Capítulo 25 - O IMPERADOR E SEUS DOMINIOS

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Raphael

Quando acordo, antes mesmo de abrir os olhos, sinto sua pele macia contra a minha, seu cheiro chega até mim como a melhor brisa que alguém poderia desejar, e ouvir sua voz me chamando só torna tudo ainda mais especial.

- Bom dia! Ouço Leonardo sussurrar em meu ouvido enquanto sua mão repousa sobre meu peitoral.

Apenas agora percebo como a cama dele é aconchegante, o colchão e os travesseiros são muito macios e tem um aroma suave de jasmim. Eu me espreguiço de forma manhosa, ainda sem abrir os olhos.

- Encomendei um café da manhã para gente. Enquanto ele não chega, vou tomar um banho. Leonardo beija minha testa e se levanta.

Quando finalmente abro os olhos, vejo Leonardo indo em direção ao banheiro, descalço e completamente nu. Seu corpo é realmente uma visão privilegiada, principalmente de manhã, após uma noite de amor.

Olho para o lustre no teto e começo a lembrar de tudo que fizemos na noite passada, sinto um sorriso se formar em meus lábios, e alguns segundos depois ouço o chuveiro ser ligado.

Só de imaginar a água percorrendo o corpo de Leonardo já começo a ficar levemente duro, seu corpo é perfeito e me excita demais. Minha barriga começa a roncar bem na hora que a campainha toca, anunciando a chegada de nosso desjejum.

- Rapha! Pode pegar a entrega, por favor? Ouço Leonardo gritar de dentro do chuveiro após ouvir a campainha.

Eu me levanto da cama procurando minha roupa no enorme quarto bagunçado. Poucos segundos depois ouço a campainha tocar novamente, dessa vez de forma mais longa e urgente.

- JÁ VAI! Grito bem alto, mas não tenho muita certeza se minha voz conseguiria chegar até a pessoa que esperava do outro lado da porta.

Com a pressa, acabo vestindo apenas um shorts que achei jogado no chão, e sem camisa ou cueca corri até a porta, enquanto meu impaciente entregador tocava pela terceira vez a campainha, de um modo bem irritante.

- Nossa! Para que tanto escândalo? Reclamo com ele enquanto abro a porta.

Assim que vejo os olhos azuis, tão escuros que eram quase negros, eu paro de falar imediatamente. Diante de mim, com uma cara nada amigável, vestindo o terno mais imponente que eu já vi, estava Henrico Ferrarézzi, empresário multimilionário, dono das maiores empresas do país, e pai de Leonardo.

Ele me olhava de cima a baixo, e pela expressão em seus olhos, não gostou de ser repreendido por um desconhecido que vestia apenas um shorts e estava todo descabelado. Rapidamente ele deduziu o que estava acontecendo, senti seu olhar de julgamento sobre mim, ele me considerava, na melhor das hipóteses, um garoto de programa.

- Algum problema com a entrega...? Leonardo apareceu no final do corredor, todo molhado e com apenas uma toalha muito mal enrolada na cintura, pela pressa que saiu do chuveiro.

O olhar do patriarca foi de mim até Leonardo, que naquelas condições apenas confirmava as suspeitas sobre minha presença nesse apartamento.

- Pai?! Exclamou Leonardo muito surpreso.

O senhor Ferrarézzi passou pela porta, ignorando totalmente minha presença, e se dirigiu até o interior do apartamento, como se não tivesse tempo para perder com explicações.

- Vista-se! AGORA! Temos assuntos para tratar. Ordenou para Leonardo antes de entrar no escritório.

Eu ainda estava em pânico pela péssima impressão que tinha causado, Leonardo estava sem reação pela visita inesperada do pai, e em meio a esse caos, uma jovem entregadora apareceu com dois pacotes enormes, de uma famosa padaria que havia perto daqui.

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