Vendida pra você 2

Capítulo 16

~Benjamin narrando~

Sexta feira

Filippo me ligou ontem dizendo várias coisas, e eu queria saber o que tinha acontecido. Será que ele descobriu sobre a aposta? Me arrumei e levei a Letícia comigo, estávamos namorando havia 2 semanas, e ela queria conhecer os meus pais, já que eu conhecia os seus. Ela cursa fisioterapia, e é muito legal e compreensiva comigo. Me preparei e fomos pro aeroporto. Depois de algumas horas chegamos, peguei um táxi e fomos em direção a minha casa. Assim que bati na porta minha mãe atendeu, não com a melhor cara do mundo, mas tratou a Letícia bem. Quando ficamos a sós ela começou.

JENNIFER: Eu espero que você não tenha feito nada de grave, ou então eu mesma vou te encher de porrada moleque.

BENJAMIN: Eu cometi alguns erros, mas todo mundo comete.

JENNIFER: Você não é todo mundo, você é Benjamin Aragão Costa, preciso te lembrar disso toda vez? Eu criei um homem não um pirralho, então trate de assumir as coisas de frente.

BENJAMIN: Okay, eu vou resolver os meus problemas.

Saí de lá, peguei o carro do meu pai e liguei pra Filippo que disse que estavam em casa me esperando. Assim que eu abrir a porta, recebi um soco, e por incrível que pareça foi do Nicolas.

NICOLAS: Seu desgraçad0!

YURI: Já chega! Agora saia.

NICOLAS: Mas-

YURI: Sem "mas", sai. A garota está te esperando, eu resolvo com ele.

Nicolas apenas me olhou com raiva, eu também estaria se fosse minha irmã, e saiu.

FILIPPO: Vamos para o escritório.

Assim que chegamos lá eu comecei a falar:

BENJAMIN: Eu juro que eu não fiz isso por causa de aposta, eu realmente gosto da Isabella.

Eles apenas me olharam estáticos.

YURI: Aposta?

FILIPPO: De que m€rda você está falando?

BENJAMIN: Não é por causa disso que vocês me chamaram aqui?

YURI: Espera aí. Você fez uma aposta com a virgindade da Isabella? — eu apenas acenti. — Eu só não te mato, porque você é filho de Jennifer, ou então eu enfiava uma bala na sua cabeça.

FILIPPO: Pode não colocar uma bala, mas... — me deu um murro daqueles. — Umas porradas pode.

Poh@, dois murros em menos de 30 minutos, minha situação não está das melhores. Toquei no meu queixo que estava doendo e vi que minha boca estava sangrando.

BENJAMIN: Então se não era sobre a aposta, do que vocês estavam falando?

YURI: Do fato de você ter engravidado ela.

BENJAMIN: Enten... engravidado? Eu vou ser pai?

FILIPPO: Agora não mais. Ela foi envenenada e perdeu o bebê. Se a Sofhia não tivesse chegado, a Bella estaria morta.

Então eu lembrei das palavras da Luna:

"Se é aquela pirralha que está no nosso caminho eu acabo com ela."

💭Maldita!💭

Peguei o meu celular e liguei para Calebe, e falei para ele ir atrás da vagabund@ da Luna. Ela vai me pagar caro.

BENJAMIN: Foi a Luna, ela que envenenou a Bella, eu tenho certeza.

FILIPPO: Isso não tem sentido agora. Independente do que você fizer, um bebê inocente acabou de morrer, e nada vai trazê-lo de volta.

BENJAMIN: Ela deve me odiar ainda mais. — me sento no sofá do escritório.

YURI: Ela não sabe, e vai continuar assim.

BENJAMIN: Vai deixar ela no escuro?

YURI: É melhor assim.

BENJAMIN: Ela nunca quis ter um filho, então não é tão doloroso assim.

FILIPPO: Acho melhor você fechar essa boca, ou eu vou te dar outro murro.

YURI: Isso não importa agora, o que importa é que você tem um mês para reconquistar ela, ou vão casar brigados mesmo.

BENJAMIN/FILIPPO: O que?!?!

YURI: Na máfia é assim, se você tira a virgindade de alguém, vocês tem que casar.

FILIPPO: Vai obrigar a nossa irmã a ficar olhando na cara desse pateta pelo resto da vida?

BENJAMIN: Além de que ela já me disse que não quer me ver nem pintado de ouro. Além de que eu namoro.

YURI: Dane-se. Você sabe voltar no tempo? — fiquei em silêncio. — Imaginei, então vai ter que casar. Ou talvez você queira que eu conte pro Lorenzo, ele vai amar amassar a sua cara.

BENJAMIN: Eu realmente tentei me desculpar, mas ela não quer. E eu não quero que ela seja infeliz.

YURI: Mas na hora de enfiar o seu p@u nela, você teve muita disposição. Se não se casar com ela, ela será vista como impura.

BENJAMIN: Você fala como se ela se importasse com a opinião dos outros.

FILIPPO: CHEGA! Eu não vou deixar você condenar a minha irmã a tristeza. Se você fizer eles se casarem, eu conto tudo pra ela, e digo que a ideia de esconder sobre o bebê foi sua! — e sai da sala.

Passo as mãos sobre os cabelos e pergunto em que hospital ela está. Sigo até lá e pergunto o quarto a enfermeira, que me responde com o maior prazer, me dando uma piscadela. Assim que entro vejo uma cena de cortar o coração. Isabella está deitada imóvel, ligada a aparelhos e pálida como papel.

DR. YANG: Ela vai ficar bem.

BENJAMIN: Que tipo de veneno usaram nela?

DR. YANG: O veneno das cobras da espécie Naja. Ela tinha um pequeno corte no dedo, então acho que foi aí que o veneno entrou.

BENJAMIN: Quando ela vai acordar?

DR. YANG: Ainda não sabemos. Ela ainda está frágil, e teve um ataque anafilático, então vai demorar um pouco.

Ele saiu e eu fiquei olhando para ela, depois eu fui pra casa. Tive que tratar Letícia bem, apesar que a minha vontade era ficar sozinho. Minha mãe ainda não sabia e eu quis deixar assim. Depois desse dia cansativo eu apenas dormi com a minha namorada, mas não antes de pensar no que Yuri falou, eu nunca quis casar, e se isso acontecer, não vai dar certo. Isabella me odeia e mesmo que não saiba do bebê, eu sei que ela vai sentir. É instinto de mãe. Meu irmão estava feliz porque estava fazendo sucesso com as garotas (como se não fizesse antes) mas eu sei de quem ele gosta. Quando eu estava quase dormindo uma pergunta pairou em minha mente.

💭O que será que vai acontecer apartir de agora?💭