Quase descobertos?

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Sentado no colo do Smiley, meus braços permanecem ao redor do seu pescoço enquanto nos beijamos fervorosamente. A sensação dos seus lábios nos meus, a forma como ele segura minha cintura, tudo parece tão certo. Estamos vestindo apenas nossas boxers, nossos corpos quentes e entrelaçados, cada toque enviando arrepios por nossas peles.

Smiley segura minha cintura com firmeza, seus dedos deslizando suavemente pelas minhas costas. Nossos beijos são intensos, cheios de desejo e saudade. Estou completamente absorto no momento, sentindo cada segundo como se fosse eterno.

— Você ainda continua perfeito como sempre, Ran. — ele sussurra e afasta o meu cabelo do pescoço para depositar alguns beijos e mordidas leves ali.

— Argh... Nahoya... no pescoço não. — falo manhoso enquanto seguro seus ombros.

— No pescoço sim. Eu sei que é o seu ponto fraco.

Reviro os olhos e solto gemidos baixos enquanto ele distribui beijos e mordidas tão envolventes que me fazem apenas querer mais.

Mas então, de repente, o som da porta da entrada se abrindo ecoa pela casa, seguido pela voz do Rindou me chamando. Meu coração dispara, o pânico tomando conta de mim. Rindou chegou da academia.

— Ran, você está em casa? — ele chama com sua voz se aproximando.

Arregalo os olhos, meu corpo inteiro se arrepia. Coloco a mão sobre a boca do Smiley, pedindo silêncio com um olhar desesperado. Ele me olha de volta, seus olhos brilhando com compreensão e urgência.

— Se esconda no closet. — sussurro com meu coração batendo acelerado. — Rápido.

Me levanto de cima dele e Smiley pega suas roupas rapidamente e se dirige ao closet, fechando a porta atrás de si. Eu me visto o mais rápido que posso, minhas mãos tremendo. Destranco a porta do quarto e me deito na cama, fingindo estar dormindo.

A porta do meu quarto se abre lentamente e ouço os passos do Rindou se aproximando.

— Ran? — ele chama com sua voz mais baixa agora, provavelmente tentando não me acordar se eu realmente estiver dormindo.

Sinto o peso do seu olhar sobre mim, meu coração ainda batendo forte no peito. Tento manter minha respiração regular, fazendo o meu melhor para parecer tranquilo. Após alguns segundos que parecem uma eternidade, ouço Rindou suspirar e fechar a porta suavemente.

Fico ali, imóvel, esperando até que os passos do Rindou se afastem completamente. Meu coração finalmente começa a desacelerar. A porta do closet se abre devagar e Smiley sai, ainda com as roupas nas mãos e um sorriso travesso no rosto.

— Isso foi por pouco. — ele sussurra, se aproximando de mim.

Sorrio nervosamente, sentindo a adrenalina ainda correndo em minhas veias.

— Sim, foi. — falo e abro um sorriso. — Ei espera aí! Volta pro closet! Tá louco? — falo alto mas baixo ao mesmo tempo. — Só saia daí quando eu te der o sinal.

Me levanto da cama com cuidado, com meus pés tocando o chão frio enquanto caminho até o corredor. O som do Rindou cantarolando uma música qualquer ecoa pelo banheiro, seguido pelo ruído do chuveiro ligado. Sorrio, aliviado ao perceber que ele está ocupado.

Volto para o quarto e me aproximo do Smiley, que ainda está no closet.

— Está na hora de você se vestir. — sussurro, e ele rapidamente veste suas roupas. Sinto uma mistura de adrenalina e diversão enquanto o observo. — Foi por pouco. — comento, tentando abafar o riso.

Smiley sorri, aquele sorriso que sempre faz meu coração acelerar.

— Amanhã a gente se vê de novo. — digo e me inclino para beijá-lo. Ele retribui o beijo, e por um momento, tudo parece perfeito.

Nos separamos e ele assente.

— Vai ser difícil esperar até amanhã. — ele brinca, antes de me beijar pela última vez.

Olho ao meu redor e pego um papel e caneta, anotando o meu número de telefone nele.

— Pode me ligar quando quiser. Desde que esteja sozinho. — falo e entrego o papel para ele.

— Certo. — ele diz e pega um outro papel e a mesma caneta, anotando o seu número de telefone e me entrega. — Digo o mesmo para você.

Acompanho ele até a porta, sempre me certificando de que o caminho está livre. Quando finalmente ele sai, dou um suspiro de alívio.

Volto ao meu quarto, me jogando na cama com um sorriso bobo no rosto. Ouço Rindou ainda cantando no chuveiro e rio baixinho, feliz por ter salvo minha pele e a do Smiley. Fecho os olhos, relembrando cada momento, e sinto uma felicidade que não sentia há muito tempo.

Estar com Smiley de novo é como recuperar uma parte de mim que estava perdida. Amanhã será mais um dia para aproveitar ao máximo, mas por agora, me sinto tranquilo e satisfeito, com um misto de excitação e esperança para o que vem a seguir.

Me sento na cama, ainda sem acreditar que estou com Smiley de novo. É como se o universo tivesse conspirado para nos reunir, e por mais que seja arriscado, sinto que vale cada segundo. Respiro fundo, tentando acalmar meu coração que ainda bate acelerado.

De repente, ouço o som da porta do banheiro se abrindo. Meu corpo se tenciona e, antes que eu possa me recompor totalmente, Rindou aparece no corredor, com o cabelo ainda molhado e uma toalha em volta da cintura. Ele caminha diretamente para o meu quarto, com seu rosto curioso.

— Ei, Ran. — ele diz, se encostando no batente da porta. — Você está bem? Eu cheguei e você nem me viu, estava dormindo. Decidi nem te acordar.

Tento disfarçar o nervosismo e dou de ombros.

— Sim, estou bem. Só precisei de um cochilinho de tarde, não se preocupe. — falo com um sorriso. — E você? Treinou bastante?

— Treinei pesado hoje. — ele diz e sorri. — Levantei 55 kg a mais do que eu estou acostumado a levantar e malhei bastante a perna e o abdômen.

— É tô vendo que tá trazendo bons resultados. — falo e me levanto da cama. — Suas pernas, braços e tanquinho está bem malhado e bonito.

— Gosto de me cuidar. — ele me observa por um momento antes de finalmente dar de ombros. — Bom, se precisar de algo, estarei no meu quarto.

— Valeu, mano. — digo, aliviado quando ele se vira para sair.

Assim que a porta do quarto se fecha, solto o ar que nem percebi estar prendendo. Sinto um misto de alívio e ansiedade, sabendo que teremos que ser mais cuidadosos daqui para frente. Mas, por agora, só consigo pensar na sensação de ter Smiley de volta na minha vida.

Deito na cama de novo, puxando as cobertas até o queixo. Um sorriso involuntário se forma nos meus lábios. Mesmo com todos os desafios, sinto que tudo pode valer a pena se isso significa estar com ele novamente.

Segunda Chance (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora