salvará o Luca e eu me sinto terrível por causa disso.

— Ainda acho que você está cometendo um terrível erro. — ouvi a voz da Olga do meu lado e virei meu rosto para ela, desviando os olhos da paisagem de Roma fora da janela.

— Já te disse que Massimo não sabe sobre o DNA, Olo. — falei, entediada.

— Vocês não precisavam disso. Ele acredita em você. — ela afirmou com convicção.

— Eu não tenho tanta certeza. — falei voltando olhar pela janela.

— Laura? — voltei a olhar para ela quando me chamou. — O que houve com você?

— Estou com medo. — confessei e Olga se aproximou mais de mim, me abraçando de lado. — Estou com medo do bebê não ser compatível e, principalmente, de não amá-la por causa disso.

— Ela vai ser. — Olga diz esperançosa, com os seus olhos brilhando.

— Estou com medo. — sussurrei e deitei minha cabeça em seu ombro.

Olga tentou me confortar durante todo o trajeto até a clínica, mas nada do que ela fizesse ou falasse seria o suficiente para acalmar os meus nervos. Meu estômago chegava estar embrulhando.

Chegamos até o laboratório e descemos do carro. Olga segurou firme a minha mão e sorriu para mim o tempo todo. Algumas vezes na minha vida eu desejei ser como ela. Para Olga não tinha tempo ruim, porque ela sempre dava um jeito de ver o lado bom e louco das coisas.

Ficamos pouco tempo na recepção do laboratório. Foi tempo suficiente para dar o meu nome e a recepcionista imprimir o resultado dos exames.

O combinado era abrirmos o envelope no consultório com o Dr. Baellis, mas não conseguiríamos. Muito menos a Olga que, mal saímos do laboratório, e ela já rasgava o lacre do envelope para abri-lo.

— Aqui não. — a impedi antes de tirar as folhas de dentro do envelope. — Vamos para Fiumicino.

Entramos no carro e 20 minutos depois estávamos na orla da praia de Fiumicino, sentadas a mesa de um dos restaurantes na beira do mar. Olga pediu uma taça de champanhe e eu um suco de laranja.

Uma vida inteira com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora