— Sai daqui! Agora! — gritei assim que me dei conta do que ele estava fazendo. Quanto mais ele se aproximava de mim, mais eu sentia medo. Seu semblante estava transformado. Ele parecia transtornado. — Sai, Massimo!
— Ou o que? — ele disse enojado. — Ou você vai chamar o seu amante para te defender?
— Eu vou gritar se você não sair daqui!
Massimo puxou o ar pelo nariz com bastante força. Suas narinas inflaram até o limite e ele torceu os lábios em uma careta.
— Como você tem coragem? — ele falou com bastante escárnio. — Diz que quer ficar lá por causa do filho, mas na verdade está...
— Cala essa boca! — vociferei quando acertei a palma da minha mão no seu rosto.
Sua cabeça inclinou, ligeiramente, para a esquerda e ele pôs a mão bem em cima de onde eu o acertei, no lado direito da sua face.
— Limpa essa sua maldita boca para falar de mim e do meu filho. — rosnei para ele. — Está me ouvindo? Do MEU FILHO!
— Se você me deixar, Laura... — ele disse tentando controlar sua raiva. — Se você me deixar, qualquer juiz da Sicília me dará a guarda da criança.
— Você não seria capaz. — falei entre os dentes, enlouquecida de raiva.
— Então não me provoque.
— Você está me ameaçando! — retruquei ultrajada. — Como tem coragem?
— Você me faz fazer isso! — ele gritou, agora próximo demais do meu rosto. — Foi você quem me levou a fazer isso enquanto se mantém nas Canárias fode... — o interrompi.
— Fodendo com o Nacho!? — terminei a sua frase falando o que ele vem me falando há meses. — Quer saber, Massimo? Nacho me fode todos os dias. — vi sua mandíbula apertar quando ele cerrou os dentes, enraivecido. — E ele é incrível, sabe comandar meu corpo melhor do que muita gente. Nunca tive um homem como ele.
Sua mão voou na minha garganta e seu aperto era frouxo. Era nítido que sua intenção não era me machucar, ele só queria me dominar.
— Era isso que você queria ouvir, Massimo? — desdenhei com ironia. — Está satisfeito? Usei as palavras certas? Se precisar posso acrescentar mais algumas palavras, inventar mais coisas. — ele negou com a cabeça, seus lábios ainda torcidos e espremidos um no outro e sua mão ainda apertava minha garganta. — Se está satisfeito me deixe ir.
— Não posso. — ele ergueu seus olhos e me olhou profundamente.
— Ninguém teve meu corpo desde que você pôs seus olhos em mim e me prometeu o mundo. — meu tom soou mais calmo. — Eu nunca mais desejei outro homem depois daquela noite no Titan, Massimo.
Seus dedos livraram minha garganta do seu aperto, mas Massimo manteve sua mão no meu pescoço. Ele se inclinou um pouco para mim, pois sua altura era exageradamente maior que a minha, e o indicador da sua mão que estava no meu pescoço roçou no meu lábio inferior rudemente.
Massimo estava compenetrado em olhar seu dedo sendo esfregado na minha boca. Seu cenho estava franzido e ele prendia o seu lábio inferior entre os seus dentes.
— Eu nunca amei alguém como eu amo você. — confessei com o coração batendo furioso no meu peito e Massimo voltou seus olhos para o meu.
— Laura...
Seu sussurro reverberou na minha pele e acertou o meu corpo como um choque elétrico. Deus é testemunha do quanto eu sentia a falta dele e do sexo com ele.
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Uma vida inteira com você
FanficE se Laura escolhesse lutar por sua família? E se Massimo decidisse tentar outra vez? E se Luca sobrevivesse ao atentado? Nota da autora: Essa fanfic é a minha visão do terceiro livro da Trilogia 365 dias de Blanka Lipinska. O nome dos personagens p...