Capítulo 11

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 Estava deitada na cama, encarando o teto, pensando no dia em que conheci Kurt.
Eu comecei a ouvir Nirvana quando ainda estava no útero da minha mãe, ela era fã deles. Quando fiz uns cinco ou seis anos, eu ficava ouvindo com ela, não sabia bem o que era nem quem eram, mas gostava do som, então ia ouvindo.
Até que no meu aniversário de sete anos, minha mãe e uns primos estavam assistindo uma entrevista antiga do Nirvana, então eu vi o Kurt pela primeira vez. Ele estava usando um vestido amarelo de princesa e óculos escuros, na maior pose. A partir daí, conversei com mamãe, ela disse que ele tinha morrido há muito tempo. Mas eu comecei a pesquisar, e saber mais sobre ele, sobre a banda... Eu ouvi todas as músicas. Então, me tornei uma das maiores fãs.
Sorri, ainda encarando o teto. Eu estava vivendo um sonho.

— Mad? — Kurt chamou, parado na porta do quarto.

— Sim?

— Eu assei uma pizza, quer assistir um filme?

— Quero.

Eu levantei, e vi que o tempo estava fechado. Lá fora ventava muito, e pude sentir o petricor quando fui fechar a janela.

— Vamos? —ele estendeu a mão.

Fui até a porta e peguei sua mão. Entrelaçamos os dedos.
Descemos juntos, pegamos a pizza na cozinha, e refrigerante, então fomos para a sala.
Ele foi procurar algum filme na estante, e eu me sentei no sofá, abraçando os joelhos.
Minutos depois, ele colocou a fita para rodar e sentou ao meu lado.
Era um filme de terror, sobre uma garota que vai com os amigos para um cemitério, tentar fazer uns rituais. E quando o bicho pega, todo mundo corre e deixa ela sozinha. E aí, ela acaba sendo possuída por um demônio, e na mesma noite, sai e vai atrás de todos do grupo de amigos.
Falando assim é meio clichê, mas assistindo dá muito medo. Para melhorar o clima, começou a chover muito.
Quando o filme terminou, fomos para a cozinha comer o resto da pizza. Já eram quatro e pouco da tarde. Sentamos à mesa, de jeito que dava para ficar de olho na porta.

—Eu não tô com medo — Ele disse, sem tirar o olho da porta — Você está?

— Claro que não.

Encaramos a porta, em silêncio, feito duas estátuas.
Comemos a pizza logo, depois fomos para a sala principal. Assim que sentamos no sofá, o telefone tocou na mesinha de cabeceira. Kurt atendeu:

— Alô?... Ah, e aí?... Tudo bem por aqui... Hum, bacana... Por quê?... Ah, ok... Ela está bem... Sim, ela está aqui comigo... Ok, vou dizer... Tchau, até breve.

Ele desligou e se virou para mim.

— Era a Courtney. Vai voltar na quinta feira, mandou um abraço e disse que vai trazer um presente para você.

— Um presente pra mim?

— Sim.

— Uau.

Ele se aproximou mais no sofá, segurando minha cintura:

— Vem cá.

Deixei que ele me beijasse, fechei os olhos, me agarrando ao seu pescoço. Mas, ele se levantou do sofá, e ficou de joelhos na minha frente.O sofá era baixo, ele ficou entre minhas pernas. Suas mãos se enfiaram por baixo da minha blusa, mas ele parou e olhou em meus olhos:

— Eu posso?

Eu assenti, então suas mãos subiram mais, e ele beijou meu pescoço enquanto tocava meus seios. Eu fechei os olhos, sentindo sua barba rala pinicando, deliciosamente, minha pele. Então, ele se afastou um pouco, enfiando as mãos por baixo da minha saia. Puxou minha calcinha, até ela cair sobre meus pés, e sentou-se ao meu lado novamente.

— Levanta a saia... — Ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo arrepiar.

Eu puxei a saia, com as mãos até tremendo. Então, ele me tocou ali, devagar. Eu abri a boca, mas não emiti nenhum som. Ele beijou meu pescoço, enquanto enfiava os dedos em mim. Deixei escapar um gemido baixinho.
Ele olhou nos meus olhos, enquanto seus dedos deslizavam em mim, para cima e para baixo. Um calor se espalhou pelo meu corpo, senti uma sensação maravilhosa, que foi só aumentando. Aqueles olhos azuis me encarando... Ele aproximou o rosto do meu, mas não me beijou. Senti sua respiração e o calor da sua boca, perto da minha. Seus dedos foram mais rápido, eu fechei os olhos e senti uma sensação incrível, tomando conta de mim. Segurei a almofada do sofá, com força, ainda sentindo aquele orgasmo intenso.
Ele tirou sua mão de mim, e fez um carinho no meu rosto, com os dedos ainda molhados. Eu respirei fundo, retomando o fôlego.

— Você é linda.

Antes que eu pudesse responder, ele me deu um selinho, depois outro, e outro.Ele passou um braço sobre meus ombros e eu encostei a cabeça em seu peito. Ficamos ali abraçados, em silêncio

In BloomOnde histórias criam vida. Descubra agora