Capítulo Treze

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A música clássica ecoava pelo salão do reino. Sarah estava na caça de algum pretendente, que por sinal, estava cheio de primos de Micael. Ela também queria virar uma Borges, mas não sabia como.

Esbarrou com Louise, que mastigava alguns canapés ao mesmo tempo.

— Cruzes, Louise! — Ficou indignada com a irmã. — Você sabe que precisa ter modos? Sophia agora é uma Borges! Não pode se comportar como uma mendiga. — Torceu o nariz.

— Isso aqui está dos deuses! — Louise lambeu os dedos. — Do que é feito? Camarão?

— Eu não quero saber de comida, eu quero ser a comida. — Largou Louise falando sozinha, indo atrás de alguém que estivesse perdendo tempo.

Sophia estava sentada em um trono, junto de Micael, que estava ao seu lado. Os dois exaustos por aquilo estar mais forte do que deveria. Todos se divertindo, menos eles.

Cansativo e entediante.

— Você quer beber alguma coisa? — Micael puxou assunto.

Sophia ficou em silêncio.

— Não vai falar comigo?

— Estou sem sede e sem fome, obrigada. — Soou grossa.

— Olha, me desculpe, tudo bem? Eu só não quero isso entre a gente. — Micael gesticulou. — Agora somos casados, não tem mais o que fazer.

Sophia ainda estava em transe, sem dizer nada.

— Conversamos sobre isso depois. — Não olhou Micael.

— Certo. — Ele suspirou, cansado de tentar. — Eu vou beber alguma coisa. Preciso me recompor! — Levantou as mãos, chamando um serviçal.

— Meu príncipe? — Um se aproximou.

— Uísque, por favor. — Pediu.

Sophia virou-se para o encarar. Não gostou muito de sua pedida.

— Uísque? — Torceu o nariz.

— Sim, algum problema?

— Eu não bebo.

— Mas deveria! É muito bom ficar bêbado. — Micael sorriu maléfico à ela. — Deveríamos beber um dia, sem compromisso. Quer dizer, nós já temos um compromisso, não é verdade? — Mostrou sua aliança.

Sophia revirou os olhos no mesmo instante.

— Princesa? — Jorge se aproximou.

Tirou um sorriso imenso de Sophia. Jorge beijou sua mão, sorrindo em seguida. Estava feliz pelo casamento do filho com a mesma.

— Meu lorde. — Os dois sorriram. — Obrigada por tanto.

— Seja bem vinda à família! Estou muito feliz de te receber.

— Obrigada. Está tudo lindo! — Observou o salão cheio. — Tem visto minha mãe?

— Ela estava lá fora, conversando com uma tia sua em comum. — Jorge ficou um pouco sem graça. — Que tal cortarmos o bolo? Logo ficará tarde e vocês precisam ir.

— Precisamos ir para onde? — Sophia franziu o cenho.

E Jorge não soube responder, ficou gago de uma hora para outra. Micael deu risada, dando mais um gole em seu uísque.

— Isso está ficando muito bom. — Micael soltou, sozinho. Sophia não havia entendido.

— Vou pedir para cortarem o bolo. — Jorge sorriu amarelo antes de sair de perto.

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