Capítulo 39

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Acordei com o meu corpo embolado ao do Massimo. Dormimos no hospital com Luca e depois que ele foi transferido da UTI para um quarto na enfermaria pediátrica, Massimo decidiu passar a noite comigo no hospital.

Acabamos dormindo juntos no sofá que virava uma cama de solteiro. Apesar de ser um pouco desconfortável, pude sentir os braços do meu marido o tempo todo ao meu redor enquanto eu estava aninhada em seu peito.

Eu já havia acordado, mas ainda estava deitada de olhos fechados. Só que, quando ouvi uma movimentação pelo quarto tive que abri-los para ver do que se tratava.

— Bom dia, dona Laura. — era Loretta.

— Está de plantão hoje? — me mexi para tirar o braço do Massimo de cima de mim e me sentei, ele acabou acordando.

— Estou e aproveitei para vir ver esse menino valente. — ela disse fazendo uma voz infantil para o Luca, que estava acordado no berço.

— Bom dia. — Massimo disse com a voz rouca e se sentou no sofá. Seus cabelos estavam desgrenhados e seu rosto inchado de sono era adorável. Eu me estiquei e dei um selinho na sua boca.

— Dr. Baellis está aguardando vocês. Eu vou ficar com ele. — eu assenti e me levantei em um pulo.

Corri para o banheiro, joguei uma água gelada no meu rosto e escovei os meus dentes com a escova e a pasta que estava em um daqueles kits que o hospital oferece, em cima da pia.

Quando retornei para o quarto Loretta ainda brincava com Luca dentro do berço. Massimo se levantou assim que me viu, deu um beijo na minha testa e entrou no banheiro.

— Ele mudou tanto que parece que eu não o vejo há meses. — Loretta comentou, divertida, e eu me aproximei do berço.

— Percebeu como ele tem mais controle das mãozinhas? — mostrei para ela cheia de orgulho das evoluções do meu filho.

— Ele é um príncipe. Não é, seu meninão? — Loretta sacudiu a mão com suavidade no peito do Luca e ele prendeu sua atenção a ela, totalmente, enquanto tentava enfiar a mão toda dentro da boca.

— Precisamos ir, little. — me virei ao ouvir a voz do Massimo vinda da porta do banheiro.

— Vão tranquilos. Eu ficarei com ele até voltarem. — sorri para Loretta quando me virei na sua direção e garanti que ela poderia me chamar caso algo acontecesse. Coloquei meu celular no bolso antes de sair.

Massimo entrelaçou seus dedos nos meus e eu o guiei até a sala do médico. Um enfermeiro nos recebeu assim que chegamos e nos encaminhou a uma sala de coleta de exames. Tiraram alguns tubos de sangue de uma veia do meu braço esquerdo e alguns tubos de sangue do Massimo também.

Quando acabamos todo esse processo no laboratório, o enfermeiro nos levou até a parte do hospital onde eram feitos os exames de imagem, agora eu precisava fazer o ultrassom, e nós nos sentamos na sala de espera.

Massimo estava em silêncio, mas seu semblante era bom. Me deixava ver sua tranquilidade e felicidade.

— Laura Torricelli? — ouvi uma voz feminina desconhecida e encontrei a médica na entrada do corredor, com uma folha na mão. Dr. Baellis estava bem do lado dela.

Me levantei e levei o Massimo comigo. Assim que chegamos onde os médicos estavam, os cumprimentei com um aperto de mão.

Nós os seguimos até uma sala e quando entrei percebi que estava frio e tinha uma máquina de ultrassom no canto do consultório, além de uma mesa de com duas cadeiras e uma maca.

A mulher indicou as cadeiras que deveríamos sentar e nós o fizemos. A médica se sentou na cadeira atrás da mesa e o Dr. Baellis ficou em pé do lado dela.

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