Inimigo Íntimo

Capítulo 18 - NA CAMA

Raphael

Meu mundo para pôr um momento, o homem mais gostoso que já vi na vida está realmente me pedindo em namoro?

Sinto o calor que emana de suas mãos, foi preciso muita coragem para falar isso, ainda mais nessas circunstâncias. Meu coração já havia gritado uns trinta "sim" desde que eu conheci Leonardo, e depois de tudo que já passamos eu estou muito feliz que tenha partido dele o pedido.

- Sim, eu quero! Eu digo enquanto o calor do sol de verão queima em meu peito, tamanha felicidade que estou sentindo.

Ele se levanta rapidamente vindo em minha direção, me envolve em seus braços enquanto me beija. Eu ouço fogos de artifício estourando em meu peito, sinto nossa eletricidade que não podia faltar, seu cheiro másculo que faz minha pele arrepiar e beijo seus lábios macios que agora são oficialmente meus... Porra, eu amo esse homem com todas as minhas forças.

Ouço palmas apressadas surgirem próximas de nós, por um momento desde que ele me fez o pedido, eu esqueci onde nós estávamos, esqueci que não estamos sozinhos.

Ai meu deus! MINHA MÃE VIU ISSO!!!

Sesso o beijo e me viro para ver a reação dela, encosto no peito de Leonardo buscando por apoio e já esperando pelo pior, os braços dele ainda estão me envolvendo e isso me dá uma sensação de segurança.

Vejo que minha mãe ainda está sentada, ela está... espera..., batendo palmas?

Olho um pouco confuso, vejo um sorriso e sua expressão de felicidade. Ela estava feliz por mim?

OK, eu sei que minha mãe não é preconceituosa, mas eu juro que não esperava por essa reação, estou pasmo.

- Mãe, eu... Começo a falar já um pouco triste, enquanto milhões de julgamentos gritam em minha cabeça.

Mas ela simplesmente fecha os olhos, ainda mantendo um sorriso doce nos lábios, e balança a cabeça devagar algumas vezes. Não era necessário explicações, não importava quem eu amava, ela sempre estaria do meu lado, me apoiaria como sempre me apoiou. Ela se levanta da cadeira e vem até nós dois e nos abraça.

Retomamos nosso almoço em família após um brinde pelo meu namoro com Leonardo, o que fez com que nós dois ficássemos extremamente vermelhos, e minha mãe gargalhar como eu não via ela fazer em anos. Eu era amado, pelos dois, eu realmente sou muito sortudo.

O clima em casa continuou tão leve quanto estava antes do pedido, talvez até mais acolhedor, porque agora Leonardo não era só um "amigo", ele era meu namorado e isso com certeza dava muitos privilégios. Principalmente com Dona Cristina Rodrigues, que já começou desde cedo a paparicá-lo, como se ele já fosse seu genro.

- Poxa mãe! Exclamo para ela, com um pouco de ciúmes. Eu sou seu filho, por que nunca ganhei toda essa atenção? Eles riram, mas eu estava um pouquinho chateado.

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"Meu namorado" passou a tarde toda conosco, eu estava fora de mim de tão feliz. Nós lavamos a louça do almoço para minha mãe, assistimos a um filme os três no sofá da sala, conversamos muito e rimos tanto que Leonardo chegou a ficar com soluços.

Quando o filme acabou minha mãe se levantou e disse que precisava se arrumar para ir trabalhar, ela estava no plantão noturno, então não passaria a noite em casa. Leonardo aproveitou a deixa para se levantar anunciando que também ia embora, pois já havia incomodado demais, e estava começando a escurecer.

Ele tinha passado a tarde toda conosco, mas eu não pude evitar que uma expressão de tristeza viesse até meus olhos, eu não queria que ele fosse embora.