Capítulo 35

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Acordei na cama, já era manhã, vi a claridade passando por uma fresta entre as cortinas

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Acordei na cama, já era manhã, vi a claridade passando por uma fresta entre as cortinas. Percebi que estava no quarto do Kurt, mas ele não estava ali.
Levantei da cama, me sentindo exausta, apesar de parecer que dormi por muito tempo. Ainda usava a roupa da noite anterior. Tirei tudo, prendi o cabelo e fui tomar banho.
Olhei no espelho do banheiro, meus seios e meu braço esquerdo estavam com hematomas. Um  pouco abaixo do olho esquerdo, também tinha uma marca roxa, quase imperceptível.
Tomei um banho bem tomado, lavando o cabelo. Quando acabei, escovei os dentes e fui para o meu quarto. Vesti uma calça de moletom e uma camisa de uma banda que eu não conhecia.

Desci a escada, devagar, estava tudo muito silencioso. Parei de pé no meio da sala principal. Fui até o corredor que levava para a outra sala e espiei.

— Kurt…?

Não obtive resposta. Fui até a cozinha, e nada, mas havia café pronto. Fui andando pelo corredor, descalça, o chão estava frio. Abri a porta de vidro e entrei na varanda. O dia estava ensolarado, o que era novidade. Fui até a mureta e olhei o gramado.

— Kurt? 

— Aqui. — Ouvi atrás de mim.

Me virei e vi ele sentado no chão, no canto da varanda, encostado na parede, abraçando os joelhos, encarando o céu. Ainda estava com a roupa da noite anterior, e de tênis. Parei na sua frente, ele parecia um pouco introspectivo e distante. 

— O que faz aqui? — Perguntei.

Ele suspirou e ficou quieto. Estendi as mãos para ele, que aceitou e se levantou.

— Você está gelado.  Vem, vamos entrar e tomar café.

Segurei sua mão e entrelaçamos os dedos. Fomos para a cozinha, ele sentou-se, enquanto eu servia café para nós dois. Coloquei as xícaras na mesa e sentei de frente para ele, mas ele levantou-se, veio e puxou a cadeira ao meu lado, virado de frente para mim.
Tomei um gole do café, então um pensamento me ocorreu:

— Não me lembro de ter ido para a cama ontem. 

— A gente estava no carro, eu te perguntei uma coisa mas, você deitou no meu colo e dormiu. Então te levei pra cama.

— Ah. 

Olhei para ele, que estava franzindo a testa, olhando para o meu braço. Então, levantou a manga da minha camisa com a ponta do dedo, vendo o hematoma e seu rosto até empalideceu.

— Meu Deus, olha pra você… 

Então, tocou meu rosto, e viu a marca embaixo do olho.

— Mad… — Ele sussurrou, horrorizado — Meu amor, o que aconteceu?

Respirei fundo e coloquei a xícara em cima da mesa.
Pensei que poderia simplesmente fingir que nada aconteceu e nunca mais falar sobre aquilo. Mas, ele não ia desistir de saber o que houve. E também, me toquei que ele tinha que saber, sendo a pessoa mais próxima a mim.
Mordi o lábio inferior, encarando a mesa, pensando em como falar.

In BloomOnde histórias criam vida. Descubra agora