Capítulo 30

21 0 0
                                    

 Chegamos em Milão 1h da manhã

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Chegamos em Milão 1h da manhã. Ficamos dois dias lá, depois fomos para Ljubljana e ficamos dois dias também. Então, finalmente, fomos para Munique, o último show, a última vez que Nirvana tocou, o fim da minha banda favorita.
Estávamos eu e Dave no terraço do hotel, um prédio de 25 andares. Eram umas oito da manhã e tinha uma vista linda ali. Nos sentamos na beira do terraço, olhei para os meus pés, abaixo deles os 80 metros de altura e depois, o chão, a rua. Respirei fundo o ar frio da manhã.

- O que você sente olhando tudo daqui de cima? - Dave perguntou.

- Me sinto tentada a pular, e você? - Perguntei, olhando para ele, vendo o vento bagunçar seu cabelo.

- Me sinto pequeno, e insignificante.

- Só que você não é nenhum dos dois - olhei para baixo, sentindo um frio na espinha - O que a gente tá fazendo aqui mesmo?

- Admirando a vista.

Ficamos quietos por um momento, então, perguntei:

- Você tem falado com a Jennifer?

- Como? Ela está em outro continente.

- Existe uma coisa chamada telefone.

Ele ficou calado, olhando para frente.

- E então? - Perguntei.

- Eu não tenho falado com ela. Mas, por que a pergunta?

- Sei lá, veio na minha cabeça, só isso.

- Sabe o que tá vindo na minha?

- O quê?

- Você descendo a mão na prima do Eddie. - Ele riu - Eu fiquei impactado, sério mesmo. Ela é um nojo, já se jogou pra cima de mim na frente da Jenn.

- Conheço esse tipinho.

- Foi ela que jogou bebida em você, não foi?

- Foi.

- Imaginei que fosse.

Estava nublado, o céu tomado por nuvens escuras.

- Vem, vamos sair daqui. - Ele disse, se levantando e se afastando da beirada.

Levantei também, e fomos até a porta que levava às escadas.

- Tenho uma coisa pra você no meu quarto. - Ele disse.

- Ah, tá bom, aí eu chego lá e você solta um peido tenebroso, não é? Não vou cair nessa.

- Não é isso.

Nós entramos no elevador e descemos para o 18º andar. Nossos quartos não eram próximos, nem no mesmo corredor. O quarto do Dave ficava mais perto do elevador, eu entrei e fiquei de pé, perto da porta. Ele entrou no closet, depois saiu de lá trazendo uma sacola de papel rosa.

In BloomOnde histórias criam vida. Descubra agora