Capítulo 46 - reconciliação

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~Isabella narrando~

Acordei sentindo uma dor no pescoço e quando olhei tinha um curativo. Percebi que tinha no meu ombro e tornozelo também. Então lembrei de ontem, de Cássio, dos rastreadores, que ódio! Me levantei e notei que estava com um vestido solto, e com um coque. Saí do quarto e fui andando até a sala onde encontrei Cássio conversando com alguém no telefone.

CÁSSIO: ...Sim... Ela está bem... Eu não vou fazer nada com ela, eu nunca faria... Sim, eu sei disso, e ela é a minha mulher, a mãe do meu filho, você espera que eu deixe ela simplesmente ir embora assim... Não... Não adianta você ficar falando sobre isso... Tchau.

Ele se virou e me viu. Fiquei ali, parada, olhando pra cara sínica dele. Ele colocou o celular em cima do sofá e se dirigiu para perto de mim.

CÁSSIO: Como você está se sentindo?

ISABELLA: Eu realmente preciso dizer?

CÁSSIO: Isabella por favor me deixa explicar.

"...a mãe do meu filho, espera que eu deixe ela ir embora assim..."

ISABELLA: Com quem estava falando, e o que quis dizer com "mãe do meu filho"?

CÁSSIO: Era seu irmão, Filippo, ele ligou pra saber como você estava. Emmanuel contou o que eu fiz e ele queria arrancar minha cabeça fora. — riu.

ISABELLA: Não respondeu a minha segunda pergunta.

Seu sorriso morreu. Ele me olhou, se afastou e sentou no sofá.

CÁSSIO: Senta aqui, pra gente conversar.

ISABELLA: Eu estou bem aqui.

Ele se levantou e foi chegando perto de mim, até me pegar no colo e me carregar até o sofá.

CÁSSIO: Agora podemos conversar decentemente.

ISABELLA: Fica longe de mim.

CÁSSIO: Olha, eu já te falei a minha versão da história. Mas agora não se trata mais só de nós Bella.

ISABELLA: E de quem se trata, Cássio?

CÁSSIO: Do nosso filho.

ISABELLA: Você enlouque-

"...a mãe do meu filho, espera que eu deixe ela ir embora assim..."

CÁSSIO: Bella?!

ISABELLA: Eu estou grávida?

CÁSSIO: Sim.

Eu comecei a dar risada. É óbvio que isso não é verdade ele só está falando isso para que eu fique com ele.

ISABELLA: Cássio, por um momento eu quase acreditei. Eu não estou grávida.

CÁSSIO: E por que não?

ISABELLA: Porque eu tomo meus remédios direitinho, e porque minha menstruação vem certinha e eu menstruei esse mês.

CÁSSIO: O médico me disse que isso é difícil de acontecer, mas não impossível, talvez sua menstruação tenha vindo mais fraca. E você sabe que nenhum anticoncepcional é 100% confiável, talvez tenha algum dia que você tenha esquecido de tomar, sei lá, mas o doutor fez o exame e você está grávida. De um filho meu. — sorriu.

Então eu tive uma súbita memória, de quando meu irmão me ligou e o remédio caiu no chão.

💭Drog@!💭

ISABELLA: Eu vou ser mãe?!

CÁSSIO: O médico deixou todas as recomendações, e já contratei uma pessoa para lhe dar as vitaminas nós horário certos e-

ISABELLA: Eu não preciso de babá.

CÁSSIO: Bella por favor, eu só quero cuidar de você, e do nosso filho.

ISABELLA: Eu vou voltar pra Itália.

O encarei e vi seus olhos se escurecerem.

CÁSSIO: Não, você não vai voltar pra Itália. Você está grávida, não pode ter fortes emoções.

ISABELLA: Não pode me obrigar a ficar aqui com você.

CÁSSIO: Ok, se você quer ir, tudo bem.

ISABELLA: Sério? Que bom. — sorri.

CÁSSIO: Mas só depois que o nosso filho nascer.

ISABELLA: O quê?!

CÁSSIO: Isso mesmo Isabella, tudo bem se você quiser ir embora, mas o nosso filho fica. Eu preciso de um herdeiro e vou amar ficar com uma junção nossa, a prova do nosso amor. Fora que essa é uma garantia de que você vai voltar, te conheço bem o suficiente para saber que não vai abandonar um filho.

ISABELLA: Você enlouqueceu?

CÁSSIO: Olha Bella, não quero discutir com você, fora que isso faz mal para o bebê. — se levantou.

ISABELLA: Espere! O motivo de você não beber muito e nem deixar soldados dentro de casa é por causa do que aconteceu no passado?

CÁSSIO: Sim. Eu já perde elas, mesmo que eu não as amasse como a você, não quero perdê-la Bella, e eu peço que você realmente acredite em meus sentimentos porque eu sou verdadeiro ao extremo, odeio traições. Os rastreadores foram uma prevenção, quando descobrirem que você carrega o herdeiro do Don da Espanha, você será um alvo. — se ajoelhou na minha frente. — Eu colocaria fogo em toda a Espanha, caçaria o diabo se ele tentasse tocar em você, e abriria a Terra para te encontrar. Pode me chamar de tudo, maluco, psicopata, assassino, doente, possessivo, mas você nunca poderá me chamar de mentiroso.

Uma lágrima escorreu de seu olho e eu a enxuguei. Eu sabia que ele falava a verdade, e nem sei porque eu estou tão surpresa por tudo que descobri, já vi Dons fazerem coisas muito piores com suas esposas, e com seus filhos, eu não queria que acontecesse com meu filho, ou filha. Eu estava meio abalada, talvez por causa da gravidez. O abracei com todas as minhas forças e chorei, ele retribuiu o abraço e acariciou os meus cabelos.

ISABELLA: Des-des...cul...pa. Eu... não queria ter... dito aquilo.

CÁSSIO: Tudo bem meu amor, eu estou aqui com você, e agora teremos o nosso filho.

ISABELLA: E se for... uma menina? — enxuguei minhas lágrimas.

CÁSSIO: Ela vai ser a mulher mais fod@ que toda a Espanha já viu.

Sorri. Eu queria ter raiva dele, queria mesmo, mas eu não consigo, porque eu o amo, muito, mais do que eu queira admitir. E talvez seja a hora dele saber isso.

ISABELLA: Eu te amo.

CÁSSIO: O que disse?

ISABELLA: Que eu, Isabella Ferrari, a futura senhora Berutti, te amo, sou apaixonada por você, de corpo, alma e coração, e que eu sangraria por você se fosse preciso.

Ele me deu um beijo apaixonado que fez eu esquecer por que estava chateada com ele.

CÁSSIO: Você me faz o homem mais feliz de toda a Terra, Bella. Minha senhora Berutti.

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