Capítulo 65 - até logo Espanha

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~Isabella narrando~

Hoje eu decidi que quero sair. Vou viajar até a Itália, ver minha família, falar com minha prima, que eu fiquei sabendo que não está muito bem esses dias. Cássio me disse que depois que eu fui encontrada ela se trancou dentro de casa, não sai para quase nada. Eu sei que tem algo errado, essa não é a minha prima. Ainda não falei com Cássio sobre a minha viagem, porque sei como ele vai agir e eu não quero brigas. Ainda não tive coragem de falar com ele tudo o que eu descobri enquanto estava com aquele crápula. Não tivemos relações e eu amo ainda mais Cássio por respeitar o meu espaço, o meu tempo, por sempre me colocar em primeiro lugar. Agora terminei de fechar a última mala, só vou levar duas, afinal só vou passar uma semana. Também vou levar a especialista que está cuidando de mim, e me dando todas as vitaminas que eu preciso na hora certa. Cássio não quis me contar sobre o bebê, mas eu descobri pelo doutor na última vez que eu fui ao hospital, e não vou deixar que nada aconteça com o meu bebê. Eu decidi junto a Cássio, claro, que só vamos descobrir o sexo do bebê quando ele ou ela nascer.

Desci as escadas e encontrei Sebastian na sala.

ISABELLA: Bom dia Sebastian. Sabe me dizer onde meu marido está?

SEBASTAIN: Bom dia, senhora Berutti. Respondendo a sua pergunta, não sei, é exatamente por isso que estou aqui, tenho um comunicado a fazer.

ISABELLA: Ele deve estar no escritório, eu vou lá e digo que quer falar com ele.

SEBASTIAN: Obrigado.

Fui ao escritório, bati na porta, mas ninguém respondeu. Abri a porta e vi Cássio debruçado sobre a mesa, dormindo. Mesmo eu dizendo que estava tudo bem ele dormir comigo, ele ainda se mantém afastado.

Me aproximei e toquei em seu ombro.

ISABELLA: Amor... amor acorda.

CÁSSIO: Hum... Que horas são?

ISABELLA: Ainda é cedo.

CÁSSIO: O que você está fazendo acordada? — bocejou.

ISABELLA: Eu vim avisar que vou viajar.

CÁSSIO: O QUÊ? — ele se levantou tão rápido que até a cadeira caiu. — Você não vai viajar.

ISABELLA: Sim, eu vou, já está descido. Eu já arrumei tudo, só vim pedir o seu jatinho emprestado.

CÁSSIO: Não é bom nem para você, nem para o bebê viajar assim. Você foi sequestrada Bella!

ISABELLA: Eu sei disso Cássio, mas eu preciso mesmo fazer isso. Tem algo errado com a Sofhi, eu sei que tem, e eu preciso descobrir o que é. Ela é como a irmã que eu não tive. Eu aceito tudo o que você propôr, com tanto que não me proíba de ir.

Eu iria mesmo que ele me prendesse dentro dessa casa. Ele suspirou e passou a mão pelos cabelos, aqueles cabelos que eu tanto amava.

CÁSSIO: Tudo bem. Mas você irá com alguns seguranças e nada de fazer coisas arriscadas. E você também vai levar a especialista.

ISABELLA: As malas dela já estão arrumadas.

CÁSSIO: E não precisa me pedir permissão para pegar meu jatinho, tudo o que é meu é seu também. — ele passou as mãos pela minha cintura, me prendendo ao seu corpo. — Eu te amo. — beijou minha testa.

Eu chorei. Chorei porque eu encontrei o homem da minha vida. Chorei porque apesar de tudo, eu tenho uma família que me ama. Chorei porque o meu filho terá um pai maravilhoso. E também chorei porque os hormônios da gravidez estão me deixando muito bipolar.

ISABELLA: O-obrigada.

CÁSSIO: Não tem que me agradecer.

ISABELLA: Tenho sim, porque apesar de tudo, você tem esperado, tem sido paciente comigo. Eu sei que você como homem tem as suas necessidades e-

Ele colocou o indicador em meus lábios me calando.

CÁSSIO: Shiiihuu. Você é a minha necessidade. Eu não posso ficar bem, se você não estiver bem. Se não fosse você eu ainda seria o homem perdido que ainda bem, você não chegou a conhecer. Você me trouxe luz, me trouxe a vida. — ele tocou em minha barriga. — você está gerando uma vida. A semente do nosso amor. Não tem como isso ser mais perfeito.

Sorri.

ISABELLA: Eu preciso te dizer uma coisa, sobre quando estive presa.

CÁSSIO: Não precisa se sentir pressionada a contar nada.

ISABELLA: Não, eu quero. — apoiei minha cabeça em seu peito. — enquanto eu estive presa, Emmanuel me contou que matou a Lana. Ele disse que a amava e que não suportou a idéia dela ter escolhido você. Então ele aproveitou que estavam bêbados e a matou, e colocou a culpa em você.

CÁSSIO: Filho da puta!

ISABELLA: E tem mais. A mulher com quem você casou, ele disse que era uma das mulheres com quem ele se relacionava. Ele armou para que você pegasse ela com outro.

CÁSSIO: Por que eu não percebi isso antes?

Ele me soltou e começou a andar de um lado para o outro.

ISABELLA: Você não teve culpa, meu amor.

CÁSSIO: Sim! Eu tive, porque se eu tivesse percebido antes, ele não teria colocado as mãos imundas dele em você. Ele não teria enganado a sua prima e nada do que aconteceu teria acontecido.

ISABELLA: Não podemos mudar o passado, Cássio. Agora temos o futuro. — me aproximei e segurei sua mão. — Tudo se resolveu, e agora, sou eu por você e você por mim. Sei que faria de tudo por mim, e eu sempre vou fazer de tudo por você.

Lhe dei um beijo. O beijo que não demos durante todo esse tempo. Percebi que ele ficou um pouco em estado de choque, mas logo senti sua língua se enrolando na minha. Suas mãos passeavam pelas minhas costas, enquanto as minhas puxavam de leve seus cabelos.

Uma batida na porta nos interrompeu. Nos afastamos e dei um selinho nos lábios do meu querido marido.

ISABELLA: Sebastian quer falar com você. Vou passar uma semana com os meus pais e depois eu volto. Escolha os seguranças e me avise depois.

Abri a porta e lá estava Sebastian, ele parecia meio constrangido por ter interrompido algo. Lhe dei espaço e fui comer algo, depois de alguns minutos Cássio apareceu e disse que os seguranças já estavam no jatinho, lhe dei um beijo. Sebastian mandou um segurança nos levar até a pista de pouso. Quando chegamos lá, entramos no jatinho e quando vi tinha quase 20 seguranças dentro do jatinho (o jatinho do meu marido tem espaço para 30 pessoas). Sorri, pensando: "Cássio, sendo Cássio." Um dos seguranças guardou nossas bagagens, me sentei e olhei pela janela. Até logo Espanha.

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