— Casa? — o questionei, aturdida.
— Little, por favor. Me ouça. — Massimo se ajeitou no banco do carro. Ficando, como podia, de frente para mim. — Aquela casa é pequena demais para todos nós, logo a bebê vai nascer e... — o interrompi. Queria estar brava com ele, mas na verdade eu estava gostando de todo o seu cuidado e atenção. Nesse quase 1 ano juntos, Massimo nunca tinha me dado tanta atenção assim e, muito menos, passado mais que poucos dias ao meu lado.
— Para nós? — o questionei e vi sua feição mudar para preocupação.
— A nossa família. — ele assentiu e minha vontade era de abraçá-lo, pois ele parecia tão triste. — Eu não quero ficar longe de vocês, Laura, e já disse que não vou fazer outra coisa além de estar do seu lado enquanto toda essa tormenta não passar.
— Massimo, já conversamos sobre isso. — me mexi para sair do carro e encerrar o assunto, mas Massimo me impediu quando segurou firme o meu braço, sem me machucar.
— Laura, eu faço o que precisar para conseguir o seu perdão. — sua mão soltou o meu braço e Massimo a colocou na lateral do meu rosto. — Podemos ir com calma. Talvez como namorados... — dessa vez eu ri e o interrompi de novo.
— Namorados? — ele assentiu com veemência. — Cadê aquela coisa de sequestro e me obrigar a te amar em 365 dias? — engrossei a voz e tentei imitá-lo, Massimo tentou segurar o riso, mas não conseguiu, logo estava sorrindo.
— É só você me dizer como deve ser feito e eu farei. — ele escorregou no banco para se aproximar mais de mim, mas abri a porta e pulei para fora do carro. As coisas não funcionavam assim, eu queria ter segurança na sua mudança ou sofreríamos para sempre com essa instabilidade dele.
— Vamos ver a casa. — acenei com a cabeça e comecei a caminhar sozinha pelo imenso quintal. Por pouco tempo, logo Massimo estava no meu encalço, com sua mão nas minhas costas.
Logo na frente da casa, bem perto da enorme varanda, tinha uma piscina grande e, extremamente, convidativa. Eu já conseguia ver Luca correndo pelo quintal de pedra ou se esbaldando na piscina em um dia de verão. Particularmente eu adorei. A casa que Domenico havia conseguido para mim não tinha piscina.
Duas portas duplas de vidro na varanda nos davam acesso à casa, uma pela sala de estar e a outra pela cozinha.
— Isso é enorme, Massimo. — eu não estava exagerando. A mansão era exorbitante e parecia ser maior que a casa de Messina, mas aqui, não consigo entender o porquê, eu me sentia mais segura. Mais feliz. Foi a primeira vez que entrei em uma das propriedades do Massimo e me senti, realmente, em casa.
— Temos 5 quartos. — ele disse atrás de mim e eu me virei para olhá-lo, pois até agora eu não tinha conseguido tirar os olhos da decoração luxuosa da casa. — Um para cada uma das nossas crianças e ainda ficaremos com dois de hóspedes. O nosso é o principal.
— O nosso? — o provoquei.
— Sim. — ele sorriu de forma astuta. — Onde faremos nosso terceiro filho daqui a uns anos.
— Pelo amor de Deus! — exclamei, apavorada. — Dessa forma você não vai me convencer a voltar para você. — brinquei e dei alguns passos para continuar explorando a casa, mas seu aperto no meu braço me fez parar.
— Casa comigo, Laura? — ele pediu olhando nos meus olhos e me pegou de surpresa. Meu queixo deve ter caído e eu fiquei completamente sem reação. — De verdade... casa comigo. — ele soltou o meu braço e segurou meu rosto entre as suas mãos. — Do jeito que você quiser... sem máfia, sem negócios durante a festa, sem drogas. Apenas nós dois e nossa família. Klara e Tomasz vão adorar participar do seu casamento, eu sei disso.
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Uma vida inteira com você
FanfictionE se Laura escolhesse lutar por sua família? E se Massimo decidisse tentar outra vez? E se Luca sobrevivesse ao atentado? Nota da autora: Essa fanfic é a minha visão do terceiro livro da Trilogia 365 dias de Blanka Lipinska. O nome dos personagens p...