Estou na cozinha da casa do Smiley, preparando algo para ele comer. Já são 18:37 da tarde, e ele não comeu nada o dia todo. Enquanto corto os legumes e mexo nas panelas, penso em como tudo isso deve estar pesando sobre ele. Quero fazer algo que traga um pouco de conforto.
De repente, sinto braços quentes me envolvendo por trás. Um sorriso se forma no meu rosto antes mesmo de eu me virar, sabendo exatamente quem é.
— Smiley. — digo, com minha voz suave.
— Eu te amo, Ran. — ele murmura com sua voz cheia de sinceridade. — Você é incrível.
Me viro para ele, com nossos rostos próximos. Acaricio seu rosto com ternura, sentindo a suavidade de sua pele recém-lavada.
— Depois do banho, você está com uma carinha bem melhor, meu sorrisinho. — digo, depositando um beijo suave em seus lábios.
Smiley sorri, um brilho mais feliz em seus olhos. Ele se afasta um pouco e se senta no banquinho da bancada, me observando com um olhar que mistura admiração e gratidão.
— Depois que você terminar o jantar, pode finalizar os meus cachinhos? — ele pergunta com a voz cheia de expectativa.
Sorrio, sentindo uma onda de carinho por ele.
— Claro que sim, eu vou fazer isso por você. — respondo, voltando a me concentrar na comida.
Enquanto continuo a cozinhar, sinto o olhar do Smiley sobre mim, e isso me dá uma sensação de conforto e propósito. Estamos enfrentando tempos difíceis, mas momentos como este me lembram do porquê de estarmos juntos. É o amor e o cuidado que temos um pelo outro que nos sustentam.
A comida está quase pronta, e o cheiro delicioso começa a encher a cozinha. Smiley observa cada movimento meu, e posso ver que ele está começando a se sentir um pouco mais tranquilo. Quando finalmente termino, sirvo os pratos e coloco eles na mesa.
— Pronto, amor. — digo e me sento ao seu lado. — Vamos comer, e depois eu cuido dos seus cachinhos.
Smiley sorri e começa a comer, e o simples ato de compartilhar uma refeição juntos me traz uma paz indescritível. Não importa o que aconteça, estaremos juntos, enfrentando tudo como uma equipe. E isso, mais do que qualquer coisa, é o que realmente importa.
A comida está boa, e o silêncio confortável entre nós é quebrado apenas pelo som dos talheres e das nossas conversas suaves. Tudo parece bem, até que a porta de entrada se abre de repente.
Ergo a cabeça, e vejo Angry parado na entrada. Smiley olha para ele, e Angry dirige seu olhar a mim, um olhar que não consigo decifrar completamente. Algo entre frustração, determinação e, talvez, um pouco de resignação.
— Ran. — Angry diz com a voz firme. — Precisamos conversar. A sós.
Sinto uma tensão no ar, mas aceno com a cabeça e me levanto. Dou um olhar tranquilizador para Smiley antes de seguir Angry até lá fora. O ar noturno é fresco, e a rua está calma, contrastando com a tensão que sinto.
Angry para em frente à casa e se vira para mim.
— Olha, Ran. — ele começa, respirando fundo. — Eu tenho pensado muito sobre tudo isso. Sobre você e Smiley.
Eu fico em silêncio, esperando que ele continue.
— Eu não vou mentir. — ele diz com a voz cheia de emoção. — Isso tudo me pegou de surpresa, e eu estou furioso. Furioso porque parece que estou perdendo meu irmão para um cara da Tenjiku. É difícil ver além da nossa rivalidade, difícil aceitar que Smiley ama você.
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Segunda Chance (+16)
Hayran Kurgu[𝗢𝗯𝗿𝗮 𝗙𝗶𝗻𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮] Após uma batalha brutal contra a gangue rival, Toman, Ran se vê confrontado por memórias dolorosas de um amor perdido. Seu ex-namorado, Smiley, agora inimigo, é uma lembrança constante do que ele uma vez teve e perdeu...