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Eles estavam de volta àquela maldita cabana perto do vilarejo humano e Astéria, por ordens médicas de Melisandre e Nuan, deveria permanecer em mais um dia de repouso para que eles pudessem voltar a missão na taberna - ela como a linda garçonete e Azriel como um idoso barrigudo e careca. 

Mesmo que já se sentisse muito melhor e recuperada da sessão de tortura que havia sido aquela primeira extração do veneno, Azriel, agora mais do que nunca, insistia que ela tinha que descansar

É claro que ela não obedeceu. 

Encheu o saco de seu parceiro de que ele tinha que treiná-la em como se desfazer em sombras, até que Az estivesse irritado o suficiente para concordar com ela. 

Astéria abriu um sorriso intrínseco, ficando na ponta dos pés descalços e deixando uma trilha de beijos pelo pescoço forte de seu encantador, que estava maravilhosamente sem camisa naquele momento. Percorreu os dedos curiosos, que parecia que ainda não haviam percorrido todos os músculos daquele amdômen bronzeado e definido, fazendo a pele do mestre-espião se arrepiar em resposta. Azriel fechou os olhos, engolindo em seco e imediatamente apertando a cintura dela com as duas mãos, esticando o pescoço um pouco mais para trás para dar acesso a ela. 

Astéria o mordeu, e o gemido que saiu dos lábios de seu parceiro a fez cravar as unhas em sua pele e fechar as pernas. O cheiro da exitação dos dois já impregnava cada canto da sala, a ereção dele roçando contra seu ventre conforme ele a puxava mais para perto e afundava o rosto em seus cabelos. 

Mas antes que ele pudesse descer as mãos de seus quadris para sua bunda, ergue-la para seu colo e fudê-la em qualquer canto da casa como eles vinham fazendo nas horas livres, Astéria o empurrou pelo mesmo abdômen que ela não se cansava de admirar, deu as costas e abriu a porta para sair da cabana. 

Pôde ouvir Azriel respirando fundo e esfregando as têmporas, como se estivesse tentando recuperar o controle de si mesmo. A encantadora apenas soltou uma risadinha enquanto convocava seu gato, que se formou em sombras aos seus pés com olhos estreitos e julgadores de malícia. Astéria quis chutá-lo, mas sabia que apenas atravessaria o corpo desfeito do bicho, então não perdeu seu tempo. 

Aquele gato infernal. Era mesmo uma legítima prole de Kayn para irritá-la.

Seu parceiro saiu da cabana atrás dela, vestido apenas da calça de couro illyriana. A asas relaxadas às costas e assumindo o lindo tom avermelhado ao sol da manhã - era quando Astéria mais amava observá-las -, o cabelo despenteado porque ela havia puxado tudo o que pudera quando transaram assim que acordaram, apenas uma hora atrás, as tatuagens de linhas azuladas no peito reluzindo junto com as sombras que dançavam em um ritmo lento em volta dele todo. 

Pela Mãe, como ele era lindo! Não sabia se ela estava apenas ridiculamente apaixonada e finalmente livre para admitir aquilo ou se era o laço de parceria recém firmado, ou ambos, mas ela não cansava de apenas admirar Azriel e cuidar para não babar no processo. Ele soltava risadinhas debochadas cada vez que uma de suas sombras flagrava os olhos famintos dela em cima dele e ia cochichar em seus ouvidos. Astéria atirava uma faca na qual ele rapidamente desviava antes de a puxar pela nuca e beijá-la até que lhes faltasse o ar, ou evoluísse para algo mais. 

Ela jamais se cansaria daquilo. 

A eternidade de sua alma entrelaçada ao encantador lhe parecia uma promessa linda de futuro!

– Muito bem, sua teimosa! – Ele proferiu, cruzando os braços no peito. Ela observou o movimento de forma felina – Você simplesmente não consegue ficar quieta, não é?

– Estamos perdendo tempo, meu amor. Se é para ficar um dia sem irmos à missão, então que utilizemos esse tempo de forma útil com um treino. 

Herdeira de Sol e SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora