Festa

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Tento me conter ao máximo para não rir com tudo que eu acabei de ouvir vindo da boca do meu namorado. Ele teve a audácia de me elogiar na cara dura para o irmão dele e ainda por cima disse que Angry deveria "pegar o Rindou" para fazer parzinho.

Tal comentário me pegou tão desprevenido que eu tive que desviar o olhar para evitar contato visual com ele e não disparar a rir.

Rindou sentado a minha frente, coloca mais ketchup no seu lanche e continua a rir, ficando com as bochechas ainda mais vermelhas.

— Cara, Smiley não tem vergonha na cara mano. Sério? Eu, Rindou Haitani pegando o Angry?

— Vai que cola? Os opostos se atraem.

— E você pegaria o Smiley?

Não só pegaria como eu pego, sento e bem...  o final todo mundo sabe. Mas vamos lá Ran, foco.

— Ah, sei lá.

— Ran Haitani você pegaria ele? — ele pergunta curioso.

— Ele é bonito oras. Pena que é meu inimigo.

Rindou franze a testa e me olha desconfiado. Mas logo volta a me olhar fixamente de novo.

— Ran, você é gay?

Tal pergunta me pega desprevenido. Olho para ele por alguns segundos e abro um sorriso brincalhão.

— Não sou gay, Rindou. Só estou levando tudo na brincadeira. Só estou te provocando.

— Toda brincadeira tem um ponto de verdade.

— Então você pegaria o Angry? Mesmo que de brincadeira?

— Não venha desviando de assunto não. Primeiro, eu gosto de mulher, segundo ele é meu inimigo e terceiro, eu odeio ele.

Lanço um olhar travesso para ele e Rindou me dá um tapa no ombro. Adoro provocar Rindou até ele se estressar, literalmente.

Terminamos o nosso lanche e vamos até o caixa, pagamos pelas coisas consumidas e em seguida deixamos a lanchonete. Mas antes de deixar o local, faço um sinal para Smiley, um sinal para que ele me ligue depois.

Smiley sorri e me acompanha com os olhos até eu deixar a lanchonete. Caminho até onde as nossas motos estão estacionadas e subo na moto junto com Rindou, que ainda me olha rindo.

— Cara você é?

— Já disse que não, Rin. Foi tudo uma brincadeira, só isso.

Rindou da de ombros e liga o motor e sua moto assim como eu, e juntos deixamos a lanchonete rumo a sede da Tenjiku para comemorar a entrada de novos membros na nossa gangue que recentemente, entrarem e alguns irão graduar.

A noite na Tenjiku vai ser longa. E pelo jeito eu não vou poder ver meu sorrisinho hoje.

 E pelo jeito eu não vou poder ver meu sorrisinho hoje

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Hoje é um daqueles dias que eu mais gosto na Tenjiku. Estamos todos reunidos na nossa sede para comemorar a entrada e graduação dos novos membros. É sempre uma festa animada, e dessa vez não vai ser diferente.

Eu e meu irmão mais novo, Rindou, estamos no meio da multidão, cumprimentando os novos membros com sorrisos e palavras de boas-vindas. A atmosfera está vibrante, cheia de energia positiva e expectativa para o futuro da nossa gangue.

A sede está decorada com luzes coloridas e balões, dando um ar festivo ao ambiente já acolhedor. A comida e bebida são abundantes, cortesia das habilidades culinárias de alguns dos nossos membros mais talentosos.

Em um canto, alguns dos mais extrovertidos estão jogando "verdade ou desafio". Rimos alto das perguntas e desafios malucos que são propostos, sabendo que todos estão se divertindo e criando laços ainda mais fortes entre nós.

É incrível ver como a Tenjiku cresce a cada ano, como novos rostos se juntam à nossa família. É um lembrete de que estamos aqui não apenas para fortalecer nossos laços, mas também para apoiar uns aos outros e crescer juntos como uma equipe unida.

Rindou está ao meu lado, entusiasmado como sempre, absorvendo cada momento dessa celebração. Ele parece tão à vontade aqui, e isso me enche de orgulho. Afinal, a Tenjiku não é apenas um grupo: é o nosso lar, onde encontramos apoio mútuo e camaradagem.

Enquanto a noite avança e a festa continua, me sinto grato por fazer parte desta família. Estar aqui, celebrando com todos, é um lembrete de que, não importa quais desafios enfrentemos lá fora, sempre teremos o apoio e a força uns dos outros aqui dentro da Tenjiku.

A energia está contagiante, com risadas ecoando pelo salão enquanto grupos se formavam para diferentes atividades.

Entre uma conversa animada e um gole de bebida, Rindou olha para mim com um sorriso travesso.

— E se a gente entrar na roda do "verdade ou desafio"? — ele sugere com os olhos brilhando com a ideia de se divertir um pouco mais.

Eu abro um sorriso concordando de imediato.

— Por que não? Vamos lá, Rindou.

Nos aproximamos da roda formada por alguns membros da gangue, que estão rindo e provocando uns aos outros com desafios ousados e perguntas curiosas. A medida que nos aproximamos, alguns deles nos cumprimentam animadamente, parecem surpresos e ansiosos ao mesmo tempo para ver o que faríamos.

Um dos membros mais velhos, Mochi, que está liderando a roda, acena para nós com um sorriso malicioso.

— Ran e Rindou, finalmente decidiram se juntar à diversão, hein?

Assentimos, prontos para o que viesse. Eu me sinto em casa ali, entre amigos e colegas de gangue que compartilham o mesmo espírito de camaradagem e aventura.

Logo estamos no centro das atenções, enfrentando perguntas engraçadas e desafios surpreendentes. Rindou está radiante, aceitando os desafios com entusiasmo juvenil enquanto eu respondo às perguntas com sinceridade e um pouco de astúcia.

— Aí, alguém quer mais bebida? — ofereço enquanto me levanto.

— Traz uma garrafa para nós de cerveja. — indaga Muto.

— Beleza venho já.

Caminho até a área onde tem bebidas e pego uma garrafa de bebida solicitada. E enquanto caminho de volta para a roda onde eles estão, sinto meu celular vibrar.

Tiro ele do bolso e vejo que é uma mensagem do Smiley. Mexo nas teclas e vejo que ele mandou uma foto. Curioso decido abrir.

A foto, é Smiley de frente ao espelho do banheiro, usando apenas uma roupa íntima. Ele sorri para a foto como o de costume, aquele sorriso que eu tanto amo apreciar. Abaixo da foto, acompanha uma mensagem de texto... bem provocativa.

"Casa, beija ou mata?"

Abro um sorriso malicioso e respondo bem claro e direto.

"Caso, beijo, sento e chupo muito!"

Exagerado? Não, sincero.

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