1-The confusion began

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Estava no quarto da minha universidade assistindo o noticiário na tv, até que o repórter fala uma coisa importante ⚠️

( Alerta, vão para o centro de refugiados, pessoas atacando outras pessoas se protejam, caso não consigam ir, ficam dentro de casa seguros, tranquem as portas e janelas )

No momento que acabou a notícia eu pensei na minha família, se eles estão bem ou não.

Será que vou atrás deles? Eu acho que sim.

O campus da universidade, que até então era um refúgio de risadas e planos para o futuro, parecia agora um cenário de filme de terror. Lilith Grimes ajustava a alça da mochila nos ombros enquanto caminhava apressada em direção ao estacionamento. O som de sirenes distantes misturava-se aos murmúrios preocupados dos poucos alunos que ainda vagavam pelo local.

Ela tinha ouvido sobre os "ataques" pela rádio enquanto fazia as malas. Era surreal pensar que em apenas alguns dias o mundo havia descido ao caos. Lilith mal conseguia organizar os próprios pensamentos; tudo o que sabia era que precisava voltar para casa, para os pais e para Carl.

Entrando no carro, Lilith respirou fundo, tentando manter a calma. O rádio do veículo chiava estática intercalada com notícias frenéticas e alarmantes.
— "Por favor, cidadãos, evitem aglomerações. Recomendamos que permaneçam em..." — a transmissão cortou antes que ela pudesse ouvir o restante.

Ao pegar a rodovia, a realidade bateu como uma avalanche. O trânsito estava completamente parado, com filas intermináveis de carros. Pessoas desesperadas caminhavam entre os veículos, algumas carregando malas, outras chorando. Lilith prendeu a respiração. Algo definitivamente estava muito errado.

Ela avançava lentamente quando percebeu uma movimentação estranha mais à frente. Um pequeno grupo parecia discutir algo próximo a uma van velha e um caminhão. Instintivamente, Lilith estacionou o carro no acostamento e saiu para ver.

— Vocês precisam ser rápidos! Não dá pra ficar aqui pra sempre! — dizia um homem de cabelo brancos desgrenhado, gesticulando freneticamente.

Lilith hesitou, mas se aproximou. Foi então que viu a mulher, magra e de aparência cansada, segurando uma garota loira pela mão. Ao lado dela, um rapaz alto, com semblante sério, apoiava o braço em um bastão.

— Ei! Tá tudo bem? — Lilith perguntou, a voz firme apesar do nervosismo.

A mulher, Maggie Greene, se virou na direção dela, os olhos cheios de desconfiança.
— Quem é você?

— Lilith. Só... só estou tentando entender o que está acontecendo. Estou indo pra casa dos meus pais, mas o trânsito não anda.

O rapaz com o bastão, que Lilith logo identificou como Zach, foi o primeiro a responder:
— Isso é maior do que qualquer trânsito. A estrada tá bloqueada porque... porque tem coisas lá fora que ninguém entende. Gente... morta. Voltando.

Lilith sentiu o estômago revirar. Mortos? Isso só podia ser um delírio coletivo.

— E você tá sozinha? — perguntou o homem de cabelo branco, que se apresentou como Hershel Greene.

Ela assentiu, sentindo os olhos marejarem ao pensar na própria família.
— Sim. Eu só quero chegar em casa.

Maggie trocou um olhar significativo com Hershel.
— Olha, não é seguro ficar aqui. Vamos tentar sair juntos. A gente tem a van, mas... precisamos de mais combustível e mantimentos. Estamos indo para a nossa fazenda.

Lilith respirou fundo e balançou a cabeça.
— Certo. Eu ajudo no que for preciso.

Naquele instante, enquanto o caos se desenrolava ao redor, Lilith não fazia ideia de que aquele encontro seria o início de uma ligação que mudaria sua vida. Entre estranhos que buscavam sobreviver, um laço estava prestes a ser formado.

I will always love youOnde histórias criam vida. Descubra agora