Recebi o beijo calmo e doce que o Massimo me deu. Era nítido o seu amor e devoção por mim, até mesmo no mais simples dos seus toques. Porém, antes de aprofundar o beijo ele afastou da minha boca e olhou profundamente nos meus olhos.
— Preciso voltar para a Sicília depois que a bebê nascer. — ele falou e eu senti seu receio em cada uma das suas palavras.
— Iremos assim que o médico constatar que Luca está curado. — ele assentiu suavemente, concordando com as minhas palavras.
— Faremos o que for necessário para que isso aconteça, Laura. Eu não medirei esforços.
Eu o abracei e Massimo envolveu os seus braços na minha cintura, me puxando para o seu peito e me apertando contra ele. Ficamos assim por poucos minutos e enquanto Massimo me embalava abraçada ao seu corpo, me lembrei que ainda não tínhamos escolhido um nome para a nossa filha.
— Sabe... não precisamos mais chamá-la de a bebê. — falei e Massimo se mexeu. Senti quando ele se afastou, minimamente, de mim e inclinou sua cabeça para baixo, para me ver. Eu tirei minha bochecha do seu peito e olhei para cima, para encará-lo.
— Pensou em um nome para ela? — me questionou enquanto sorria.
— Achei que não teria problema. — me defendi. — Você escolheu o nome do Luca, queria escolher o nome dela.
— Nada mais justo. — Massimo ainda mantinha o sorriso bonito e sincero em seu rosto. — E então?
— O nome dela será Vittoria. — falei emocionada. — Por tudo que ela significa e significará para a nossa família.
O sorriso do Massimo se alargou e ele me deu um selinho demorado depois que sua mão direita fez um carinho no meu rosto.
— É perfeito. Ela não poderia ter um nome melhor. — o sorriso em seu rosto foi sumindo aos poucos e antes que eu pudesse me preocupar com isso Massimo disse: — Eu te amo tanto, Laura. Você, o Luca, a Vittoria... provavelmente estaria perdido em algum lugar se eu não tivesse achado você a um ano atrás.
— Eu também te amo, Massimo. — sorri para ele. — Apesar de não ter tido muitas alternativas no início do nosso relacionamento. — Massimo jogou a cabeça para trás quando soltou uma gargalhada e no mesmo minuto senti seu celular vibrar no bolso dentro do seu paletó.
— Preciso atender. — me afastei o suficiente para que ele pegasse o aparelho e Massimo o colocou no ouvido depois de deslizar o polegar pela tela. — Pronto? — ele pausou para ouvir quem falava do outro lado da linha. — Estamos descendo.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntei apreensiva. Meu coração já acelerando achando que alguma coisa tinha acontecido ao Luca.
— Domenico precisa voltar para a Sicília e Olga quer partir o bolo, precisamos cantar parabéns.
— Vá na frente, vou ao banheiro primeiro. Desço em 5 minutos.
Massimo me deu um beijo rápido e saiu do nosso quarto.
Eu fui até o banheiro, aliviei a minha bexiga que o peso da Vittoria já castigava, e retoquei o pó compacto e o batom.
Assim que sai, antes mesmo de passar totalmente pela porta eu senti uma mão grande tapar minha boca com força e um forte solavanco puxar o meu corpo.
Imediatamente o medo me tomou. Senti meu coração bater mais forte no mesmo minuto e minhas pernas tremerem ao ponto de fraquejar.
Antes que o invasor pudesse falar alguma coisa eu já sabia quem era. O cheiro de maresia e hortelã era bastante conhecido por mim.
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Uma vida inteira com você
FanfictionE se Laura escolhesse lutar por sua família? E se Massimo decidisse tentar outra vez? E se Luca sobrevivesse ao atentado? Nota da autora: Essa fanfic é a minha visão do terceiro livro da Trilogia 365 dias de Blanka Lipinska. O nome dos personagens p...