Capítulo 10 - SUA FALTA

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Raphael

Quando Leonardo não apareceu no treino eu fiquei muito satisfeito, não quero que ele se aproxime de mim e aqui é o meu território, não o dele. Mas mesmo sem ele aqui me sinto estranho, um pouco incomodado, é como se todos de alguma forma soubessem que eu havia sido agredido, que eu havia sido violado.

Meu rendimento na aula foi tão medíocre que até Daiane, que treina conosco a pouco tempo, veio me perguntar se estava tudo bem comigo. Culpei o excesso de trabalho e agradeci com um sorriso, que ficou tão amarelo que não convenceria nem mesmo uma criança de cinco anos.

Nas aulas seguintes ele também não apareceu, será que havia desistido de treinar? Uma parte nada racional minha respondeu rapidamente, "Ótimo!", mas ela foi severamente criticada por outra parte mais sensata. Sempre resolvi meus problemas de forma adulta, mas com Leonardo tudo era mais complicado e o escapismo me parecia muito tentador.

Alguns atletas já comentavam a ausência dele, e inevitavelmente surgiriam teorias de porquê Leonardo sumiu. Para a minha sorte nenhuma delas havia me envolvido, aparentemente na noite do ataque Leonardo havia agido normalmente e ninguém deve tê-lo visto voltar ao vestiário depois de se trocar e sair. A sensação de incomodo ainda me acompanhava e a cada treino que ele não vinha ela ficava pior.

Decidi mandar uma mensagem para Leonardo, aquela situação já estava me tirando a paz, odeio ter assuntos inacabados, ainda mais com ele.

RAPHAEL: Precisamos conversar, me ligue!

Não houve resposta, mesmo após vários dias, o que me deixou, na falta de palavras melhores, bem chateado.

Cheguei até a perguntar para Camila, na recepção, e para Paulo, na musculação, se eles haviam visto Leonardo nos últimos dias, mas para meu pesar eles também não tinham notícias dele. Talvez ele tenha se arrependido do que fez comigo e resolveu sumir da minha vida. 

Eu deveria ficar feliz com isso? Resolveria nosso problema? Eu realmente o queria fora da minha vida? Sinceramente, eu começava a achar que não.

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Minha respiração estava irregular, minhas mãos exploravam cada centímetro do seu corpo, que respondia ao meu toque se arrepiando de desejo, tomei seus lábios com violência, eu estava no controle, eu queria mais... eu não ia parar. Eu estava com tanto tesão que com certeza mataria alguém, caso algo nos interrompesse naquele momento. 

A urgência de meu desejo era nítida e fazia meu pau latejar contra seu corpo, implorando para ser usado. Estávamos em meu quarto, não havia ninguém em casa, então nossos gemidos eram altos e expressavam nosso desejo, eu estava esperando a muito tempo por isso e finalmente estava acontecendo.

Seu corpo era perfeito, seu cheiro me deixava louco e quando mordi seu pescoço, seu gemido de prazer foi certo. Eu era um animal, um predador, e ouvir minha presa agonizar entre meus dentes fazia meu ego se inflar ainda mais, sentia meu coração bater forte, eu estava no meu auge.

Quando alternamos e era ele a explorar minha boca e possuir meu corpo eu não estranhei, foi algo tão natural quanto continuar respirando, pois eu o desejava mais do que minha própria vida. Seu toque em meu sexo era igualmente prazeroso a quando eu tocava no dele, nós dois entregues ao puro desejo, ele mordeu meus lábios e a dor me deu quase tanto prazer quanto ver aqueles olhos azuis...

Acordo com meu coração batendo forte, estou suando e minhas bolas protestam com uma dor aguda enquanto meu pau está duro e babando tanto que vou ter que trocar de cueca antes de voltar a dormir.

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