Capítulo 22

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 O show em Barcelona foi demais. Logo em seguida, fomos para Toulouse, onde finalmente paramos em um hotel e ficamos dois dias. Depois, partimos para Toulon. E no dia seguinte, fomos para Paris.
A aterrissagem do avião foi mais tranquila para mim, diferente da primeira vez. Fiquei na janela, com Courtney do meu lado e Charlotte do lado dela. Quando pousamos, e enfim descemos do jato, respirei fundo o ar parisiense. Enquanto eu olhava para além do aeroporto, Dave apareceu com uma filmadora.

— Agora podemos ver nossa chegada a Paris! – ele disse, filmando tudo – E essa é a Mad, admirando o lindo aeroporto e pensando: Estou em Paris com os quatro caras mais gatos da face da Terra!

— Para de ler minha mente!

— Diz oi?

— Oi. – Acenei e ele virou a câmera para ele:

— Aqui é Dave Grohl, registrando esse momento histórico. Mad, segura a câmera para mim? – ele me entregou a filmadora e foi para o pé da escada do jato, mostrando o pessoal descendo. Krist desceu. – Krist, Sr.Novoselic, peço que aceite um beijo de boas vindas.

Krist se curvou, e os dois deram um beijo em cada bochecha. Logo em seguida, Kurt desceu.

— Quer beijinho de boas vindas também? – Dave perguntou.

Kurt nem respondeu, já deu logo um selinho no Dave e fez pose para câmera. Chegou mais perto, de cara com a filmadora:

— Oi, pra quem quer que esteja vendo isso. Sou o Kurt, um completo idiota. E estou na França. – Acenou e saiu.

Dave veio até mim, pegando a câmera de volta:

— Agora é sua vez, Mad.

Ele virou a câmera pra gente, e me deu um beijo na bochecha. Então, ele virou a câmera para a Charlotte – que estava com Frances dormindo no seu colo.

— E aí, Charlotte?

— Oi. – Ela respondeu baixinho, sorrindo.

— Como se sente estando em Paris?

— Bem, eu acho.

— Legal – ele virou-se para o Kurt – E você, Kurt, como se sente estando em Paris?

— Do mesmo jeito que me sentia em Seattle, um inútil.

Nessa hora, Krist apareceu:

— Ei, nossa carona chegou.

Dave desligou a filmadora e fomos todos para o estacionamento, na frente do aeroporto. Era uma van meio velha, saudades da van preta do Sidney. Partimos para o Hotel.

*

Chegamos no hotel Tompson's às 10 da manhã. Os funcionários nos receberam muito bem. Subimos para o 22° andar, todos juntos no elevador. A porta se abriu com um sininho tocando. Me deparei com um longo corredor, com carpete vermelho, papel de parede cor creme e as portas eram marrons. Eu fiquei com o primeiro quarto à esquerda. Courtney e Charlotte no quarto de frente para o meu. Do lado do quarto delas, o quarto do Kurt, e ao lado do meu o do Krist. Os quartos de Dave e Pat eram no fim do corredor.
Peguei minha chave, minha mala e entrei. O quarto era bem bacana, espaçoso, tinha uma cama de casal, forrada com um edredom branco e aparentemente muito macio. Havia uma janela grande, com cortinas vermelhas bem grandes também, uma porta ao lado da cama, que dava em um pequeno closet. Tinha o banheiro também, com azulejos verde escuro, uma banheira linda e um espelho enorme que ia do chão ao teto.
Deixei a mala dentro do closet. Assim que me sentei na cama, olhando a janela aberta, alguém bateu na porta. Era Kurt.

—E aí? – Ele disse, já entrando.

Fechei a porta. Ele sentou-se na cama, sentei ao lado dele.

— Cadê suas coisas? – Perguntou.

In BloomOnde histórias criam vida. Descubra agora