Mas no dia seguinte eu acordei sozinha. Tinha somente um bilhete em cima da mesa de cabeceira do meu lado da cama, com uma rosa vermelha deitada sobre o papel.
Eu os vi assim que abri meus olhos, então não me preocupei em chamar pelo Massimo, porque, mais uma vez, ele não estava ali.
Meus olhos se encheram de lágrimas, pois achei que, depois de toda a nossa entrega na noite anterior as coisas seriam diferentes, mas acredito que me enganei. Não sobre a redenção do Massimo, mas sim sobre as suas escolhas e, principalmente, o que ele define como prioridade. Sei que ele nos ama e eu não estava duvidando disso, mas a família permaneceria em primeiro lugar. Era isso que sua ausência naquela manhã quis me dizer.
Olhei o bilhete mais uma vez e o li:
"Estou arrumando as coisas por nós três. Te encontro em Roma".
Diante disso, no dia seguinte ao casamento da Olga e do Domenico, eu embarquei com Luca e Loretta de volta para Roma, depois que me despedi dos recém-casados. Eu sabia que Massimo não voltaria, então não havia motivos para que eu ficasse na Sicília.
O voo foi em um dos jatos da família do Massimo e em menos de 2 horas chegávamos a Roma.
Fomos direto para nossa casa em Fiumicino. Luca só tinha que ir para o hospital no dia seguinte e, enquanto Loretta cuidava dele, eu dormi, praticamente, o dia todo.
Na manhã seguinte acordei com o meu telefone tocando. Era o Massimo.
— Baby?
— Onde você está, Massimo? — questionei irritada.
— Em Nápoles, a negócios. — seu tom de voz não estava muito animado, ele parecia contrariado. — Falei que precisava resolver umas coisas.
— Na verdade, você escreveu. — retruquei mal—humorada.
— Desculpa não ter te ligado antes, little. — antes que eu pudesse dizer alguma coisa Massimo mudou o rumo da conversa. — Preciso ir, te ligo depois.
Ele nem esperou que eu me despedisse. Assim que olhei para a tela do celular escutei o choro baixo do Luca vindo da babá eletrônica e, imediatamente, Massimo ficou para segundo plano.
Eu me levantei, vesti o meu roupão e fui direto para o quarto dele, onde Loretta já estava com ele em seu colo.
Hoje era dia da sua revisão no hospital em Roma e depois que o alimentamos e demos banho nele, Luca já estava pronto para sair. O bebê mais cheiroso desse mundo.
Eu tomei um banho rápido, coloquei um jeans, uma camiseta básica branca e um par de botas pretas.
O médico elogiou o desenvolvimento do Luca depois que o examinou e eu tive uma das melhores notícias dos últimos meses. Os testes e exames do Luca indicaram que ele conseguia se alimentar sozinho e eles, finalmente, retiraram a sonda por onde ele se alimentava. O dispositivo foi tirado do seu pequeno nariz e meu peito quase explodiu de tanta emoção.
O último dispositivo a deixar o corpo dele!
A emoção era tanta que liguei para o Massimo assim que saímos do hospital, mas ele não me atendeu. Quando chegamos em casa eu dei a primeira mamadeira do Luca e enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto, eu sorria ao ouvir o barulhinho da sua boca minúscula sugando o leite.
Tudo parecia perfeito, até a quarta noite após o casamento da Olga e do Domenico.
— Dona Laura! — o grito da Loretta chegou até a mim pela babá eletrônica e eu, imediatamente, acordei. Pulei da cama e corri até o quarto do Luca.
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Uma vida inteira com você
FanfictieE se Laura escolhesse lutar por sua família? E se Massimo decidisse tentar outra vez? E se Luca sobrevivesse ao atentado? Nota da autora: Essa fanfic é a minha visão do terceiro livro da Trilogia 365 dias de Blanka Lipinska. O nome dos personagens p...