Capítulo 25

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Eu mal preguei os olhos a noite inteira, mas quando amanheceu, fui vencida pelo cansaço e acabei dormindo. Quando acordei de novo, eram 8h47, Courtney não estava mais ali. Eu levantei, tirei aquele vestido, tomei um bom banho, escovei os dentes e penteei o cabelo. Vesti uma roupa confortável e resolvi ir tomar meu café da manhã. Quando saí do quarto, vi que as portas do elevador já se fechavam.

— Espera! — Gritei, correndo até lá.

Seguraram a porta e ela se abriu de novo. Dave, Pat e Washington estavam ali. Entrei e fiquei ao lado de Dave atrás, nos entreolhamos brevemente, então desviamos o olhar.

— Bom dia. — Falei.

— Bom dia.

Ficamos calados, enquanto Pat e Washington conversavam. No restaurante foi pior, sentamos à mesa e ele me lançava olhares furtivos, depois abaixava a cabeça encarando seu prato, como se estivesse cometendo um crime ao me olhar.

Eu tratei de terminar meu café e saí dali para voltar para o quarto. Entrei no elevador, apertei o botão 22 e me encostei no espelho, olhando para meus tênis. Alguém entrou no elevador, quando ergui o olhar, vi Dave se encostando ao meu lado, de braços cruzados. Seu braço encostando no meu, e tive que fingir que isso não me fez sentir um certo calor nas bochechas.

— Então... — Ele começou, hesitante — Como você está?

— Bem.

Por algum motivo, as portas do elevador estavam demorando a fechar. Apertei o botão de novo e nada.

Olhei para ele e vi ele dando um sorrisinho.

— Relaxa, Mad. — Ele passou um braço sobre meus ombros, me puxando para perto.

— As portas não fecham.

Ele foi até o painel e apertou um botão que eu nunca havia reparado ali. Então, as portas se fecharam. Ele voltou e se encostou ao meu lado.

— Prontinho.

Ficamos quietos, até que soltei:

— Sinto que as coisas estão um pouco estranhas entre a gente.

Ele de repente ficou meio esquisito, incomodado:

— Você sente?

Antes que eu pudesse responder, ele rapidamente me encostou na lateral do elevador, segurando o lado do meu rosto e colando o corpo no meu. Sua boca entreaberta, próxima a minha.

— Então, sente isso aqui.

Fechei os olhos, ansiando pelo beijo, e então, ouvi um som alto gutural na minha frente. Ele soltou um arroto super longo. Dei um empurrão nele, sem conter uma risada.

— Idiota!

Nós rimos, e ele se encostou no outro lado do elevador:

— Não tem nada estranho entre a gente, relaxa, tá bom?

— Tá bom. — Assenti, mais aliviada.

Ele ficou mascando seu chiclete, encarando as portas do elevador. Chegamos no nosso andar. Eu parei na porta do meu quarto, ele continuou pelo corredor e acenou:

— A gente se vê depois.

Eu abri a porta e entrei, e enquanto girava a chave na fechadura, alguém bateu. Abri novamente, me deparei com Kurt ali, suado e pálido. Ele se apoiou no batente da porta.

— Oi.

— Oi. O que foi? O que você tem?

— O de sempre.

In BloomOnde histórias criam vida. Descubra agora