Mesmo focado na louça do almoço, minha mente está longe da pia. A minha atenção está completamente voltada para Ran, que está na sala passando pano. Ele veste uma calça cargo e uma camiseta branca simples, com o cabelo preso em um coque bagunçado. Mesmo assim, ele consegue ficar incrivelmente perfeito.
Cada movimento dele é gracioso, e a forma como ele se dedica à tarefa me faz sorrir. Como pode alguém ser tão encantador mesmo em algo tão cotidiano como passar pano na sala?
Não consigo resistir e, com um tom brincalhão, chamo:
— Ei, dona de casa!
Ran para e olha para mim, com um sorriso brincando nos lábios. Antes que eu possa reagir, ele ri e joga o pano de chão na minha direção. O pano acerta meu braço, espalhando um pouco de água.
— Você não perde uma, hein? — ele diz, ainda rindo.
Eu rio também, pegando o pano e jogando de volta para ele.
— Só estou dizendo a verdade.
Ran pega o pano de volta e volta ao trabalho, ainda sorrindo. Volto a lavar a louça, mas com um sorriso no rosto, feliz por estar perto dele, mesmo nas tarefas mais simples. Ele consegue transformar qualquer momento em algo especial.
— Acho bom você lavar bem essa louça, Kawata.
— Se não o que?
— Vou fazer greve com você por um mês.
— Você não é nem louco. — falo e olho para ele.
— Você que acha que eu não sou louco, Nahoya.
Estou prestes a responder Ran, ainda rindo da situação, quando de repente somos surpreendidos por Angry e Rindou entrando correndo pela porta. Eles não percebem o piso molhado e começam a pisar no chão onde Ran acabou de passar o pano.
— SOUYA KAWATA E RINDOU HAITANI! — Ran grita, com sua voz se elevando com uma mistura de surpresa e frustração.
Não consigo segurar a risada ao ver a cena. Angry e Rindou, param no meio do piso molhado, olham para Ran com expressões culpadas e confusas. Ran está com as mãos nos quadris, balançando a cabeça e tentando manter a calma, mas claramente frustrado.
— Vocês dois precisam olhar por onde andam! Eu acabei de passar pano! — ele continua, ainda aos berros.
Angry e Rindou trocam olhares rápidos e depois olham para o chão, percebendo a bagunça que fizeram. Eles começam a rir nervosamente, e isso só me faz rir ainda mais. A situação é simplesmente cômica, ver Ran tentando ser sério e autoritário enquanto os dois causam confusão. Tem família mais perfeita do que essa? Aposto que não.
— Desculpa, mãe. — Angry finalmente diz, tentando não rir. — A gente só estava brincando.
Ran solta um suspiro exasperado, mas vejo um pequeno sorriso surgir no canto dos seus lábios.
— Só ajudem a limpar isso, ok? — ele diz, mais calmo agora.
— Sim, pai. — Rindou responde, pegando um pano para começar a limpar a bagunça.
Eu me aproximo do Ran, ainda sorrindo, e coloco uma mão em seu ombro.
— Você realmente tem jeito de dona de casa. — digo, piscando para ele.
Ran balança a cabeça, mas não consegue esconder o sorriso que se forma em seu rosto. Juntos, todos nós começamos a limpar o chão, transformando o pequeno desastre em mais um momento de união e risadas.
— Vou enfiar esse cabo de vassoura no seu rabo, Smiley.
— Eita como ela é brava. — brinco.
— Cala a boca.

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Segunda Chance (+16)
Fanfiction[𝗢𝗯𝗿𝗮 𝗙𝗶𝗻𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮] Após uma batalha brutal contra a gangue rival, Toman, Ran se vê confrontado por memórias dolorosas de um amor perdido. Seu ex-namorado, Smiley, agora inimigo, é uma lembrança constante do que ele uma vez teve e perdeu...