Capítulo 31

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Olga e Domenico ficaram em Fiumicino até a manhã do outro dia. Eles tentaram me convencer a ir com eles para a Sicília, afinal, o casamento será daqui a 3 dias, mas eu não podia fazer isso.

Massimo me odeia e hoje sei que ele não está, totalmente, errado. Ele cometeu os erros dele, mas eu sou tão culpada quanto ele. Não posso me eximir.

Por isso preferi ficar em casa e tentar me habituar com ela e com a nova rotina, agora com o Luca 24 horas por dia comigo.

Eram trocas interminável de fraldas, banhos de sol pela manhã e muitos banhos na banheira que a tia Olga comprou.

A casa era bastante espaçosa e é claro que Domenico e Olga não seguiriam as minhas ordens de uma coisa discreta. Ela era grande e parecia com a casa que eu vivi com o Massimo durante a maior parte do tempo em que fomos casados. A casa de Fiumicino era um pouco menor do que a da Sicília, mas a arquitetura lembrava muito. Era o mesmo estilo.

Tínhamos 4 quartos bem espaçosos. Todos eles eram suítes. Um era meu, um do Luca e um da Loretta enquanto ela ficasse conosco para cuidar do Luca. O outro que sobrou ficou como o de hóspede.

No dia do casamento da Olga e Domenico chamei alguém para me ajudar a me arrumar em casa, pois eu chegaria no casamento em cima da hora e voltaria para Roma logo depois da festa. Primeiro porque Luca não pode ficar muito tempo longe de Roma e segundo porque não posso ficar tanto tempo perto do Massimo. Dói mais do que um dia eu poderia imaginar. Luca e Loretta também iriam prontos para o casamento.

Dois carros nos levaram até o aeroporto porque, é claro, que Domenico não me deixaria sem proteção. Ainda mais porque contei a ele sobre a conversa do Marcelo e da Amélia em Tenerife. Domenico não se surpreendeu com o que Marcelo fez, mas também não me julgou. Quando a Fernando Matos, Domenico disse que ele e Massimo desconfiavam desde o início que ele não desistiria.

O voo durou um pouco mais que uma hora e assim que aterrizamos, mais seguranças nos aguardavam no aeroporto. Eu sempre odiei isso, mas agora carregando Luca comigo, eu me sinto mais segura assim. Por ele, não por mim.

Um comboio de quatro carros nos conduziu até a catedral de Palermo e assim que saímos dos carros meus olhos começaram a procurar pelo Massimo.

Idiota! Gritei dentro da minha mente.

Eu não podia evitar. Meu estômago revirou, minhas mãos tremiam e suavam de nervoso em pensar em vê-lo mais uma vez. Sinceramente, eu não sabia o que fazer. Ele ainda era o meu marido e eu não sabia nem como cumprimentá-lo mais. Não sabia se deveria abraçá-lo ou apenas acenar formalmente. Minha maior vontade era me jogar nos braços dele e fazer ele se arrepender de tudo para tentarmos novamente.

Mas ele não apareceu durante a cerimônia na igreja. Durante a celebração eu, Luca e Loretta ficamos sentadas sozinhas do lado da noiva enquanto o lado de Domenico estava abarrotado de pessoas, tomando até um pouco do espaço onde os convidados da Olga deveriam estar.

Eu agradeci mentalmente, pois se algum desses mafiosos nojentos quisesse colocar as mãos no meu filho eu rosnaria como uma leoa.

A cerimônia terminou e Olga explodia de felicidade. Ela estava em um vestido de noiva estilo princesa e um véu que deveria ter uns 3 metros de comprimento. As cerimonialistas estavam enlouquecidas tentando arrumá-lo a todo custo.

Eu já sabia que nos veríamos pouco. Os casamentos italianos são esquisitos e com umas tradições tão antigas quanto a maioria da população italiana. Os poloneses que sabiam fazer um casamento de verdade.

Fomos de carro para a vila onde Domenico e Massimo moravam, onde um dia eu já morei também, pois a festa seria lá.

Antes de ir para a festa, acomodei Luca e Loretta em um dos quartos de hóspedes, porque não queria que Luca estivesse no meio de todos. Sei que teria música alta, muitas pessoas, além de álcool e drogas. Então não achei pertinente que Luca saísse do quarto. Não queria ele nesse ambiente.

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