Capítulo 12

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Era uma terça-feira, fim de tarde, eu e Kurt estávamos jogando vídeo game na sala, quando Dave apareceu. Estava todo arrumado, usava uma calça jeans, uma camisa esquisita, com um desenho estranho, e uma jaqueta de couro por cima.

— E aí, como vocês estão? — Ele perguntou, sentando no outro sofá.

— Bem. — Kurt respondeu, dando pause no jogo para coçar o pé.

— Estão a fim de um rolê? Estou indo para a festa de aniversário da minha prima Kate.

— Quantos anos? — Eu perguntei, já pensando em bolo e docinhos.

— 23. Convidei Krist e Pat, mas eles não quiseram ir.

— Foi mal, mas também não estou a fim. — Kurt disse, e olhou para mim — E você, quer ir?

— Quero.

— Se arruma e a gente vai. — Dave assentiu.

— Tá bom.

Eu levantei do sofá e passei a manete para ele. Subi depressa para o meu quarto, e fui fuçar as roupas, procurando algo legal. Escolhi uma calça jeans, uma blusa vermelha com um decote V e uma jaqueta preta de couro.
Tomei um banho, sem molhar o cabelo. Estava difícil de prender ele, curto daquele jeito, mas consegui dar um jeito. Ao terminar, me vesti, então fui até o quarto da Courtney, pegar um coturno emprestado.
Depois que calcei, procurei a maleta de maquiagens dela. Tinha tanta coisa.
Passei delineador preto, lápis, rímel e um batom vermelho. Quando voltei para o meu quarto, Kurt estava sentado na cama, me esperando.

— Uau. — Ele disse, se levantando — Você está maravilhosa.

— Valeu. Queria que você fosse, seria legal.

— Seria, quem sabe. Se divirta muito lá, ok?

— Deixa comigo, sou boa nisso.

— Você não vai muito em festas, não é? — cerrou os olhos.

— Está tão na cara assim?

— É melhor eu te preparar para o que vai ter lá.

— Bom,é uma festa de aniversário.

— Pois é, mas acontece que é um aniversário de 23 anos, não vai ter bolo com chantilly, mesa de doces, balões, nem lembrancinhas, sabia?

— Eu sei, claro que eu sei.

— Rola música alta, bebidas, sexo, drogas, orgias. Tudo que possa ou não possa imaginar.

— Ah, isso? Eu já imaginava.

— Toma cuidado, está bem? Não sai de perto do Dave.

— Ok, relaxa.

Ele hesitou um pouco, mas me abraçou devagar, com carinho.
Que fofo ele se preocupando comigo. Eu também estava preocupada, em deixá-lo sozinho.
Nós descemos juntos, Dave estava na sala principal,olhando em volta e assoviando. Quando nos viu descendo a escada, se levantou:

— Arrasou, está de maquiagem?

— Sim. Então, vamos?

Ele assentiu e já foi saindo pela porta. Kurt me levou até lá fora, e abriu a porta do carro pra mim. Antes de entrar, dei um abraço nele:

— Tchau.

— Tchau, divirta-se.

Entrei e fechei a porta do carro. Ele ficou ali fora, vendo a gente ir.
Quando já estávamos no fim da rua, Dave sorriu, descontraído:

— Pronta para cair na night?

— Prontíssima.

— E aí, como o Kurt passou esses dias?

In BloomOnde histórias criam vida. Descubra agora