Capítulo 40 - momento de fraqueza

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~Katrina narrando~

Depois que o pai de Yuri saiu e me disse pra cuidar dele, me deixando sem entender nada, ouvi barulhos em sua sala e o vi saindo igual um relâmpago. Quando fui até sua sala para deixar alguns documentos vi que estava uma bagunça enorme, coloquei tudo no lugar e o que estava quebrado joguei no lixo. Yuri pagou para que eu podesse fazer a prova, então quando deu o meu horário eu fui até a faculdade e encontrei a Safira, a reitora, ela me deu a prova e depois de algum tempo eu tinha terminado, até que não estava tão difícil quanto imaginei. Eu entreguei a prova e percebi que Safira estava meio abatida.

KATRINA: Oi, eu sei que talvez não seja da minha conta, mas aconteceu algo? A senhora está meio abatida.

SAFIRA: Oi Kate, eu só estava pensando no meu casamento.

KATRINA: Ele viajou de novo?

SAFIRA: Infelizmente.

Safira já havia me contado que seu marido vivia viajando, e não lhe dava assistência.

KATRINA: Acho que você tem que falar com ele ou então terminar. Não pode continuar num casamento infeliz.

SAFIRA: Esse é o problema, eu gosto dele, mas eu acho que estou gostando de outra pessoa.

KATRINA: Então você não gosta mais do seu marido, ou não haveria espaço para outro na sua vida. Quem não dá assistência dá espaço pra concorrência.

SAFIRA: Você tem razão, obrigada Katrina.

Fiquei mais um pouco lá conversando sobre as coisas da faculdade, o tempo passou rápido e quando eu olhei no celular já eram mais das seis da noite, me despedi e fui para casa. Quando cheguei fui logo para a cozinha pegar um copo de água e encontrei Yuri, com duas garrafas de bebidas vazias e alguns cacos de vidro próximo a uma parede.

KATRINA: Que merda é essa?

YURI: Na...da.

KATRINA: Nada? Você está aí completamente bêbado, e não é nada? Você quer o que? Entrar em um coma alcoólico? Porque é isso que você vai conseguir.

YURI: Até que... não seria t-tão... ruim.

KATRINA: Levanta logo essa bunda daí.

Ele tentou levantar, conseguiu? Não. Coloquei meu braço ao redor da sua cintura e tentei o levantar, mas o homem é pesado.

KATRINA: Vou chamar alguém pra ajudar.

YURI: Não... por... favor. Ning... guém pode me ver... assim.

Tentei de novo com toda a minha força e consegui o colocar de pé, fomos andando devagar, um pé de cada vez e o levei para o quarto. O coloquei sentado na cama, tirei seus sapatos e seu terno, o deixando com o peitoral nu.

KATRINA: Bem agora eu vou indo.

YURI: Espera. — segurou minha mão. — Fica aqui... por... favor.

KATRINA: Tudo bem.

Me deitei ao seu lado, e comecei a ouvir seu choro. Yuri Ferrari aquele homem frio estava... chorando?

KATRINA: Ei, xiiiiuuu, vai ficar tudo bem.

Sentei-me na cama e coloquei a sua cabeça sobre o meu colo, acariciei os seus cabelos macios fazendo massagem, assim como a minha mãe fazia em mim.

KATRINA: Chora, coloque esse sentimento ruim para fora.

YURI: Eu e-estraguei tudo.

KATRINA: Sei que seu pai vai te perdoar, por qualquer coisa que tenha acontecido naquela sala.

YURI: N-não tenho essa... mesma c-certeza.

Yuri sentou na cama e ficou me olhando, eu estava dividida entre olhar para aqueles olhos lindos ou para sua boca que estava muito perto da minha. Sua mão tocou meu rosto delicadamente, me fazendo ter arrepios.

YURI: V-você é muito mais... bonita de perto.

KATRINA: Digo o mesmo de você.

O puxei pelo pescoço e o beijei, e para a minha surpresa eu fui correspondida. Sua língua fazia carícias na minha de uma maneira que poderia ser considerada profana. Suas mãos desceram até minha cintura me fazendo deitar na cama, com ele sobre mim. Seus beijos desceram para o meu pescoço e eu arfava, eu queria isso, mas era errado, ele era o meu chefe, e ele me comprou, mas então porque que queria tanto isso?! Ele não se lembraria de nada disso depois, mas eu sim, e eu não quero que seja assim. Encerro o beijo e encaro seus olhos.

KATRINA: Acho melhor a gente dormir.

Vi decepção em seus olhos, mas também que ele entendia.

YURI: Tudo bem.

Eu ia me levantar quando ele me segurou pela cintura me prensando na cama.

YURI: Dorme aqui hoje?

Pensei e tudo bem, só iríamos dormir.

KATRINA: Tudo bem.

Me deitei e ele me puxou para o seu peitoral. O seu calor me transmitia uma paz maravilhosa.

💭Eu não posso me apaixonar por você Yuri.💭

Dormimos assim, juntos como um casal. Acho que eu posso me perdoar por esse momento de fraqueza, e dizer que foi a carência, mesmo que seja mentira.

°∆•∆°∆•∆°∆•

Eita nós, que casal meu povo, será que é agora que Yuri desencalha???? Quem sabe 🤭 até o próximo capítulo.

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