Preparos

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Estou em casa, no meu quarto, quando o silêncio é interrompido pelo toque do meu celular. Pego o aparelho e vejo o nome do Ran piscando na tela. Um sorriso instantâneo se forma no meu rosto.

Ran! — atendo a ligação, sentindo uma onda de felicidade me invadir.

Oi, Naho! — a voz do Ran soa clara e familiar do outro lado, e meu sorriso se amplia.

É sempre bom ouvir a sua voz. — digo, sentindo meu coração bater mais rápido. — O que está fazendo?

Ah, nada demais. Só pensei em te ligar. — ele responde, e posso ouvir um leve barulho ao fundo, como se ele estivesse em um lugar movimentado.

Está na sede da Tenjiku? — pergunto, curioso.

Sim, acabei de chegar. E você? Como está?

Estou bem, melhor agora que você ligou. — respondo, sentindo uma mistura de felicidade e ansiedade. — Sabe, estava pensando... Você vai estar livre às sete da noite?

Se nada fora dos planos acontecer, sim. — ele responde com a típica cautela de quem vive no nosso mundo.

Ótimo. Quero te convidar para um jantar especial, para comemorar a nossa volta. — digo com a excitação evidente na minha voz.

Um jantar? Isso soa maravilhoso. — ele responde, e posso imaginar seu sorriso do outro lado da linha. — Eu aceito.

Perfeito. Espere por mim às sete na sua casa. Prometo que será uma noite inesquecível. — digo com meu coração batendo acelerado de antecipação.

Estou ansioso. — ele diz, e podemos ambos sentir a promessa de algo mais no ar.

Desligo o telefone com um sentimento de pura alegria. Mal posso esperar para ver Ran novamente e passar um tempo juntos, longe de todas as complicações e perigos das nossas vidas. Hoje à noite será especial, e farei de tudo para tornar esse jantar memorável.

Mas algo me faz pensar... se eu estou de volta com Ran, preciso oficializar isso, certo? Portanto, preciso comprar um par de alianças. O foda é: como eu e ele vamo poder usar sem que os nossos irmãos mais novos e as nossas gangues não fiquem curiosos e perguntando o porque dos anéis? Bom, vou ter que escolher algo bem minimalista mas bonito ao mesmo tempo para não dar na cara.

Saio da sala com o celular ainda na mão, sorrindo para a tela como um bobo. Guardo o telefone no bolso e sigo direto para a garagem. Ao abrir a porta, vejo minha moto esperando por mim, brilhando sob a luz fraca da lâmpada.

Coloco o capacete, ajustando ele cuidadosamente. Sento na moto e ligo o motor, sentindo a familiar vibração sob mim. A excitação cresce enquanto penso na surpresa que estou prestes a preparar para Ran. Ele nem imagina o que estou planejando.

Com um objetivo claro na mente, saio da garagem e acelero. O vento bate no meu rosto, aumentando a minha determinação. Preciso encontrar o par de alianças perfeito.

Essas pequenas peças de metal terão um significado enorme. Não são apenas acessórios; serão símbolos da nossa jornada, da promessa de estar ao lado um do outro, não importa o que aconteça.

As alianças vão representar mais do que um simples compromisso. Elas são a prova tangível do nosso amor, da nossa conexão que sobreviveu às adversidades. Cada curva suave, cada detalhe minucioso nelas, contará uma história que só nós dois entendemos. Elas simbolizarão a confiança, o respeito e o carinho que temos um pelo outro.

Penso em como, durante os dois anos em que estivemos juntos, passamos por altos e baixos. A nossa relação não foi fácil, especialmente com as gangues e as constantes brigas, mas as nossas futuras alianças serão a prova de que sobrevivemos. Elas serão como o nosso amuleto, algo que podemos olhar e lembrar de todo o caminho que percorremos.

Segunda Chance (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora