— Laura narrando:
Eu queria poder lutar contra a segurança que Massimo tinha deixado para trás, mas até para isso eu estava cansada demais. Então, deixei que eles dirigissem de volta para o hospital.
— Como ele está? — perguntei para Loretta assim que entrei no quarto do Luca.
— Ele está ótimo, mas está manhoso desde de manhã. — eu estiquei meus braços para ela e Loretta me entregou o meu filho com cuidado. — Você está bem? — ela me questionou com cautela.
— Não. — forcei um sorriso e suspirei, cansada. — Mas preciso ficar.
Loretta apoiou sua mão direita no meu ombro e sorriu para mim.
— O que quer que seja... vai dar tudo certo. — eu assenti.
— Obrigada. — falei com a voz embargada. — Por tudo. De verdade.
Ela diminuiu a distância entre nós duas e me abraçou, tomando cuidado para não esmagar Luca em meu colo.
— Preciso ir. — ela disse quando se afastou. Pegou sua bolsa em cima do sofá e a jogou sobre o seu ombro. — Dr. Baellis disse que talvez dê alta para ele amanhã.
— Isso é maravilhoso! — falei olhando pra ele, acordado no meu colo, quietinho. — Ouviu, querido? Vamos para casa.
— Volto amanhã de manhã.
— Obrigada.
Loretta se despediu de nós dois e eu me sentei no sofá com o Luca em meu colo. Coloquei ele de frente para mim, barriga com barriga, e sussurrei uma melodia qualquer, para ver se ele dormia.
Sei que ele deve ter sentido a minha falta durante as poucas horas que estive fora, por isso deve ter ficado manhoso. Por isso, fiz questão de ficar o resto do dia com ele no colo, cuidando dele e dando carinho.
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Na manhã do dia seguinte, bem cedo, o Dr. Baellis deu alta para o Luca quando me garantiu que ele não correria nenhum risco em casa.
Eu estava exausta, física e emocionalmente. Assim que chegamos em casa, coloquei o Luca dormindo em seu berço e disse a Loretta que descansaria um pouco.
Além de tudo o que eu estava passando, ainda tinha os hormônios e todo o processo que uma gravidez causa no corpo de uma mulher.
Eu estava um caco.
Tomei um longo banho de banheira e, depois de colocar uma camisola branca de seda, me deitei um pouco. Era bom me esticar em uma cama de verdade, nem me lembro quando foi a última vez que dormi em um colchão.
Acordei de repente, assustada. Tive algum pesadelo que não consigo me lembrar. Olhei para a janela e vi as cortinas balançando com a força da brisa que entrava por ela, mas não foi isso que me chamou a atenção. Estava anoitecendo.
Dei um pulo da cama, eu precisava ver o Luca, e fiquei tonta de repente, precisei me inclinar sobre o colchão e espalmar minhas duas mãos nele, pra buscar equilíbrio.
— Na gravidez do Luca você não teve tonturas. — ergui meu rosto alarmada quando ouvi a voz do Massimo dentro do meu quarto.
Ele estava bem-vestido, com uma roupa diferente da que ele estava usando ontem, quando me deixou sozinha no consultório de ultrassom.
— O que está fazendo aqui? — não fiz questão de disfarçar a mágoa na minha voz. Dessa vez ele tinha ido longe demais.
— Massimo narrando:
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Uma vida inteira com você
FanficE se Laura escolhesse lutar por sua família? E se Massimo decidisse tentar outra vez? E se Luca sobrevivesse ao atentado? Nota da autora: Essa fanfic é a minha visão do terceiro livro da Trilogia 365 dias de Blanka Lipinska. O nome dos personagens p...