Após receber um presente de uma jovem excêntrica, a vida de Harley Madson mudou para sempre. Três caras começaram a fazer parte de sua vida, um é seu amigo, outro odeia ela, outro gosta até demais dela.
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- Welcome to Roma! - Pat exclamou, fazendo gesto com os braços.
Tínhamos acabado de descer do jato. Cruzei os braços contra o peito, para espantar o frio.
-Que foi? Parece triste.
Me surpreendi com a pergunta do Pat, será que eu estava triste? Nos últimos dias minhas emoções andavam um pouco abaladas. Depois de nossa estadia marcante em Paris, Courtney foi embora, levando Frances com ela, o que deixou Kurt bem abatido. Charlotte ficou em Paris com o Boris, mas quando a turnê acabasse, ela voltaria para Seattle com a gente. Dois caras bem chatos começaram a andar com a gente, eram empresários, ou algo assim, Allan Banks e Tom Lorenzo. As coisas estavam um pouco diferentes, mas estava tudo bem.
- Não estou triste. - Respondi enfim.
- Mas parece.
Antes que pudesse dizer alguma coisa, Dave se aproximou, com uma cara de cansado:
- E aí, galera?
- E aí? - Respondemos.
Nisso, Kurt também se juntou a nós:
- Seu amigo vem nos buscar aqui, Pat? - Perguntou, bocejando.
- Sim, já deve estar lá fora.
Era começo de manhã, mas estava nublado. O chão estava molhado, pelo jeito tinha chovido recentemente. Fomos saindo dali. Os empresários estavam com a gente, não paravam de falar sobre a agenda deles. Saindo do aeroporto, vimos um táxi estacionado rente ao meio fio. O motorista estava no volante.
- Ei, cara! Pontual, ein? - Pat o cumprimentou, pela janela aberta do carona.
O cara era bem corpulento e usava camisa havaiana. Ele riu e respondeu:
- Sempre, ora! E aí, prontos para ir?
-Sim - Pat se virou para nós - Pode entrar gente.
- Ah, coloquem as suas coisas no carro do meu irmão. - O cara apontou para atrás do carro dele.
Vimos outro carro parado, e o motorista acenou para nós. Levamos tudo para lá e voltamos para o táxi. Dave abriu a porta de trás e entrou, dando espaço para nós. Krist entrou e logo em seguida, Kurt.
- Vem, meu bem. - Kurt estendeu a mão para mim.
Me esgueirei para dentro e sentei no seu colo. Pat sentou no banco do carona, então partimos. A cada curva arrochada, eu segurava firme nas costas do banco da frente. Kurt me abraçou por trás, deitando a cabeça nas minhas costas.
Foi um longo percurso até o hotel. Vimos uns lugares bem legais no caminho, deu vontade de sair do carro e ir andando pelas ruas lindas. Quando chegamos no hotel, pegamos nossas malas, fizemos o check-in e subimos para o 20º andar. O hotel era chique, o mais chique de todos que ficamos desde o começo da turnê. Nossos quartos eram todos no mesmo corredor. Saindo do elevador, de cada lado havia um corredor, viramos para o da esquerda. O primeiro quarto era do Pat, e de frente o do Dave. Em seguida, o quarto do Krist, e de frente o do Allan e Tom. Já tinham feito as reservas dos quartos com muita antecedência, então, eu e Kurt ficamos em quartos separados. Entrei no meu, deixando a porta aberta. Tinha uma cama de casal, alta, com forros brancos e vários travesseiros. Tinha uma parede só de vidro, com uma vista linda. Enquanto admirava a linda parede de vidro, ouvi o barulho da porta se fechando. Antes que pudesse me virar para olhar, Kurt passou do meu lado e foi para a cama, sentou-se e olhou em volta: