Visitas I

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Minha cabeça lateja, uma dor surda que ecoa por todo o meu corpo. Lentamente, abro os olhos, piscando contra a luz forte que invade minha visão. Tudo está embaçado, e leva alguns segundos para que o mundo ao meu redor comece a fazer sentido. Estou deitado em um banco duro, o som do motor e das sirenes me diz que estou dentro de uma viatura de polícia.

Ao meu lado, vejo Rindou. Ele está encostado na parede da viatura, seu rosto uma máscara de dor e cansaço. Seu nariz está sangrando, e ele está claramente ferido, mas seus olhos estão abertos e alertas. Quando ele percebe que estou acordado, uma expressão de alívio passa pelo seu rosto.

— Rindou... você está bem? — minha voz sai rouca, com cada palavra uma luta.

Ele dá um meio sorriso, mas está claro que está se esforçando para manter a compostura.

— Sim, estou bem. E você, Ran?

Sei que ele está mentindo. Os ferimentos em seu rosto, especialmente no nariz, dizem outra coisa. O sangue ainda escorre, se misturando com o suor e a sujeira. A dor está escrita em cada linha de seu rosto, mas ele está tentando ser forte, como sempre.

— Você não precisa fingir. — digo suavemente, tentando me levantar um pouco, mas a dor no meu corpo me impede. — Eu sei que está doendo.

Rindou suspira, seu sorriso se desfazendo.

— Estou... machucado, sim. Mas nada que não possamos superar. Já passamos por coisas piores, certo?

Olho para ele, admirado com sua determinação. Mesmo quando está ferido, ele sempre tenta me dar forças, nos manter unidos. Tento me sentar mais um pouco, me apoiando na lateral da viatura. Cada movimento é um esforço, mas finalmente consigo ficar um pouco mais ereto.

— Vamos sair dessa. — digo, tentando transmitir confiança, embora esteja sentindo a mesma incerteza que ele. — Juntos, como sempre.

Rindou assente, seu olhar se suavizando um pouco.

— Sim, juntos.

O som das sirenes continua a ecoar, e posso ver as luzes piscando através das janelas. Estamos a caminho de algum lugar, provavelmente o hospital ou a delegacia. Não importa onde, contanto que estejamos juntos. O que quer que venha a seguir, enfrentaremos juntos.

Apoio minha cabeça na parede da viatura, tentando ignorar a dor latejante e tento me concentrar na presença do Rindou ao meu lado. Ele é meu irmão, meu parceiro de luta, e enquanto estivermos lado a lado, sei que poderemos enfrentar qualquer coisa.

— Ran. — Rindou murmura, sua voz suave, quase um sussurro. — Obrigado por estar sempre ao meu lado.

Olho para ele, sentindo uma onda de emoção.

— Eu sempre estarei, Rindou. Não importa o que aconteça. — falo e pego a sua mão, acariciando ela. — Nunca vou te deixar.

— Te amo, Ran.

— Eu também te amo, Rindou.

A viatura continua seu caminho, levando nós dois para o próximo desafio. Mas, por enquanto, estamos juntos, e isso é tudo o que importa.

 Mas, por enquanto, estamos juntos, e isso é tudo o que importa

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